Estudo de Formigas (Hymenoptera: Formicidae) de Serapilheira em Áreas de Floresta Primária da Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), Caxiuanã, Melgaço, Pará, no Início da Estação Chuvosa

• Autor(a) principal: Bastos, Alexandra Herbert dos Santos
• Data de Publicação: 2006
• Outros Autores: Harada, Ana Yoshi
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2348
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Hymenoptera; Formicidae; Floresta primária; Formiga

A diversidade de formigas tem sido estudada para compreender as alterações ambientais (antrópicas ou não), urna vez que respondem muito bem a estresses do meio, apresentam ampla distribuição, abundância e riqueza de espécies elevadas. Assim, inventários da mirmecofauna da serapilheira são muito relevantes para conhecimento dos ecossistemas Amazônicos. Este estudo visou a conhecer a composição e diversidade da mirmecofauna em florestas primárias da Estação Científica Ferreira Penna durante o período chuvoso (janeiro) de 2004. A coleta foi realizada em 16 transectos de 100 m (contendo 10 pontos, distanciados 10 m entre si), em quatro áreas de floresta de 1 km-, totalizando 160 amostras. Em cada ponto foi retirada uma amostra de 1m2 de serapilheira que foi peneirada e exposta durante 48 horas em extratores de Winkler, para obter os invertebrados existentes. Os dados foram analisados através dos programas Biodiversity Pro (ver. Beta 1) e BioEstat ver. 4.0. Um total de 17951 formigas, pertencentes a sete subfamílias (Dolichoderinae, Ecit o ni nae, Ectatornrninae, Formicinae, Myrmicinae, Ponerinae e Proceratiinae) e 40 gêneros, foram coletadas. Registrou-se 1889 ocorrências; com maior representatividade e riqueza de gêneros (=27) na subfamília M yrmicinae (86,59%). A maior riqueza de gênero ocorreu na área I (=35) e a menor na área IV (=29). Os gêneros mais freqüentes foram: Pheidole (378), Solenopsis (242), Octostruma (150), H ypoponera (143), Strumigenys (13 7), Pyramica e Crematogaster (136). A maior similaridade ocorreu entre as áreas II e IV (91,53), e a menor foi entre as áreas I e II (80). A área I, onde houve o maior número de ocorrências (29,4%), também possui a maior diversidade alfa (=6,08). Segundo o estimador de riqueza Jack-knife 1, o número de gêneros pode chegar a 46. Os gêneros Cryptomyrmex, Ectatomma, Mycetagroicus, Pogonomyrmex e Rhopalothrix ocorreram exclusivamente na área I, Labidus na área II, Ochetomyrmex na área III e Leptogenys na área IV. Os resultados mostram a necessidade de mais estudos sobre a mirmecofauna amazônica, que venham contribuir para o estabelecimento de programa sobre manejo e conservação da biodiversidade amazônica.