A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Metodista |
Texto Completo: | http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1645 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo investigar a violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e suas associações com a psicodinâmica destes sujeitos. Os participantes foram cinco mulheres, com idade acima de 18 anos, vítimas de violência e atendidas em um Centro de Referência e Apoio à Mulher da região metropolitana de São Paulo. Num primeiro momento foi aplicado um questionário para coleta de dados sociodemográficos, história passada do sujeito e o crime (violência sofrida). Os demais instrumentos utilizados foram: o Childhood Trauma Questionnaire (Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) – tradução para o português), o Instrumento de Rastreio para Sintomas de Estresse Pós-Traumático (versão em português do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms – SPTSS) e o Teste de Apercepção Temática. Para o desenvolvimento do presente estudo adotou-se como método de pesquisa o descritivo-qualitativo combinado a uma análise quantitativa, realizada a partir dos dados obtidos no questionário e na escala. Os resultados apontam que quatro das cinco participantes apresentam sintomas compatíveis com o transtorno, confirmando a hipótese de que a violência cometida contra a mulher contribui para o desenvolvimento de sintomas relativos ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático, evidenciando-se como um dos fatores de risco para a ocorrência do transtorno. A vivência da situação de violência de forma crônica e/ou prolongada aparece como agravante no surgimento e manutenção dos sintomas; por outro lado, o apoio social, histórico familiar favorável e percepção das agressões enquanto violência e crime são tidos como fatores protetivos nesta condição. |
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A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICOViolence against women as a risk factor for the development of Post Traumatic Stress Disorder.Transtorno de Estresse Pós-traumático; Violência; Relações FamiliaresPosttraumatic Stress Disorder; Violence; Family relationshipsCIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAEste estudo teve como objetivo investigar a violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e suas associações com a psicodinâmica destes sujeitos. Os participantes foram cinco mulheres, com idade acima de 18 anos, vítimas de violência e atendidas em um Centro de Referência e Apoio à Mulher da região metropolitana de São Paulo. Num primeiro momento foi aplicado um questionário para coleta de dados sociodemográficos, história passada do sujeito e o crime (violência sofrida). Os demais instrumentos utilizados foram: o Childhood Trauma Questionnaire (Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) – tradução para o português), o Instrumento de Rastreio para Sintomas de Estresse Pós-Traumático (versão em português do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms – SPTSS) e o Teste de Apercepção Temática. Para o desenvolvimento do presente estudo adotou-se como método de pesquisa o descritivo-qualitativo combinado a uma análise quantitativa, realizada a partir dos dados obtidos no questionário e na escala. Os resultados apontam que quatro das cinco participantes apresentam sintomas compatíveis com o transtorno, confirmando a hipótese de que a violência cometida contra a mulher contribui para o desenvolvimento de sintomas relativos ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático, evidenciando-se como um dos fatores de risco para a ocorrência do transtorno. A vivência da situação de violência de forma crônica e/ou prolongada aparece como agravante no surgimento e manutenção dos sintomas; por outro lado, o apoio social, histórico familiar favorável e percepção das agressões enquanto violência e crime são tidos como fatores protetivos nesta condição.This study aimed to investigate violence against women as a risk factor for the development of Post Traumatic Stress Disorder (PTSD) and its associations with the psychodynamics of these subjects. The participants were five women, aged over 18 years, victims of violence and attended at a Reference and Support Center for Women in the metropolitan region of São Paulo. At first, a questionnaire was used to collect sociodemographic data, past history of the subject and crime (violence suffered). The other instruments used were: the Childhood Trauma Questionnaire (QUESI), the Traumatic Stress Symptom Screening Instrument (Portuguese version of the Screen for Posttraumatic Stress Symptoms - SPTSS) And the Thematic Apperception Test. For the development of the present study the qualitative descriptive combined with a quantitative analysis was carried out as a research method, based on the data obtained in the questionnaire and the scale. The results indicate that four of the five participants present symptoms compatible with the disorder, confirming the hypothesis that the violence committed against women contributes to the development of symptoms related to Post Traumatic Stress Disorder, evidencing itself as one of the risk factors For the occurrence of the disorder. The experience of the situation of violence in a chronic and / or prolonged way appears as aggravating in the appearance and maintenance of the symptoms; On the other hand, social support, favorable family history and perception of aggression as violence and crime are considered as protective factors in this condition.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Metodista de Sao PauloPsicologia da Saude:Programa de Pos Graduacao em Psicologia da SaudeBrasilIMSPsicologia da SaudeVizzotto, Marilia MartinsNogueira, Paulo Augusto de SouzaAvoglia, Hilda Rosa CapelãoCastro, Paulo Francisco deSouza, Celia Mendes de2017-06-01T18:55:08Z2017-05-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSouza, Celia Mendes de. A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER COMO FATOR DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO. 2017. [123 folhas]. Dissertação( Psicologia da Saude) - Universidade Metodista de Sao Paulo, [São Bernardo do Campo] .http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1645porREFERÊNCIAS American Psychiatric Association. (1987). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (3a ed. rev.). American Psychiatric Association. (1994). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (4aed.). American Psychiatric Association. (2000). Diagnostic and statistical manual of mental disorders – Text revision (4aed.). American Psychiatric Association. (2014). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5aed.). Azevedo, M.A., Guerra, V.N. 2003. Childhood and domestic terror in Brazil: stories of death and resistance. Child Studies Laboratory, Institute of Psychology, University of São Paulo. Retrieved january, 2016, fromhttp://www.ip.usp.br/laboratorios/lacri/childhood.doc Benyakar, M. (2005). Lo disruptivo: el impacto del entorno em el psiquismo. 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Este estudo teve como objetivo investigar a violência contra a mulher como fator de risco para o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e suas associações com a psicodinâmica destes sujeitos. Os participantes foram cinco mulheres, com idade acima de 18 anos, vítimas de violência e atendidas em um Centro de Referência e Apoio à Mulher da região metropolitana de São Paulo. Num primeiro momento foi aplicado um questionário para coleta de dados sociodemográficos, história passada do sujeito e o crime (violência sofrida). Os demais instrumentos utilizados foram: o Childhood Trauma Questionnaire (Questionário Sobre Traumas na Infância (QUESI) – tradução para o português), o Instrumento de Rastreio para Sintomas de Estresse Pós-Traumático (versão em português do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms – SPTSS) e o Teste de Apercepção Temática. Para o desenvolvimento do presente estudo adotou-se como método de pesquisa o descritivo-qualitativo combinado a uma análise quantitativa, realizada a partir dos dados obtidos no questionário e na escala. Os resultados apontam que quatro das cinco participantes apresentam sintomas compatíveis com o transtorno, confirmando a hipótese de que a violência cometida contra a mulher contribui para o desenvolvimento de sintomas relativos ao Transtorno de Estresse Pós-Traumático, evidenciando-se como um dos fatores de risco para a ocorrência do transtorno. A vivência da situação de violência de forma crônica e/ou prolongada aparece como agravante no surgimento e manutenção dos sintomas; por outro lado, o apoio social, histórico familiar favorável e percepção das agressões enquanto violência e crime são tidos como fatores protetivos nesta condição. |
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