Avaliação dos Efeitos de Tratamentos Silviculturais em Florestas Secundárias de Diferentes Estágios Sucessionais no Município de Bragança, Pará

• Autor(a) principal: Souza, Deivison Venicio
• Data de Publicação: 2007
• Outros Autores: Silva, Manoela Ferreira Fernandes da
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2411
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA::FITOGEOGRAFIA; Vegetação secundária; Manejo florestal; Intervenção silvicultural.

A vegetação secundária é a principal forma de uso da terra no Nordeste paraense. A diversidade de produtos, madeireiros e não madeireiros, potencialmente comerciais oferecidos pelas "capoeiras" torna-as passíveis de manejo. O objetivo deste trabalho é estudar os efeitos detratamentos silviculturais no incremento diamétrico de espécies de florestas secundárias de interesse sócio-econômico para o agricultor. O manejo das florestas secundária com aplicação de tratamentos silviculturais, visando aumentar a produção, é uma alternativa para sua conservação e gerar renda adicional aos agricultores da região bragantina. Os tratamentos foram definidos da seguinte forma: TO (parcela testemunha) e Ti (parcela com intervenção silvicultural). As intervenções silviculturas constaram do anelamento (árvores grossas) e desbastes de liberação: corte de cipós e corte direto (árvores finas) realizadas em duas capoeiras destinadas à produção diversificada, denominadas Unidades Agrárias (I e II). Para as parcelas tratadas das U.A.I as espécies com maiores valores de Incremento Periódico Anual (IPA) foram Rheedia acuminata (Ruiz & Pav.) Planch. & Triana (bacuri-pari), Eugenia tapacumensis O. Berg (comida de jabuti) e Croton matourensis Aubl. (maravuvuia) com média de 0.85,0045,0040 em ano 1, respectivamente. Entretanto, as intervenções na Unidade Agrária II provocaram incrementos maiores nas espécies Stryphnodendron guianensis (Aubl.) Benth (Paricazinho), Byrsonima guianensis (Muruci vermelho) e Buchenavia amazônica Alwan & Stace (Tanimbuca), com médias de 1.05, 0.9, 0.9 cm.eno'. respectivamente. O IPA médio para o grupo de indivíduos beneficiados pelos tratamentos silviculturais na U.A.I e U.A.II foram 0.33 e 0.37 cm.eno', respectivamente. Enquanto que para o grupo de indivíduos testemunhas foi 0.28 e 0.29 cm.ano', respectivamente. Os resultados deste trabalho inferem que o manejo florestal com a aplicação de tratamentos silviculturais é viável para florestas secundárias por favorecer o desenvolvimento de suas espécies, sobretudo o incremento diamétrico.