(In)VERSÕES POLÍTICO-ESCATOLÓGICAS NO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO Uma análise da posição e ação política das Assembleias de Deus de 1930-1945 e 1978-1988 a partir do jornal Mensageiro da Paz
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Metodista |
Texto Completo: | http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1488 |
Resumo: | A presente pesquisa analisou a posição e ação política nas Assembleias de Deus do Brasil nos períodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 há no interior do pentecostalismo brasileiro posições e intervenções no mundo da política. Tanto no período de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas análises serão realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, aiôn e kairos. No que diz respeito ao primeiro período 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatológico do pentecostalismo a processos de alienação e não envolvimento com a política partidária. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatológicas não foram causa de certo afastamento da esfera pública brasileira, mas sim efeito de processos de exclusão aos quais homens e mulheres de pertença pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotência. Já no segundo período, de 1978-1988, a posição e a ação política que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopolítica. Chamamos de capítulo intermedário ou de transição o período correspondente às datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da política brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa análise a partir de artigos publicados no órgão oficial de comunicação da denominação religiosa em questão, o jornal Mensageiro da Paz. Esse periódico circula desde 1930. Além dos artigos, destacamos também as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que é o início de nossa pesquisa, há posição e ação política nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hipótese é de que no período 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotência. Se a biopolítica é o poder sobre a vida, a biopotência é o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contribuíram para que nos espaços marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperação; eram também espaços de criação de outras narrativas e de crítica a modelos hegemônicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos. |
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No que diz respeito ao primeiro período 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatológico do pentecostalismo a processos de alienação e não envolvimento com a política partidária. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatológicas não foram causa de certo afastamento da esfera pública brasileira, mas sim efeito de processos de exclusão aos quais homens e mulheres de pertença pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotência. Já no segundo período, de 1978-1988, a posição e a ação política que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopolítica. Chamamos de capítulo intermedário ou de transição o período correspondente às datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da política brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa análise a partir de artigos publicados no órgão oficial de comunicação da denominação religiosa em questão, o jornal Mensageiro da Paz. Esse periódico circula desde 1930. Além dos artigos, destacamos também as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que é o início de nossa pesquisa, há posição e ação política nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hipótese é de que no período 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotência. Se a biopolítica é o poder sobre a vida, a biopotência é o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contribuíram para que nos espaços marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperação; eram também espaços de criação de outras narrativas e de crítica a modelos hegemônicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.This research analyzed the political position and action in the Assemblies of God of Brazil in the periods 1930-1945 and 1978-1988. We defend the thesis that since 1930 there within the Brazilian Pentecostalism positions and interventions in the world of politics. In both the 1930-1945 period and the 1978-1988 our analyzes will be carried out from the time frames discussed by Giorgio Agamben: chronos, Aion is kairos. With regard to the first period 1930-1945, research almost always binding on the eschatological discourse of Pentecostalism alienation processes and not involved with party politics. However, it is believed that the eschatological narratives were not sure because of remoteness of the Brazilian public sphere, but the effect of the exclusion of processes to which men and women belonging Pentecostal been circumscribed. Doctrines such as eschatology and pneumatology were potentiating processes that here we call biopotency. In the second period, from 1978-1988, the position and political action that prevailed in Pentecostalism were related to biopolitics. Call intermedário chapter or transition the corresponding period the dates 1946-1977. We will describe and analyze prominent Pentecostal personalities in the field of Brazilian politics. Methodologically, we did our analysis from articles published in the official communication of the religious denomination concerned, the Messenger Journal of Peace. This newspaper circulates since 1930. In addition to the articles also highlight the authors and authors, all of them and all of them leading figures in assembleianismo. During the research question the idea of the Pentecostal apoliticism. We defend the thesis that since 1930, which is the beginning of our research, there are political position and action in the Assemblies of God. As a result, we question the idea of the Pentecostal apoliticism. Our hypothesis is that in the period 1930-1945 Pentecostalism was a center of biopotency. If biopolitics is the power over life, biopotency is the power of life. Doctrines such as eschatology and pneumatology contributed to the marginal spaces where they met the Pentecostals were created new models of sociability and cooperation; They were also spaces to create other narratives and criticism of hegemonic and exclusive models. Pentecostalism was a movement that promoted the human dignity of subaltern subjects.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Metodista de Sao PauloCiencias da Religiao:Programa de Pos Graduacao em Ciencias da ReligiaoBrasilIMSCiencias da ReligiaoRibeiro, Claudio de OliveiraWirth, LauriAyres, PauloAlencar, Gedean deBrasil, AlexandreCARVALHO, OSIEL LOURENÇO DE,2016-08-12T16:57:01Z2016-03-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfCARVALHO, OSIEL LOURENÇO DE,. (In)VERSÕES POLÍTICO-ESCATOLÓGICAS NO PENTECOSTALISMO BRASILEIRO Uma análise da posição e ação política das Assembleias de Deus de 1930-1945 e 1978-1988 a partir do jornal Mensageiro da Paz. 2016. [180f]. 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