O Silêncio discursivo nas organizações - O ethos mostrado como estratégia para a formação da identidade corporativa

• Autor(a) principal: PEREZ, KATIA
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Metodista
• Texto Completo: http://tede.metodista.br/jspui/handle/tede/2035
• topic: Comunicação dentro das organizações; identidade corporativa; ethos; discursos organizacionais; experiência do funcionário; Communication within organizations; corporate identity; ethos; organizational discourses; employee experience; CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO

Os novos ambientes de trabalho, especialmente entre empresas de tecnologia, ganharam uma aparência diferenciada nos últimos anos, de modo a fazer uma apresentação de si ante os funcionários e envolvê-los nos negócios da empresa. Os escritórios passam a mostrar características identitárias e a sugerir um ethos corporativo, oferecendo experiências inovadoras aos seus públicos internos. Compreender como se constroem estes discursos mostrados dentro das organizações e o seu funcionamento e formações de sentidos entre coenunciadores foi o objetivo deste trabalho. Tendo como base o campo teórico da Análise de Discurso, em sua vertente francesa, foi realizada pesquisa bibliográfica entre pesquisadores da Comunicação Organizacional e dos Estudos dos Discursos. Para observar estas práticas discursivas e comunicacionais em seus locais de interação foi escolhido como corpus os escritórios onde funcionam as sedes brasileiras do Google, Facebook, Twitter e LinkedIn. Informações sobre as identidades corporativas destas empresas e depoimentos de seus funcionários completam o material selecionado para análise. Para esta coleta e organização de dados, foram pesquisados os sites corporativos destas empresas, textos e imagens disponíveis da web, bem como as avaliações que os funcionários publicaram no site Glassdoor. Dentro do contexto atual das relações de trabalho ‘uberizadas’, surgem novas formas de envolvimento cognitivo e afetivo dos funcionários, buscando não apenas comunicar pelos discursos, mas significar pelo silêncio organizacional. Neste processo de ressignificação do trabalho, os funcionários (re)constroem sentidos e representações imaginárias contraditórios sobre o local onde trabalham.