Como as grandes corporações de base extrativista lidam com os povos por elas impactados? Uma revisão da bibliografia internacional
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Data de Publicação: | 2022 |
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Resumo: | Resumo Como as grandes corporações de base extrativista lidam com os povos por elas impactados? A pergunta orientou esta revisão bibliográfica, que faz parte do projeto “Implicações políticas do capitalismo extrativista: movimentos sociais e condições de exercício dos direitos na Amazônia brasileira”, mas tem como foco o que acontece fora do Brasil. A partir do repertório levantado, identifica-se um aspecto central na forma pela qual as corporações exercem seu poder: a criação contínua de ambiguidades, contradições, paradoxos, incertezas. Sustentam-se, dessa forma, os processos jurídicos kafkianos e a consequente não resolução de conflitos, a precarização da vida junto às perspectivas de desenvolvimento local, a narrativa ético-moral empresarial, articulada à desregulação da ação estatal e das garantias sociais, em nome da ‘governança’, e daí por diante. Lançando foco sobre os efeitos concretos dessa linguagem ambígua, veremos que a ‘responsabilidade social corporativa’ em geral não ameniza, e sim viabiliza a perpetuação e a intensificação da violência contra as vidas impactadas pelas atividades corporativas. |
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Como as grandes corporações de base extrativista lidam com os povos por elas impactados? Uma revisão da bibliografia internacionalGrandes corporaçõesCapitalismo extrativistaResponsabilidade social corporativaImpactos socioambientaisOxímoro corporativoResumo Como as grandes corporações de base extrativista lidam com os povos por elas impactados? A pergunta orientou esta revisão bibliográfica, que faz parte do projeto “Implicações políticas do capitalismo extrativista: movimentos sociais e condições de exercício dos direitos na Amazônia brasileira”, mas tem como foco o que acontece fora do Brasil. A partir do repertório levantado, identifica-se um aspecto central na forma pela qual as corporações exercem seu poder: a criação contínua de ambiguidades, contradições, paradoxos, incertezas. Sustentam-se, dessa forma, os processos jurídicos kafkianos e a consequente não resolução de conflitos, a precarização da vida junto às perspectivas de desenvolvimento local, a narrativa ético-moral empresarial, articulada à desregulação da ação estatal e das garantias sociais, em nome da ‘governança’, e daí por diante. Lançando foco sobre os efeitos concretos dessa linguagem ambígua, veremos que a ‘responsabilidade social corporativa’ em geral não ameniza, e sim viabiliza a perpetuação e a intensificação da violência contra as vidas impactadas pelas atividades corporativas.MCTI/Museu Paraense Emílio Goeldi2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222022000200202Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas v.17 n.2 2022reponame:Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanasinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEG10.1590/2178-2547-bgoeldi-2020-0087info:eu-repo/semantics/openAccessCarneiro,AnaDuarte,Adriano Cruzpor2022-07-11T00:00:00Zoai:scielo:S1981-81222022000200202Revistahttps://www.scielo.br/j/bgoeldi/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpboletim.humanas@museu-goeldi.br||boletim.humanas@museu-goeldi.br1981-81222178-2547opendoar:2022-07-11T00:00Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false |
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