Processo Migratório na Ilha do Marajó: a trajetória dos migrantes para o Município de Chaves

• Autor(a) principal: Almeida, Leila da Costa
• Data de Publicação: 2007
• Outros Autores: Furtado, Lourdes de Fátima Gonçalves
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2396
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA; Trajetória; Família; Migração; Pesca

O processo de migração na Ilha do Marajó tem se mostrado ao longo do tempo um fenômeno que provoca o deslocamento de populações tradicionais em busca de melhores condições de vida. No entanto, os poucos estudo sobre as causas dessa migração tem dificultado bastante o melhor entendimento da intensidade do problema e as consequências sociais que isso provoca nas comunidades ribeirinhas. Por outro lado, as reflexões aqui enfocadas tratam da migração entre pessoas que resolveram voltar da cidade de Belém-PA para o Município de Chaves Rio Cururu (lugar de Origem) e que tiveram como alternativa de sobrevivência a "atividade pesqueira", sendo que ouve a volta de outras pessoas dos diversos Município da Ilha do Marajó, como: Breves, Santa Cruz do Arari, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras e outros, O Município de Chaves está localizado na "contra costa" da Ilha do Marajó, em frente o Oceano Atlântico. Este trabalho está atrelado ao Projeto Os conflitos da pesca em comunidades ribeirinhas e costeiras da Amazônia: uma contribuição aos estudos e à gestão de conflitos sócio ambientais nas comunidades haliêuticas dessa região. Neste estudo utilizamos a observação participante e entrevistas acompanhadas de questionário, assim, o trabalho oferece dados iniciais sobre o processo da migração de volta para o seu lugar de origem: o caso do Município de Chaves Rio Cururu, considerando: 1) A causa de tomada de decisão, trata da escolaridade baixa desses migrantes, por esse motivo não conseguiam concorrer no mercado de trabalho; 2) A volta para o seio da Família e suas relações sociais. Este trata do grupo Família como um instrumento de base social marcante em qualquer sociedade e onde recebe-se a primeira sociabilidade, pois, é com que se pode contar nos momentos difíceis, então, este migrante não exista em voltar para sua Família; 3) A Pesca como alternativa de sobrevivência, trata do migrante que chega e tem a pesca artesanal como alternativa de sobrevivência. Mas, este pescador ainda é muito prejudicado com os conflitos; 4) Os Serviços: Educação e Saúde tratam deste pescador que ainda busca estes serviços na capital ou cidades mais próximas; 5) Um Olhar Antropológico que trata de uma "população tradicional" que vem sendo estudada como pano de fundo para realizações de grande projeto.