Partículas em Mundurukú (Tupí)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222019000300739 |
Resumo: | Resumo O objetivo deste artigo é elaborar uma análise sobre partículas em Mundurukú: interrogativas; negação, contraste e restrição; ênfase/modalização e euforia; inclusão; e tempo, aspecto e modo (TAM). A proposição dessa classe de palavras seguiu critérios formais e funcionais, aqui apresentados tanto para justificar a existência de partículas nessa língua quanto para contribuir com o debate teórico sobre esse tema. Os dados advêm de narrativas orais e escritas, descrições de procedimentos de caça, produção de cestaria e rede de dormir, material produzido para área de saúde e elicitações. Partículas em Mundurukú são formas invariáveis, em sua maioria monossilábicas átonas, com status funcional e não lexical. Elas têm escopo sobre constituintes, ocorrendo, em sua maioria, após eles, podendo também ter escopo sobre sentenças inteiras. Exercem funções tipicamente pragmáticas, como focalização contrastiva e modalização. A posição e o contorno fonológico criado pelas partículas mostram seu escopo, mas ele não é restrito ao constituinte ou à sentença, estabelecendo uma relevante interferência no fluxo conversacional, de modo a restringir, contestar, afirmar, corrigir, incluir, questionar informações e demonstrar estados de espírito, como irritação, euforia, admiração, polidez, certeza, incerteza. As partículas se prestam, ainda, a expressar hipóteses, ordem e tempo próximo no passado ou no futuro. |
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