Caracterização física, físico-química e química das águas do rio Guamá (rio Aurá) e o entendimento do efeito causado pela ocupação humana no ambiente aquático

• Autor(a) principal: Ferreira, Andréa Fagundes
• Data de Publicação: 1998
• Outros Autores: Weissberg, Iara
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1800
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA; Água; Rio Guamá; Rio Acará

A cidade de Belém é recortada e limitada por rios, lagos, igarapés e baías que sofrem a ação da ocupação humana. A caracterização dos rios Guamá e Aurá está, com o avanço dos estudos do projeto AQUALIVITA, dando subsídios para avaliar o grau de poluição nestes corpos d'água e a contribuição desta poluição na degradação do ambiente aquático, especialmente porque o chorume produzido pelo Aterro do Aurá não está devidamente controlado e atinge os igarapés Santana e Jaruca, e os rios Aurá e Rio Guamá, causando modificações que são monitoradas como objeto desta pesquisa. Os parâmetros analisados são pH, temperatura, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido. Foram realizadas quatro coletas alternadas entre período de estiagem e chuvas, em marés alta e baixa. O oxigênio dissolvido em águas naturais tem valores em tomo de 8 mg/l, sendo que na Amazônia estes valores estão em tomo de 7 mg/1. Com as análises realizadas encontramos em alguns pontos do rio Aurá, valores em tomo de 3 mg/l de O.D., o qual é limitante para a vida aquática. A condutividade elétrica, parâmetro que mede o teor de substâncias dissolvidas na água, mostrou-se muitas vezes elevada em relação ao natural da região (medido em pontos onde o chorume não chega), que está em tomo de 25 . Pode-se concluir que as águas do Rio Aurá e seus afluentes que recebem o chorume após passar pela lagoa de estabilização, estão sofrendo importantes transformações nas proximidades do lixão. Essa influência é minimizada no percurso até o Rio Guamá, devido a fatores vários, como diluição, sedimentação, reoxigenação, degradação, liberação de gases, etc. O prejuízo ecológico foi observado através da mortandade de peixes no Rio Aurá, o que alarma a população ribeirinha, pois a causa parece ser a contaminação da água, mas, na realidade, é a falta de oxigênio. Um monitoramento adequado e providências no sistema de estabilização do chorume podem controlar essa situação.