Caracterização das principais propriedades químicas de terra preta nova: uma análise da experiência em Tailândia-Pará.

• Autor(a) principal: Miranda, Gláuber Rosa
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: Kern, Dirse Clara, Frazão, Francisco Juvenal Lima
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2263
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA::ECOLOGIA DE ECOSSISTEMAS; Terra Preta Arqueológica; Solo; Madeira

A Terra Preta Arqueológica (TPA) é um solo amazônico formado antropicamente em períodos pré-históricos que apresentam alta fertilidade, devido ao descarte abundante de matéria orgânica (Kern, 1996). Assim, com a expectativa de produzi-la, foram utilizados resíduos de serraria (pó de serra (RPS) e lâmina triturada (RLT)), resíduos de açougue (RA) e resíduos de carvoeira (C), em experimento de longa duração (25 anos) no Município de Tailândia-PA. O presente trabalho teve como objetivos analisar a composição química dos solos referente ao primeiro ano do experimento, contribuindo, assim, para o banco de dados do Projeto "Aproveitamento Econômico dos Resíduos de Madeira como Alternativa para Minimizar os Problemas Socioambientais no Estado do Pará". No experimento foram implantados 17 tratamentos, formados a partir das fontes orgânicas acima mencionadas e suas combinações. Cada tratamento contou com 4 repetições, totalizando 68 parcelas de 3x3 m. As amostras de solo foram coletadas em níveis de 05cm até 20cm de profundidade. Nestas, foram analisados Ca, Mg, Na, K, AI, P e C utilizando-se a metodologia proposta por EMBRAPA (1979). Os resultados mostraram que o C apresentou maior valor (14,3 g/kg) no tratamento RPS+RLT+RA+C e menor (5,8 g/kg) no RA+C+RPS, ambos apresentando valores maiores que o solo original (5,5 g/kg). Os maiores valores de Ca e Mg foram detectados no tratamento RPS+RLT +RA+C, variando respectivamente de 3,8 e 0,5 cmolc/kg. Os menores valores de Ca e Mg foram verificados nos tratamentos RA+RPS+C (1,1 cmolc/kg) e no RPS+RLT (0,3 cmolc/kg), respectivamente, com valores próximos aos do solo original. O AI apresentou maior valor (1,85 cmolc/kg), no tratamento RPS+RLT +RA e menor (0,42 cmolc/kg), no tramento onde foi incorporado apenas carvão, mostrando uma variação muito grande entre tratamentos e em comparação com o solo original (0,98 cmolcl kg). Assim, no primeiro ano já foi perceptível, como previsto, um aumento significativo do Ca, Mg e C nos solos com incorporação de resíduos orgânicos.