O esclarecimento e a educação em Adorno e Horkheimer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Tiago Soares
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Eckstein, Luiz Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Comunicações
Texto Completo: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/2701
Resumo: O presente artigo apresenta o conceito de esclarecimento presente na obra Dialética do esclarecimento, de Theodor Adorno e Max Horkheimer (1985). Os autores argumentam que o esclarecimento tem a função de promover os homens à condição de senhores da natureza, dominando-a e submetendo-a conforme seus interesses e necessidades. As ideias desenvolvidas pelos pensadores abordam, de modo dialógico e comparativo, a questão entre o esclarecimento moderno e os mitos. A conclusão oferecida pelos frankfurtianos é de que o mito já possuía caráter esclarecedor diante da natureza e que o esclarecimento moderno apropriou-se das verdades míticas preestabelecidas, angariando sobre seu discurso o critério único de veracidade dos objetos. Esse discurso imperante é possível por meio da pretensa neutralidade e objetividade científica que parecem ocupar espaço metafísico e religioso no ideário social. A proposta de superação desse poderio hegemônico da ciência moderna é possível por meio de uma educação crítica. A teoria crítica da educação entende que o sujeito insere-se em um mundo dado. Entretanto, deve o sujeito colaborar ativamente na construção do mundo em que vive, tornando-se, assim, a antítese operante na edificação e transformação da sociedade existente. Para que essa inserção dialética aconteça, o sujeito precisa compreender a estrutura social existente. Por isso, faz-se necessária uma educação que não promova unicamente a reprodução dos saberes existentes, mas que sensibilize e estimule novos conhecimentos e interpretações a respeito dos fatos, para que uma nova ordem social se estabeleça. Tal necessidade deve pensar o educador e o educando em uma perspectiva que emancipe todos os envolvidos, que evite a normalização da barbárie e que instigue à reflexão e à construção de cidadãos mais justos, igualitários, emancipados e autônomos.
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