Os indígenas na cartografia da América lusitana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souto,Alanna
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222017000300817
Resumo: Resumo Na cartografia realizada a partir da conquista colonial da América lusitana e da Amazônia, foram recorrentes as representações indígenas, como forma de reinventar e de localizar os povos nativos. Muitas vezes, essas representações eram pictóricas, com forte presença de elementos figurativos e de ornamentos, aspectos particulares ao período dos anos Quinhentos aos Setecentos. Contudo, na era pombalina (1750-1777), houve mudança nas representações cartográficas e nos valores estéticos relativos à simplicidade. Logo, a simetria na composição dos mapas passou a sobressair em detrimento da ornamentação. Os indígenas pouco apareciam na produção cartográfica, a não ser quando eram indicadas, nominalmente, as povoações e as aldeias estabelecidas dentro da nova configuração territorial resultante das reformas pombalinas, as quais fundaram administrativamente vilas, lugares, freguesias e povoações ou, economicamente, fazendas, engenhos, roças e terrenos. Essa nova ordem colonial intensificou os processos de desterritorialização e de reterritorialização das sociedades indígenas na Amazônia, que, de maneira diversa, se relacionaram às conquistas portuguesas (e espanholas). O objetivo deste artigo é discutir as representações indígenas no âmbito do espaço (chamado de concebido) da Amazônia colonial, por meio da investigação dos mapas coloniais, na perspectiva teórico-metodológica da cartografia histórica.
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