EXISTÊNCIA E RELIGIÃO EM ALBERT CAMUS: Relações entre o absurdo e a revolta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Metodista |
Texto Completo: | http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/555 |
Resumo: | A presente pesquisa busca, a partir dos dois pólos fundamentais ao pensamento de Albert Camus, a saber, o absurdo e a revolta, discutir a relação do pensamento camusiano com a religião, no que tange fundamentalmente à sua recusa frente a um pensamento ou atitude que recorra a um sentido além da existência humana. Camus escritor franco-argelino e Prêmio Nobel de Literatura em 1959 concebeu o absurdo como a experiência resultante da consciência de assimetria vigente na existência humana. Esta assimetria se estabelece na polarização entre o anseio humano por felicidade, união e plenitude e a evidência expressa pela existência de dor, fragmentação e limite. A revolta subsiste neste cenário como resposta camusina: esta é concomitantemente reivindicação de justiça e insurreição contra a morte. No que concerne à religião, Camus compreende uma fuga fundamentada na esperança. Esta fuga negligencia e impede a consideração radical da condição humana. A esperança religiosa, em suma, anula a revolta como resposta legitima a condição existencial: pretende justificar o injusto com base em um mistério. Realizada a descrição do absurdo e da revolta, recorre-se ao pensamento do teólogo e filósofo alemão Paul Tillich, como referencial teórico para a análise específica da relação entre religião e pensamento camusiano. O conceito de religião e fé em Paul Tillich apresenta-se como elemento importante para a consideração desta relação ao salientar a vigência da ambigüidade na experiência religiosa, interpretada em Paul Tillich a partir da experiência dialógica entre o finito e o infinito, ou, em outros termos, entre o ser e o não-ser. A partir de Paul Tillich pergunta-se sobre a possibilidade da religião, mesmo em meio à afirmação da impossibilidade do eterno. Caminha-se, assim, para a consideração da efetividade da experiência religiosa em Camus como expressão de uma transcendência profana , onde a recusa a Deus comunga com uma perene reivindicação da perfeição e do eterno. |
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EXISTÊNCIA E RELIGIÃO EM ALBERT CAMUS: Relações entre o absurdo e a revoltaAbsurdoRevoltaReligiãoExistênciaAlbert CamusPaul Tillich.AbsurdRevoltReligionExistenceAlbert CamusPaul Tillich.CNPQ::CIENCIAS HUMANASA presente pesquisa busca, a partir dos dois pólos fundamentais ao pensamento de Albert Camus, a saber, o absurdo e a revolta, discutir a relação do pensamento camusiano com a religião, no que tange fundamentalmente à sua recusa frente a um pensamento ou atitude que recorra a um sentido além da existência humana. Camus escritor franco-argelino e Prêmio Nobel de Literatura em 1959 concebeu o absurdo como a experiência resultante da consciência de assimetria vigente na existência humana. Esta assimetria se estabelece na polarização entre o anseio humano por felicidade, união e plenitude e a evidência expressa pela existência de dor, fragmentação e limite. A revolta subsiste neste cenário como resposta camusina: esta é concomitantemente reivindicação de justiça e insurreição contra a morte. No que concerne à religião, Camus compreende uma fuga fundamentada na esperança. Esta fuga negligencia e impede a consideração radical da condição humana. A esperança religiosa, em suma, anula a revolta como resposta legitima a condição existencial: pretende justificar o injusto com base em um mistério. Realizada a descrição do absurdo e da revolta, recorre-se ao pensamento do teólogo e filósofo alemão Paul Tillich, como referencial teórico para a análise específica da relação entre religião e pensamento camusiano. O conceito de religião e fé em Paul Tillich apresenta-se como elemento importante para a consideração desta relação ao salientar a vigência da ambigüidade na experiência religiosa, interpretada em Paul Tillich a partir da experiência dialógica entre o finito e o infinito, ou, em outros termos, entre o ser e o não-ser. A partir de Paul Tillich pergunta-se sobre a possibilidade da religião, mesmo em meio à afirmação da impossibilidade do eterno. Caminha-se, assim, para a consideração da efetividade da experiência religiosa em Camus como expressão de uma transcendência profana , onde a recusa a Deus comunga com uma perene reivindicação da perfeição e do eterno.The present research pursuits from two fundamental bases of Albert Camus thought, which are, absurd and the revolt discusses the relation between Camus thought and religion with regard to his refusal to accept the conception or attitude that resorts to a meaning beyond human existence. Camus - who was an Algerian writer and received a Nobel Prize for Literature in 1959. He conceived the absurd as an experience resultant of the awareness of asymmetry current in the human existence. This asymmetry is set in the extreme between the human desire for happiness, unity and fullness and the evidence expressed by pain, fragmentation and limitation. The revolt exists in this scenery as Camus answer for the simultaneously demand for justice and revolt against death. As far as religion is concerned, Camus understands it as an escape founded on hope. This escape neglects and impedes the extreme consideration of human condition. The religious hope, in short, invalidate the revolt as a legitimate answer to the existential condition, as it intends to justify the injustice as an answer to a mystery. As it was provided the description of absurd and the revolt, this research turns to Paul Tillich s thought, a German theologian and philosopher, as a theoretical reference in order to analyse the specific relation between religion and Camus thought. The concept of religion and faith in Paul Tillich is as an important element as it takes into consideration the existence of an ambiguity in the religious experience, performed by Paul Tillich from the dialogue between finite and infinite, or, in other words, between the being and the no being. From Paul Tillich, we ask about the possibility of religion, even amid statement of the impossibility of the eternal. So, there ensue to the consideration that the carrying out of religious experience in Camus as an expression of a profane transcendence, where the refusal of God take communion with an everlasting demanding for perfection and eternity.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoUniversidade Metodista de São Paulo1. Ciências Sociais e Religião 2. Literatura e Religião no Mundo Bíblico 3. Práxis Religiosa e SocieBRUMESPPÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃOHiguet, Etienne AlfredCPF:23164153451http://lattes.cnpq.br/5600938581821983Josgrilberg, Rui de SouzaCPF:16546515611http://lattes.cnpq.br/6814803104634334Caldas Filho, CarlosCPF:12345645622Almeida, Kleiton Cerqueira de2016-08-03T12:21:07Z2010-08-172010-05-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfALMEIDA, Kleiton Cerqueira de. EXISTÊNCIA E RELIGIÃO EM ALBERT CAMUS: Relações entre o absurdo e a revolta. 2010. 122 f. Dissertação (Mestrado em 1. Ciências Sociais e Religião 2. Literatura e Religião no Mundo Bíblico 3. Práxis Religiosa e Socie) - Universidade Metodista de São Paulo, São Paulo, 2010.http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/555porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Metodistainstname:Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)instacron:METODISTA2016-08-09T18:16:04Zoai:tahbit.umesp.edu.dti:tede/555Repositório InstitucionalPRIhttp://tede.metodista.br/oai/requestbiblioteca@metodista.bropendoar:2016-08-09T18:16:04Repositório Institucional da Metodista - Universidade Metodista de São Paulo (METODISTA)false |
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