"A natureza concedeu a cada país ou a cada clima seus privilégios exclusivos": a natureza brasileira na obra de Manuel Arruda da Câmara
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222010000200004 |
Resumo: | Este artigo se propõe a analisar a trajetória de Manuel Arruda da Câmara (1752-1810), expressão no campo da botânica e da medicina no final do século XVIII, destacando sua visão sobre a natureza brasileira. Os conceitos mais representativos da Ilustração, como a crença no poder da razão, o conhecimento da natureza, as ideias de felicidade e de progresso, se evidenciaram, igualmente, no Brasil colonial. A história natural e seus ramos atraíram o interesse de estudiosos, como Manuel Arruda da Câmara, destacando-se os importantes estudos sobre botânica, e sua relação com outras áreas de conhecimento, como a medicina, a agricultura e a química. Na formulação destes conhecimentos também foi decisivo o impacto das teorias de inferioridade e de imaturidade conferidas à natureza americana, na segunda metade do século XVIII, por pensadores europeus, como Buffon e De Pauw. Estas teorias pautavam-se na afirmação de uma estreita conexão orgânica do ser vivo com a natureza, de forma determinista. Ilustrados procuraram responder a estas afirmações elaborando estudos que refutavam a caracterização negativa do continente americano. Importava, desta forma, enfatizar o potencial e as virtudes da natureza local |
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