O potencial de algumas espécies de mamíferos e de aves como dispersores de sementes em paisagens fragmentadas do leste amazônico (região Bragantina, Pará)

• Autor(a) principal: Reis, Maisa de Nazaré Vale dos
• Data de Publicação: 2000
• Outros Autores: Adams, Moira
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1905
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA; Mamíferos; Aves; Sementes; Germinação

Realizou-se um estudo sobre o potencial de algumas espécies de mamíferos e aves como dispersoras de sementes, através da avaliação do efeito de ingestão de sementes de goiaba (Psidium guajava L.) sobre a taxa e velocidade de germinação. Os animais eram mantidos em cativeiro no Museu Paraense Emílio Goeldi, onde eram fornecidos frutos, suas fezes eram coletadas e as sementes separadas e levadas para a estufa (27°C). Observou-se que 86,25% das sementes ingeridas pelas cutias (Dasyprocta prymnolopha) germinaram e 81,25% do controle germinou. O contrário aconteceu com as sementes ingeridas pelas aves, onde a taxa de germinação foi baixa, variando de 17,85% à 50% e o controle 80,35%. Os índices de germinação (IG) e coeficientes de velocidade (CV) das cutias não diferiram estatisticamente do controle. No caso das aves, o IG não apresentou diferença significativa, mas o CV das espécies Piriquito Rei (Aratinga aurea), Maitaca de Cabeça Azul (Pionus mestruus), Jandaia Sol (Aratinga solstitialisy, Papagaio do Mangue (Amazona amazonicai e Papagaio da Mangueira (Brotogeris versicolurus) foram estatisticamente menores que o controle. Em outros trabalhos realizados com mamíferos, como por exemplo os Guaribas (Alouatta belzebuti, observou-se que também não houve alteração na taxa e velocidade de germinação. Entretanto, no caso de outras espécies de aves como por exemplo os Tucumaçu (Ramphastos toco) e Gralha-do-Campo (Cyanocorax cristellus) a taxa e velocidade de germinação das sementes aumentaram ou não foram alteradas. Chegou-se a conclusão que os mamíferos e aves são bons dispersores de sementes, porém as velocidades são diferentes, não implicando com isso, na alteração da sua viabilidade.