Levantamento bibliográfico e documental dos sítios arqueológicos missionários da ilha de Gurupá

• Autor(a) principal: Silva, Francisco José Oliveira da
• Data de Publicação: 2000
• Outros Autores: Lopes, Paulo Roberto do Canto
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1934
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ARQUEOLOGIA::ARQUEOLOGIA HISTORICA; Sítios arqueológicos; Carmelitas; Jesuítas; Bibliografia

A necessidade de manter o funcionamento eficiente do Sistema Colonial na foz do rio Amazonas, levou a corte portuguesa à subjugar nações indígenas ao seu poder, através da organização de missões e do processo de catequese religiosa, tendo assim os missionários papel decisivo na conquista territorial e nas transformações sócio-culturais, políticas e econômicas dos povos da região amazônica. Dessa forma, Gurupá está inserida no contexto de missão religiosa, devido à importante atuação de Ordens Religiosas em seu território durante o século XVII, período em que se produziu uma série de fontes documentais com informações primárias. Nosso objetivo é organizar essas fontes documentais, pictóricas e iconográficas num Banco de Dados, possibilitando uma quantidade considerável de dados técnicos para futuras prospecções de campo em Gurupá. Para tanto, compilamos essas fontes em suas formas originais, das quais a maioria encontra-se encadernada nos códices do Arquivo Público do Pará e na sessão de "Obras Raras" da Biblioteca Pública do Centur. Através da análise prévia desses documentos, e também da pesquisa em fontes secundárias, sabemos que a localidade desenvolveu-se a partir da edificação do forte de Santo Antônio de Gurupá pelos Holandeses, em 1616, e que antes da chegada dos europeus, o lugar era conhecido pelos índios como Mariocahy. A atuação missionária iniciou-se, em 1654, com os Carmelitas, tendo os Jesuítas chegado no ano seguinte, estabelecendo "aldeias missionárias" na região. Com a Repartição das aldeias em 1693, foram substituídos pelos frades da Piedade. A penetração européia nessa área, acarretou num alto grau de assimilação e aculturação dos nativos da Amazônia, devido as complexas relações ocorridas entre essas culturas.