Políticas públicas e homofobia: diário de campo em uma escola destinada ao público LGBTTT

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Renan Antônio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Comunicações
Texto Completo: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/2356
Resumo: Algumas das políticas públicas inseridas no Governo Federal têm como finalidade sanar questões relativas à homofobia no ambiente escolar. O Programa Federal Brasil “Sem Homofobia” foi lançado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) em 2004, através do Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNCD). Este programa tem como objetivo combater a violência e a discriminação contra o grupo LGBT e promover cidadania homossexual, questionando temas relativos à homossexualidade em todos os Ministérios do Governo, além de propor políticas que apreciem esta população nas mais variadas esferas, entre elas a educação. No âmbito destas políticas, foi criada em Campinas-SP uma escola voltada para o público LGBT, chamada E-JOVEM. Este artigo tem como foco a investigação da realidade vivida pelos alunos desta escola, buscando verificar as possíveis transformações vividas tanto no âmbito pessoal (aprendizagem, liberdade, entre outros) quanto no âmbito coletivo, relativo ao combate à homofobia. A coleta de dados aconteceu em duas etapas: inicialmente foram realizadas observações participantes no ambiente escolar, e em seguida foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com docentes e discentes da escola. Os resultados preliminares apontam que afirmar-se gay ou lésbica é dizer, a princípio, que não viverá segundo o natural e o convencional, que irá experimentar uma forma nova de casamento e família, que não a esperada por pais, tios, avós, etc. Quem se assume homossexual espera apoio, amor, aceitação e respeito, é nítido esse anseio por parte dos alunos. Assumir-se homossexual é correr o risco de se tornar estrangeiro, de desabrigar-se, de ir para a vida lutar pela própria sobrevivência.
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