Relações entre prazer e sofrimento, desesperança e ideação suicida no trabalho de profissionais de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Marco Aurélio Ramos de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2173
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo: identificar e analisar as relações entre prazer e sofrimento, desesperança e ideação suicida em trabalhadores de enfermagem. O estudo contou com a participação de 297 profissionais de enfermagem de diferentes áreas de atuação em um hospital de São Paulo (in loco), e também, em âmbito nacional por meio de formulários online. Hipotetizou-se que o sofrimento vivenciado por estes trabalhadores tivesse influência sobre o adoecimento psíquico e que possibilitasse inclusive, na motivação para a idealização do suicídio. Estudos sobre prazer, sofrimento, bem-estar, adoecimento mental, suicídio e a Psicodinâmica do Trabalho, forneceram fundamentos teóricos para o desenvolvimento das análises. A coleta de dados ocorreu entre abril e agosto de 2021, utilizando como instrumentos: um Questionário Sociodemográfico, a Escalas de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), Escala de Desesperança (BHS) e Escala de Ideação Suicida (BSI) de Beck. Buscou-se participantes que atuassem em qualquer categoria profissional de Enfermagem, desde que trabalhassem em ambiente hospitalar, prestando cuidados diretos ou indiretos aos pacientes. Para análise dos dados obtidos utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson e o coeficiente de correlação de Spearman. Na avaliação das diferenças entre os percentuais dos grupos, foi utilizado o teste exato de Fisher e, para a análise multivariada das classificações dos instrumentos, a Análise de Regressão Logística Ordinal. As análises estatísticas foram realizadas considerando o nível de significância de 0.05 que equivale a uma confiança de 95% para a análise. Entre os resultados, identificou-se como indicadores de prazer no trabalho, o orgulho em proporcionar ajuda ao paciente (86.5%) e a solidariedade entre os integrantes da equipe de trabalho (47.6%). Os indicadores de sofrimento encontrados se referiram ao cansaço (58.8%), à sobrecarga (55.7%), à tensão emocional (52.1%), às pressões exercidas no ambiente de trabalho (40.2%), ao medo da punição ao se cometer erros (39.6%) e à desvalorização profissional (32.7%). Também foi possível identificar o somatório dos níveis de desesperança leve, moderada e grave em (25.2%) dos participantes, percentuais de ideação suicida (23.2%) e de tentativas de suicídio (8.1%) entre estes trabalhadores. As análises de correlação permitiram identificar que à medida que o trabalhador expressa maiores níveis de liberdade e realização, diminuem os níveis de desesperança e de ideação suicida. Inversamente, maiores níveis de desgaste e desvalorização contribuíram para índices mais elevados de desesperança e do pensamento autodestrutivo. Conclui-se que o sofrimento no trabalho dos profissionais de Enfermagem possui relação estreita com o adoecimento e a intenção suicida destes trabalhadores.(AU)
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Hipotetizou-se que o sofrimento vivenciado por estes trabalhadores tivesse influência sobre o adoecimento psíquico e que possibilitasse inclusive, na motivação para a idealização do suicídio. Estudos sobre prazer, sofrimento, bem-estar, adoecimento mental, suicídio e a Psicodinâmica do Trabalho, forneceram fundamentos teóricos para o desenvolvimento das análises. A coleta de dados ocorreu entre abril e agosto de 2021, utilizando como instrumentos: um Questionário Sociodemográfico, a Escalas de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), Escala de Desesperança (BHS) e Escala de Ideação Suicida (BSI) de Beck. Buscou-se participantes que atuassem em qualquer categoria profissional de Enfermagem, desde que trabalhassem em ambiente hospitalar, prestando cuidados diretos ou indiretos aos pacientes. Para análise dos dados obtidos utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson e o coeficiente de correlação de Spearman. Na avaliação das diferenças entre os percentuais dos grupos, foi utilizado o teste exato de Fisher e, para a análise multivariada das classificações dos instrumentos, a Análise de Regressão Logística Ordinal. As análises estatísticas foram realizadas considerando o nível de significância de 0.05 que equivale a uma confiança de 95% para a análise. Entre os resultados, identificou-se como indicadores de prazer no trabalho, o orgulho em proporcionar ajuda ao paciente (86.5%) e a solidariedade entre os integrantes da equipe de trabalho (47.6%). Os indicadores de sofrimento encontrados se referiram ao cansaço (58.8%), à sobrecarga (55.7%), à tensão emocional (52.1%), às pressões exercidas no ambiente de trabalho (40.2%), ao medo da punição ao se cometer erros (39.6%) e à desvalorização profissional (32.7%). Também foi possível identificar o somatório dos níveis de desesperança leve, moderada e grave em (25.2%) dos participantes, percentuais de ideação suicida (23.2%) e de tentativas de suicídio (8.1%) entre estes trabalhadores. As análises de correlação permitiram identificar que à medida que o trabalhador expressa maiores níveis de liberdade e realização, diminuem os níveis de desesperança e de ideação suicida. Inversamente, maiores níveis de desgaste e desvalorização contribuíram para índices mais elevados de desesperança e do pensamento autodestrutivo. Conclui-se que o sofrimento no trabalho dos profissionais de Enfermagem possui relação estreita com o adoecimento e a intenção suicida destes trabalhadores.(AU)The present research aimed to: identify and analyze the relationships between pleasure and suffering, hopelessness and suicidal ideation in nursing workers. The study involved the participation of 297 nursing professionals from different areas of activity in a hospital in São Paulo (in loco), and also nationwide through online forms. It was hypothesized that the suffering experienced by these workers had an influence on the psychic illness and that it even made it possible, in the motivation for the idealization of suicide. Studies on pleasure, suffering, well-being, mental illness, suicide and the Psychodynamics of Work provided theoretical foundations for the development of analyses. Data collection took place between April and August 2021, using as instruments: a Sociodemographic Questionnaire, the Scales of Pleasure and Suffering Indicators at Work (EIPST), Hopelessness Scale (BHS) and Beck's Suicidal Ideation Scale (BSI). Participants who worked in any professional category of Nursing were sought, as long as they worked in a hospital environment, providing direct or indirect care to patients. To analyze the data obtained, Pearson's correlation coefficient and Spearman's correlation coefficient were used. In the evaluation of the differences between the percentages of the groups, the Fisher's exact test was used and, for the multivariate analysis of the instrument classifications, the Ordinal Logistic Regression Analysis. Statistical analyzes were performed considering a significance level of 0.05, which is equivalent to a 95% confidence for the analysis. Among the results, pride in providing help to the patient (86.5%) and solidarity among the members of the work team (47.6%) were identified as indicators of pleasure at work. The suffering indicators found referred to tiredness (58.8%), overload (55.7%), emotional tension (52.1%), pressure exerted in the work environment (40.2%), fear of punishment for making mistakes (39.6%) and professional devaluation (32.7%). It was also possible to identify the sum of the levels of mild, moderate and severe hopelessness in (25.2%) of the participants, percentages of suicidal ideation (23.2%) and suicide attempts (8.1%) among these workers. Correlation analyzes allowed us to identify that as the worker expresses greater levels of freedom and fulfillment, the levels of hopelessness and suicidal ideation decrease. Conversely, higher levels of burnout and devaluation contributed to higher rates of hopelessness and self-destructive thinking. It is concluded that the suffering in the work of Nursing professionals has a close relationship with the illness and the suicidal intention of these workers.(AU)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Metodista de Sao PauloPsicologia da Saude:Programa de Pos Graduacao em Psicologia da SaudeBrasilIMSPsicologia da SaudeAvoglia, Hilda Rosa CapelãoMartins , Maria do Carmo FernandesDias , Edgar ToschiRosa , Helena RinaldiMazzaia, Maria CristinaAlmeida, Marco Aurélio Ramos de2022-04-13T18:28:59Z2022-03-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfAlmeida, Marco Aurélio Ramos de. Relações entre prazer e sofrimento, desesperança e ideação suicida no trabalho de profissionais de enfermagem. 2022. 187 folhas]. Tese( Psicologia da Saude) - Universidade Metodista de Sao Paulo, São Bernardo do Campo, 2022.http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2173porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2022-04-13T18:28:59Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/2173Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2022-04-13T18:28:59Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false
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