Na Primeira República, Bulhões Carvalho legaliza a atividade estatística e a põe na ordem do Estado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Senra,Nelson de Castro
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222009000300003
Resumo: Recriada nos primórdios da República (jan./1890), como órgão central, a Diretoria Geral de Estatística (DGE) enfrentou dificuldades para consolidar a atividade estatística brasileira. Um novo rumo só foi ensaiado, e razoavelmente alcançado, quando José Luiz Sayão de Bulhões Carvalho (1866-1940), médico e sanitarista, dedicado aos estudos e pesquisas demográficas, assumiu sua direção (em dois períodos) por quase 17 anos. Em várias frentes de atuação, aplicou-se em facilitar o convívio da DGE com seus similares na federação (extremada) então vigente. Idealizou acordos com órgãos estaduais; imaginou conselhos para tomada de decisões coletivas; imaginou uma conferência estatística, baseada na experiência de participação em dois congressos do International Statistical Institute (1S1); ajudou a formar uma comunidade estatística, pensando a formação do profissional especializado, para tanto tendo estimulado e patrocinado a tradução de livros; entre outras medidas. O Censo de 1920, que idealizou e conduziu, sendo o único grande censo na Primeira República, pautou-se em relações amistosas com os governos federal e estaduais e com a sociedade organizada (Igreja, imprensa, sindicatos, clubes etc.). Realizou, então, por assim dizer, um censo moderno, utilizando máquinas de apuração e o concluindo em tempo hábil. Na divulgação dos resultados, inovou na feitura de gráficos (pictóricos), seja para os volumes impressos, seja para o Pavilhão da Estatística, também chamado de Pavilhão da Ciência da Certeza, que marcou a presença da DGE na Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência. Com sua vivência, antecipou as bases do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1BGE), obra de um seu discípulo, e que pode ser visto como a medida do seu sucesso (a longo prazo).
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