Redescrição da rara cobra-coral micrurus paraensis Cunha & Nascimento, 1973, com descrição de hemipênis (elapidae: elapinae)

• Autor(a) principal: Costa, Robson Gil Neris da
• Data de Publicação: 1997
• Outros Autores: Yuki, Rubens Nobuo
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1780
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Micrurus paraensis; Hemipênis; Elapidae; Elapinae

A cobra-coral Micrurus paraensis Cunha & Nascimento, 1973, inicialmente subespécie de M. psyches (Daudin, 1931), distribui-se pela região leste do Estado do Pará e oeste do Estado do Maranhão, com uma população isolada no Estado de Rondônia. Apesar de considerada espécie plena pelos autores da espécie, outros autores discordam, mantendo o status subespecífico em publicações recentes. Motivado pelo impasse sistemático estabelecido, a viabilidade de se analisar toda a série-tipo e acrescentar novos espécimes a caracterização do táxon, analisaram-se os espécimes depositados na Coleção Herpetológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG): 44 (27 machos e 17 fêmeas), de 19 municípios (incluindo-se toda a série-tipo), sendo 17 do Pará, 1 do Maranhão e 1 de Rondônia. Consideraram-se características externas (20 merísticas, 27 morfométricas), de coloração (número de anéis), e análise de hemipênis (N=3). M. paraensis caracteriza-se por apresentar 11 a 20 anéis negros, separados por banda vermelha, em torno do corpo e 3 a 18 na cauda; comprimento moderado, de 190 a 648 mm (N=43); elevado número de escamas ventrais, de 180 a 223 (N=44), poucas subcaudais, de 30 a 53 (N=44); escudos supralabiais geralmente 7/7 (98%) e 7/6 (2%) (N=44); 2 supralabiais, em ambos os lados, tocando a órbita ocular (97,2%, N=42) sendo 3 no lado direito em uma fêmea; infralabiais 7/7 (95,5%),7/6 em um espécime e 6/6 em outro (N=42). O focinho representa 20 a 30% (N=44) do comprimento da cabeça, o comprimento do escudo Pré-frontal pode ser igual a até 2,3 vezes o do escudo internasal (N=43). A cauda representa 7,92 a 20,80% do comprimento do corpo (x=15,06%, N=43). Os dados obtidos ampliam a variação dos caracteres diagnósticos, possibilitando uma redescrição pormenorizada da espécie, com a inclusão de novas características até então não consideradas. Orientador: Prof. Rubens Nobuo Yuki, Departamento de Zoologia.