Variação Estrutural Quantitativa do lenho de Inga Subsericantha Ducke (leg. Mimosoideae)

• Autor(a) principal: Barros, Luciane Monteiro
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Lisboa, Pedro Luiz Braga
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2337
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA; Inga Subsericantha Ducke; Leg. Mimosoideae

As características físicas e mecânicas da madeira refletem de forma significativa no processo de transformação tecnológica desta matéria prima em produtos manufaturados. Em virtude da heterogeneidade da madeira, as características anatômicas podem variar em amostras retiradas de um mesmo tronco em regiões distantes entre si. Vários estudos relacionados aos padrões de variação provocados por tais processos, têm mostrado diferentes modelos de variação, chegando, no entanto, algumas vezes, a não se estabelecer um padrão de variação definido. O conhecimento das características anatômicas do lenho de lnga subsericantha Ducke pode favorecer o seu processo de beneficiamento ao mesmo tempo em que pode contribuir para o conhecimento científico da espécie, uma vez que estudos anatômicos ao nível microscópico das espécies tropicais ainda são poucos. Para a realização do presente estudo, foram retirados discos de madeira ao longo do caule, dos quais foram obtidos corpos de prova de 2 em 2 cm, no sentido medula-câmbio. Para análise quantitativa do lenho foram confeccionadas lâminas temporárias, onde foram realizadas as mensurações do comprimento, espessura da parede e diâmetro do lume das fibras; diâmetro tangencial, comprimento e frequência por mm/ dos vasos; altura (em micrôrnetros e em número de células), largura (em micrômetros e em número de células) e frequência dos raios. Através dos resultados pôde-se observar que o diâmetro, a altura e a frequência dos vasos apresentaram aumento em direção ao câmbio. Ocorreram pequenas oscilações dos valores tanto no sentido axial quanto no radial. Com relação ao parâmetro fibra, os valores mostraram grande variação no sentido radial e axial, com tendência a aumentar em direção ao câmbio, exceto para espessura do lume. Dentre os caracteres relativos aos raios, a largura foi o que mais apresentou valores estáveis, aumentando em direção ao câmbio. Para altura e frequência dos raios (em micrômetros e em número de células), ocorreram várias oscilações em direção ao câmbio. Com relação ao sentido axial, a variabilidade dos valores referentes ao raio não foi elevada. Os fatores responsáveis pelas variações quantitativas ocorrentes nos elementos xilemáticos podem ser decorrentes de características silviculturais, ambientais e/ou genéticas. Tais fatores têm diferentes influencias entre as espécies e dentre uma mesma árvore.