PERCEPÇÃO DE FAMÍLIA EM CRIANÇAS ABRIGADAS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Cecilia Araujo
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1457
Resumo: A família é a base fundamental para o desenvolvimento saudável da personalidade. A vivência de afetos positivos permitirá à criança a capacidade de estabelecer novos vínculos, desenvolver auto-estima e confiança em si mesmo, tolerar frustrações e superar as angústias. Muitas crianças, no entanto, são privadas do convívio com seus familiares, por diversos motivos, como maus-tratos, abandono, negligência, abusos físico ou sexual, até a orfandade. Os abrigos existem para assegurar a estas crianças a garantia de seus direitos fundamentais até que retornem às suas famílias de origem ou até que sejam encaminhadas à adoção. O presente trabalho tem o objetivo de investigar a percepção de família das crianças abrigadas e ainda, identificar os principais conflitos e idealizações no que se refere à introjeção das figuras parentais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa orientada pelo método clínico. Participaram deste estudo 04 crianças, com idade compreendida entre 08 e 10 anos, que viviam em uma casa-abrigo localizada na Zona Leste de São Paulo. Os procedimentos utilizados foram o Desenho da Família com Estória, além de observação, entrevistas abertas não-diretivas e dados fornecidos pela instituição. Os resultados encontrados indicam que, apesar de estarem separadas de suas famílias, estas crianças possuem internalizadas as figuras parentais e nutrem sentimentos ambivalentes em relação à identificação estabelecida com estes objetos. Entretanto, também foi identificada a presença de impulsos amorosos. Frente a isso, destaca-se o importante papel que as instituições ocupam na vida dessas crianças no sentido de poder oferecer às mesmas a oportunidade de sentirem-se amadas, acolhidas e cuidadas, desenvolvendo assim a capacidade de amar e estabelecer vínculos afetivos com outras pessoas. Os resultados apresentados limitam-se a essa amostra de quatro crianças, não tendo a pretensão de tecer generalizações acerca da percepção de família de todas as crianças abrigadas.
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O presente trabalho tem o objetivo de investigar a percepção de família das crianças abrigadas e ainda, identificar os principais conflitos e idealizações no que se refere à introjeção das figuras parentais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa orientada pelo método clínico. Participaram deste estudo 04 crianças, com idade compreendida entre 08 e 10 anos, que viviam em uma casa-abrigo localizada na Zona Leste de São Paulo. Os procedimentos utilizados foram o Desenho da Família com Estória, além de observação, entrevistas abertas não-diretivas e dados fornecidos pela instituição. Os resultados encontrados indicam que, apesar de estarem separadas de suas famílias, estas crianças possuem internalizadas as figuras parentais e nutrem sentimentos ambivalentes em relação à identificação estabelecida com estes objetos. Entretanto, também foi identificada a presença de impulsos amorosos. Frente a isso, destaca-se o importante papel que as instituições ocupam na vida dessas crianças no sentido de poder oferecer às mesmas a oportunidade de sentirem-se amadas, acolhidas e cuidadas, desenvolvendo assim a capacidade de amar e estabelecer vínculos afetivos com outras pessoas. Os resultados apresentados limitam-se a essa amostra de quatro crianças, não tendo a pretensão de tecer generalizações acerca da percepção de família de todas as crianças abrigadas.Family is the essential foundation to develop a healthy personality. Positive affection provides the child the capacity of creating new relationships, developing self-esteem, selfreliance, tolerating frustration and overcoming anguish. However, many children do not have this opportunity, due to many reasons; for instance, maltreatments, abandonment, negligence; sexual and physical abuses, and orphanhood. Children shelters exist to assure their fundamental rights until they return to their original family or are forwarded for adoption. This work proposes to investigate the perception of family from children who live in shelters, identifying the main conflicts and idealization of introjection paternal figures. It was a qualitative research conducted by clinical method. Four children, from 08 to 10 years old, from a shelter located on São Paulo, participated in this study. The procedures used were drawing the family with story, observation, open interviews and data provide by institution. The results show that although they are separated of their families, the children have internalized the paternal figures and harbour ambivalent feelings in relation to the identification established with these objects. However, it was also identified the presence of lovely impulses. Thus, the importance of shelters is highlighted in the life of these children, in order to offer the same opportunity to feel love, welcomed and cared for, thereby developing the capacity to love and establishing affective ties with other people. The results shown are restricted only for these four children samples, not having the pretension to generalize the perception of family for all shelter children.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUniversidade Metodista de São PauloPsicologia da saúdeBRUMESPPÓS GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIAVizzotto, Marília MartinsCPF:54712356489http://lattes.cnpq.br/3047461043177845Avoglia, Hilda Rosa CapelãoCPF:56484321313http://lattes.cnpq.br/6203436393742185Vagostello, LucilenaCPF:12584584582Melo, Cecilia Araujo2016-08-03T16:34:53Z2011-06-092011-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMELO, Cecilia Araujo. Perception family of children sheltered. 2011. 152 f. 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