Tabanidae (Diptera) da zona costeira amazônica

• Autor(a) principal: Sousa, Suellen de Carvalho de
• Data de Publicação: 2007
• Outros Autores: Gorayeb, Inocêncio de Sousa
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2440
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMAL; Tabanídeos; Zona costeira; Amazônia

As mutucas (Diptera: Tabanidae) são moscas da subordem Brachycera encontradas em quase todos os continentes, exceto nas regiões mais frias do globo. Na região Neotropical, existem mais de 1.800 espécies descritas em 65 gêneros. Na Amazônia existem pelo menos 250 espécies de tabanídeos registradas. Apesar de serem incriminados como competentes vetores de agentes patogênicos, poucos trabalhos sobre a importância dos tabanídeos costeiros foram desenvolvidos na Amazônia. O presente estudo tem como objetivos fazer o levantamento das espécies de Tabanidae nas áreas costeiras da Amazônia, nas coleções entomológicas, principalmente do Museu Paraense Emílio Goeldi (Belém, Pará), Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Macapá, Amapá) e coleções no Maranhão, em São Luiz e Caxias; definir lacunas de áreas não amostradas na zona costeira. A identificação dos espécimes foi feita com o apoio de L S. Gorayeb, utilizando-se a literatura científica e comparações com a coleção do Museu Goeldi. Todos os dados dos exemplares coletados na zona costeira das coleções citadas estão sendo organizados em planilhas e analisados. Da coleção do Maranhão, foram registrados 389 exemplares distribuídos em 25 espécies de tabanídeos da zona costeira maranhense. Entre estes, as espécies com maior abundância foram 196 Tabanus kwatta, 32 T. occidentalis varo dorso vitta tus, 28 T. obsoletus, 27 Dichelacera bifacies, 17 Stypommisa sp.n., 10 Phaeotabanus cajennensis, 8 T. glaucus, 8 T. claripennis, 8 T. pungens, 7 Cryptotylus unicolor e 54 de 15 outras espécies. Isca eqüina foi o método mais eficiente, tendo registrado 8 espécies exclusivamente com ele; Armadilha de Malaise também foi eficiente e registrou 4 espécies exclusivas. As localidades estudadas do Maranhão foram: Barreinha com 196 registros, Praia da Baronesa com 105, Tutóla com 78 e Ilha do Cajual com 7, evidenciando grandes lacunas não amostradas. Os meses do período chuvoso e após o período seco não foram amostrados. Os dados das coleções do Pará e Amapá serão apresentados no relatório final.