O DESENVOLVIMENTO DA CRÍTICA À IDOLATRIA DO MERCADO EM HUGO ASSMANN.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, THADEU DA SILVA
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1654
Resumo: Esta pesquisa busca investigar os mecanismos teóricos utilizados pelo teólogo latino-americano Hugo Assmann para articular o binômio teologia e economia na tarefa de criticar o funcionamento religioso do capitalismo. Para uma adequada investigação, nos limitamos a analisar o desenvolvimento de sua crítica à idolatria do mercado. Por meio das contribuições de Jung Mo Sung dividimos o pensamento de Assmann em três fases com características bastante distintas em sua compreensão sobre o mercado. Buscamos analisar detidamente cada uma delas nos capítulos que compõem esta dissertação a partir de suas principais obras. No primeiro capítulo, dedicamo-nos à análise da crítica de Assmann ao “capitalismo como religião do fetiche”. Nossa hipótese é de que está nesta crítica as primeiras notas que vinculam criticamente o mercado ao conceito bíblico de deuses ou ídolos. Nesta fase Assmann desenvolve uma crítica radical ou metafísica ao mercado capitalista, de modo a desconsiderar por completo a importância do mercado em uma possível sociedade pós-capitalista/socialista. O segundo capítulo aborda o tema da idolatria do mercado. Buscamos apresentar nele a estrutura conceitual da crítica à idolatria do mercado em Hugo Assmann. Depois, analisamos os dois conceitos principais desta estrutura: ídolo e idolatria. Evidenciamos que, ao apropriar-se da tese de Franz Hinkelammert sobre a Crítica da razão utópica, Assmann passa a aceitar o mercado como um fator econômico necessário às relações sociais. Sua crítica está direcionada à absolutização da suposta autorregulação dos mecanismos do mercado defendido pelo pensamento utópico neoliberal. No terceiro capítulo, analisamos o modo com que Assmann incorpora ao seu pensamento sobre o mercado a teoria dos sistemas vivos autorregulativos e passa aceitar que, em partes, o mercado é um sistema que se autorregula e tem uma dimensão positiva. Aqui Assmann critica a fé idolátrica dos neoliberais de que autorregulação do mercado produzirá sempre o melhor resultado. Isto impede qualquer forma de intervenção social em vista de metas solidárias que compensem a exacerbada lógica de exclusão do sistema. Neste ínterim, buscaremos apresentar uma fundamentação socioeconômica para o fato da impossibilidade de acabar com o mercado e com relações mercantis em realidades amplas e complexas como nas sociedades modernas. Por fim, investigaremos também como Assmann introduz a noção de solidariedade nesta discussão, tanto para criticar a idolatria do automatismo pleno do mercado, quanto para propor uma estratégia de superação desta lógica sacrifical que ignora a tendência de exclusão do mercado. Para tanto, utilizaremos fundamentalmente de contribuições dos teólogos do DEI como referencial de análise das obras de Assmann e também de teses de outros filósofos e sociólogos que se fizerem importantes a partir de nosso objetivo geral.
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No primeiro capítulo, dedicamo-nos à análise da crítica de Assmann ao “capitalismo como religião do fetiche”. Nossa hipótese é de que está nesta crítica as primeiras notas que vinculam criticamente o mercado ao conceito bíblico de deuses ou ídolos. Nesta fase Assmann desenvolve uma crítica radical ou metafísica ao mercado capitalista, de modo a desconsiderar por completo a importância do mercado em uma possível sociedade pós-capitalista/socialista. O segundo capítulo aborda o tema da idolatria do mercado. Buscamos apresentar nele a estrutura conceitual da crítica à idolatria do mercado em Hugo Assmann. Depois, analisamos os dois conceitos principais desta estrutura: ídolo e idolatria. Evidenciamos que, ao apropriar-se da tese de Franz Hinkelammert sobre a Crítica da razão utópica, Assmann passa a aceitar o mercado como um fator econômico necessário às relações sociais. Sua crítica está direcionada à absolutização da suposta autorregulação dos mecanismos do mercado defendido pelo pensamento utópico neoliberal. No terceiro capítulo, analisamos o modo com que Assmann incorpora ao seu pensamento sobre o mercado a teoria dos sistemas vivos autorregulativos e passa aceitar que, em partes, o mercado é um sistema que se autorregula e tem uma dimensão positiva. Aqui Assmann critica a fé idolátrica dos neoliberais de que autorregulação do mercado produzirá sempre o melhor resultado. Isto impede qualquer forma de intervenção social em vista de metas solidárias que compensem a exacerbada lógica de exclusão do sistema. Neste ínterim, buscaremos apresentar uma fundamentação socioeconômica para o fato da impossibilidade de acabar com o mercado e com relações mercantis em realidades amplas e complexas como nas sociedades modernas. Por fim, investigaremos também como Assmann introduz a noção de solidariedade nesta discussão, tanto para criticar a idolatria do automatismo pleno do mercado, quanto para propor uma estratégia de superação desta lógica sacrifical que ignora a tendência de exclusão do mercado. Para tanto, utilizaremos fundamentalmente de contribuições dos teólogos do DEI como referencial de análise das obras de Assmann e também de teses de outros filósofos e sociólogos que se fizerem importantes a partir de nosso objetivo geral.This research seeks to investigate the theoretical methods used by the latin-american theologian Hugo Assmann to articulate the binomial theology and economics in the task of criticizing the religious functioning of capitalism. For an adequate analysis, we restrict ourselves to analyse the devolopment of his criticism to the idolatry of the market. By making use of Jung Mo Sung's contributions we have divided Assmann's thoughts in three phases very different in his understanding about the market.We seek to analyse in detail each one of the phases in the next chapters that constitute this dissertation starting from his main works. In the first chapter, we dedicated ourselves to study Assmann's criticism to the "capitalismo como religião do fetiche". Our hypothesis is that this criticism is the first register that critically links the market to the biblical concept of gods and idols. In this phase Assmann develops a radical or metaphysics critique of the capitalist market, disregarding the importance of the market in a possible postcapitalism/socialism society. The second chapter approaches the theme of the market idolatry from Hugo Assmann. After that, we analyse both of the major concepts of this structure: idol and idolatry. We showed that, by the time he made use of the thesis of Franz Hinkelammert about Crítica da razão utópica, Assmann begins to accept the market as a necessary economic factor to social relations. His criticism is toward the absolutizing of the alleged self-relgulation of the market's mechanisms advocated by the neoliberal utopian thought. In the third chapter, we analyse in which way Assmann incorporates the theory of living self-regulative systems to his thought about the market and begins to accept that, in some parts, the market is a self -regulating system and has a positive dimension. Here Assmann criticizes the neoliberal's idolatrous faith in a self-regulation that will always produce the best result. This impedes any attempt of a social intervention as a consequence of solidarity purposes which would compensate the exacerbated system's exclusion logic. In this interim, we will try to present a socioeconomic basis for the fact that it is impossible to put an end to the market and to the mercantile relations in wide and complex realities such as those from modern societies. Finally, we will also investigate how Assmann introduces the conception of solidarity in this discussion, both to criticize the idolatry of the market's complete automatism and to propose an estrategy to overcome this logic of sacrifice that ignores the tendency of exclusion in the market. To this end, we will make use mainly of DEI theologians' contributions as reference for analysing the work of Assmann and other philosophers and sociologists that are important from our point of view.Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqUniversidade Metodista de Sao PauloCiencias da Religiao:Programa de Pos Graduacao em Ciencias da ReligiaoBrasilIMSCiencias da ReligiaoJung , Mo Sung.Wirth , Lauri EmilioCoelho , Allan da SilvaSOUZA, THADEU DA SILVA2017-06-20T17:06:33Z2017-03-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSOUZA, THADEU DA SILVA. O DESENVOLVIMENTO DA CRÍTICA À IDOLATRIA DO MERCADO EM HUGO ASSMANN.. 2017. [102 folhas]. Dissertação( Ciencias da Religiao) - Universidade Metodista de Sao Paulo, [São Bernardo do Campo] .http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/1654porREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, R. O que é religião? São Paulo: Loyola, 1999. ARANTES, P. E. 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