MULHERES, VIOLÊNCIA CONJUGAL E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS): contribuições do serviço de psicologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Furquim, Giovana Tomé
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2067
Resumo: A violência é um fenômeno histórico de socialização e demonstração de poder no qual as mulheres geralmente são as vítimas. Com os movimentos feministas, as mulheres vêm reivindicando seus direitos dentro da sociedade e, conjuntamente, denunciando a prática de violência ocorrida no âmbito doméstico, já que muitas vezes os autores desta situação são os próprios parceiros íntimos. A Organização Mundial da Saúde tem intensificado a importância de realizar a prevenção da violência contra as mulheres, pois este é um fenômeno que traz inúmeras consequências para a vida e saúde destas mulheres, principalmente quando se trata da violência psicológica que é de difícil identificação. Neste sentido, a presente dissertação teve como objetivo identificar as contribuições dos profissionais da Psicologia no Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento da violência contra as mulheres no relacionamento conjugal. A pesquisa utilizou-se do método qualitativo, por meio de entrevista semiestruturada, realizada com seis mulheres, maiores de 18 anos, que constituem ou constituíram relacionamentos conjugais por período mínimo de cinco anos e que procuraram o SUS para atendimento junto ao profissional da psicologia. O estudo ocorreu em uma cidade do interior do Estado de São Paulo. As análises da coleta de dados foram efetuadas com base no método fenomenológico. Os resultados apontaram: a) identificou-se a presença de experiências de violências psicológica, física e/ou sexual no relacionamento conjugal e no contexto familiar, mesmo antes do início do casamento; b) as mulheres buscaram atendimento de saúde para atendimento com queixas de sintomas físicos e psicológicos e estas não estavam associadas, a princípio, ao fenômeno da violência; c) as mulheres apresentaram dificuldade em procurar ajuda profissional para o fenômeno da violência; d) verificou-se que o atendimento do setor de psicologia foi um marco de identificação desta experiência, assim como possibilidade de ressignificação perante o fenômeno da violência sofrida. Frente aos resultados alcançados, verificou-se que para os profissionais de psicologia atuantes na rede de enfrentamento à violência contra as mulheres efetuarem a promoção e prevenção referentes aos cuidados de saúde, devem estar preparados para auxiliar essas mulheres na identificação de situações de violência, uma vez que interferem diretamente numa vida digna e saudável.
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A Organização Mundial da Saúde tem intensificado a importância de realizar a prevenção da violência contra as mulheres, pois este é um fenômeno que traz inúmeras consequências para a vida e saúde destas mulheres, principalmente quando se trata da violência psicológica que é de difícil identificação. Neste sentido, a presente dissertação teve como objetivo identificar as contribuições dos profissionais da Psicologia no Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento da violência contra as mulheres no relacionamento conjugal. A pesquisa utilizou-se do método qualitativo, por meio de entrevista semiestruturada, realizada com seis mulheres, maiores de 18 anos, que constituem ou constituíram relacionamentos conjugais por período mínimo de cinco anos e que procuraram o SUS para atendimento junto ao profissional da psicologia. O estudo ocorreu em uma cidade do interior do Estado de São Paulo. As análises da coleta de dados foram efetuadas com base no método fenomenológico. Os resultados apontaram: a) identificou-se a presença de experiências de violências psicológica, física e/ou sexual no relacionamento conjugal e no contexto familiar, mesmo antes do início do casamento; b) as mulheres buscaram atendimento de saúde para atendimento com queixas de sintomas físicos e psicológicos e estas não estavam associadas, a princípio, ao fenômeno da violência; c) as mulheres apresentaram dificuldade em procurar ajuda profissional para o fenômeno da violência; d) verificou-se que o atendimento do setor de psicologia foi um marco de identificação desta experiência, assim como possibilidade de ressignificação perante o fenômeno da violência sofrida. Frente aos resultados alcançados, verificou-se que para os profissionais de psicologia atuantes na rede de enfrentamento à violência contra as mulheres efetuarem a promoção e prevenção referentes aos cuidados de saúde, devem estar preparados para auxiliar essas mulheres na identificação de situações de violência, uma vez que interferem diretamente numa vida digna e saudável.Violence is a historical phenomenon of socialization and demonstration of power in which women are often the victims. Supported by feminist movements, women have been claiming their rights within society and, jointly, denouncing the practice of violence that occurred in the domestic sphere, since in many occasions the authors are their own intimate partners. The World Health Organization has intensified the importance of preventing violence against women, as this is a phenomenon that has numerous consequences for the lives and health of these women, especially when it comes to psychological violence which is difficult to identify. In this sense, the present dissertation aims to identify the contributions of Psychology professionals in the Sistema Único de Saúde (SUS) to confront violence against women in the marital relationship. The research used the qualitative method, through semi-structured interview conducted with six women, over 18 years old, who constitute or constituted marital relationships for a minimum period of five years and who sought SUS for care with the psychology professional. The study took place in a city in the countryside of the state of São Paulo. The data collection analyzes were carried out based on the phenomenological method with reference to the Rogerian theoretical perspectives. The results showed: a) the presence of experiences of psychological, physical and/or sexual violence in the marital relationship and in the family context, even before the beginning of the marriage; b) women sought health care to attend to complaints of physical and psychological symptoms and these were not associated, at first, with the phenomenon of violence; c) women found it difficult to seek professional help for the phenomenon of violence; d) it was found that the care provided by the psychology sector was a milestone in the identification of this experience, as well as the possibility of reframing in the face of the phenomenon of violence suffered. In view of the results achieved, it was found that for the services of psychology professionals working in the network to confront violence against women and to carry out the promotion and prevention related to health care, they must be prepared to assist these women identifying situations of violence, since they directly interferes in a dignified and healthy life.Universidade Metodista de Sao PauloPsicologia da Saude:Programa de Pos Graduacao em Psicologia da SaudeBrasilIMSPsicologia da SaudeSilva, Rosa Maria FrugoliAvoglia , Hilda Rosa CapelãoRosa, Helena RinaldiFurquim, Giovana Tomé2021-03-19T15:48:00Z2020-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFurquim, Giovana Tomé. MULHERES, VIOLÊNCIA CONJUGAL E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS): contribuições do serviço de psicologia. 2020. 114 folhas. Dissertação( Psicologia da Saude) - Universidade Metodista de Sao Paulo, Sao Bernardo do Campo.http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2067porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2021-03-19T15:48:00Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/2067Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2021-03-19T15:48Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false
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