Subsídios para a implementação de uma coleção científica de crustáceos no departamento de zoologia do Museu Paraense Emílio Goeldi

• Autor(a) principal: Pimentel, Fabiana Ribeiro
• Data de Publicação: 1998
• Outros Autores: Harad, Ana Yoshi
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1798
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Crustáceos; Carcinofauna; Coleção

As informações existentes sobre a carcinofauna do Estado do Pará são muito escassas, principalmente pela falta de material zoológico depositado em coleções científicas. Teve-se como objetivo a organização e incrementação da coleção científica de crustáceos no Museu Paraense Emílio Goeldi, pois em novembro de 1996, havia menos de 70 lotes de crustáceos misturados a coleção geral de invertebrados. Parte do material depositado na coleção resultou de algumas coletas realizadas por vários pesquisadores da Instituição (doações), a maioria, como fauna acompanhante da captura de peixes. Realizou-se viagens específicas para a coleta de material carcinológico, principalmente no litoral do Estado. Em laboratório, todo o material recebeu tratamento adequado. Utilizou-se o "Sistema de Gerenciamento de Coleções" (SGC), versão 3.1, para a informatização de 89,5% do acervo. Atualmente o acervo consta de 574 lotes, 22.709 exemplares, 116 espécies, 73 gêneros e 40 famílias pertencentes as Ordens: Thoracica com 3 lotes (0,52%), Arguloida com I (0,17%), Stomatopoda com 2 (0,35%), Amphipoda com 1 (0,17%), Isopoda com 29 (5,05%) e Decapoda com 538 (93,73%). Dentre as famílias, Grapsidae apresenta o maior número de gêneros (= 8), Palaemonidae apresenta a maior diversidade específica (= 20) e 22 famílias com apenas um táxon. De novembro de 1997 até o momento, incrementou-se 60 lotes ao acervo com o seguinte crescimento Isopoda (3,45%) e Decapoda (12,32%), resultando num crescimento total de 11,67%. A maioria dos lotes é proveniente do Estado do Pará (491 = 85,54%), além de outros Estados: RS, SC, MT, RO, AC, AM, AP, PB e PE. A produção de seis trabalhos científicos, viabilizados pela implementação da Coleção Carcinológica do MPEG leva a concluir que, apesar de pequena e recente, ela tem importância fundamental para os estudos dos crustáceos da Região Amazônica.