Etnocentrismos incômodos: saberes, ontologias e cosmocentrismo ameríndio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222022000200206 |
Resumo: | Resumo Em uma colocação aparentemente simples, mas pungente, Pierre Clastres sugere que, se toda cultura é etnocêntrica, somente a ocidental é etnocida. Além de querer ressaltar a tendência quase inexorável do Ocidente de sobrepujar os outros povos com sua visão de mundo – chegando, muitas vezes, às vias de fato com o extermínio étnico –, o antropólogo francês se refere especialmente ao fato de que todas as populações humanas partem de suas próprias concepções sobre a realidade para construir sua coesão coletiva e, por consequência, delimitar o que lhe é externo e estranho. Pretendo demonstrar que os saberes ditos tradicionais, comumente associados às populações indígenas, possuem suas formas próprias de interação e engajamento com o meio e com os seres a ele associado, mantendo-se a uma distância do pensamento moderno, que não é apenas de ordem técnica ou empírica, mas epistemológica. |
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