Açaizeiro no Estuário Amazônico: Manejo comunitário, Utilização e Comercialização da espécie Euterpe oleracea Mart. e a atuação do IBAMA na Floresta Nacional de Caxiuanã, Melgaço/Portel, Pará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, José Eliada Cunha
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Ferraz, Maria das Graças
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2392
Resumo: Na Amazônia brasileira o açaizeiro faz parte da história ancestral da sociedade e cultura regional, sendo importante a realização de pesquisas sobre a conservação dos açaizeiros da região. A presente proposta objetiva estudar, através de uma abordagem etnobotânica, a maneira como as comunidades humanas (Caxiuanã, Pedreira e Laranjal), inseridas em um contexto marcado pela atuação do IBAMA, se relacionam com o açaizeiro na Floresta Nacional (FLONA) de Caxiuanã (Melgaço/Portel, Pará). Para entendermos melhor a definição .de Floresta Nacional recorremos ao Sistema de Unidades de Conservação - (SNUC, 2000). O trabalho demonstra que as populações sofreram um processo de aculturação no início da década de 60 com a implementação de políticas de desocupação humana da região, durante a implantação da FLONA. Apesar disso, as populações que resistiram e ali continuaram vivendo se adaptaram a novos padrões de comportamento com relação aos recursos naturais, bem como o açaizeiro. Este trabalho revisa alguns paradigmas teóricos que concebiam o ser humano como agente destruidor da natureza, sendo incapaz de conviver com ela harmoniosamente. Se a maior floresta em biodiversidade do mundo ainda continua de pé, deve-se muito às populações que construíram sua história cultural e material ao longo dos séculos na Amazônia mantendo uma relação ecológica com a natureza, inclusive com o a açaizeiro. Através da história oral pudemos recontar, segundo a ótica dos moradores de Caxiuanã, quais os fatos que ocorreram durante a criação da reserva florestal e como o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) - atual IBAMA - atuou junto as populações, o que nos permite entender qual o significado que os próprios atribuíram à criação da floresta nacional. A visão das autoridades responsáveis pela conservação ambiental na região de Caxiuanã, acerca do pequeno produtor, era pessimista e negativa, pois essas autoridades concebiam o homem como destruidor da vida selvagem, sendo o camponês incapaz de conviver ecologicamente com a natureza. Finalizando, verificou-se a importância dos açaizais no uso alimentar, medicinal e arquitetônico nas comunidades visitadas. Além disso, pudemos observar uma maior incidência de tipos de açaí na região, segundo os produtores familiares, sendo o açaí roxo ou preto com 50% do total e em segundo lugar o açaí branco com 46%.
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Para entendermos melhor a definição .de Floresta Nacional recorremos ao Sistema de Unidades de Conservação - (SNUC, 2000). O trabalho demonstra que as populações sofreram um processo de aculturação no início da década de 60 com a implementação de políticas de desocupação humana da região, durante a implantação da FLONA. Apesar disso, as populações que resistiram e ali continuaram vivendo se adaptaram a novos padrões de comportamento com relação aos recursos naturais, bem como o açaizeiro. Este trabalho revisa alguns paradigmas teóricos que concebiam o ser humano como agente destruidor da natureza, sendo incapaz de conviver com ela harmoniosamente. Se a maior floresta em biodiversidade do mundo ainda continua de pé, deve-se muito às populações que construíram sua história cultural e material ao longo dos séculos na Amazônia mantendo uma relação ecológica com a natureza, inclusive com o a açaizeiro. Através da história oral pudemos recontar, segundo a ótica dos moradores de Caxiuanã, quais os fatos que ocorreram durante a criação da reserva florestal e como o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) - atual IBAMA - atuou junto as populações, o que nos permite entender qual o significado que os próprios atribuíram à criação da floresta nacional. A visão das autoridades responsáveis pela conservação ambiental na região de Caxiuanã, acerca do pequeno produtor, era pessimista e negativa, pois essas autoridades concebiam o homem como destruidor da vida selvagem, sendo o camponês incapaz de conviver ecologicamente com a natureza. Finalizando, verificou-se a importância dos açaizais no uso alimentar, medicinal e arquitetônico nas comunidades visitadas. Além disso, pudemos observar uma maior incidência de tipos de açaí na região, segundo os produtores familiares, sendo o açaí roxo ou preto com 50% do total e em segundo lugar o açaí branco com 46%.In the Brazilian Amazon, the açaí tree is part of the ancestral history of society and regional culture, and it is important to conduct research on the conservation of açaí trees in the region. The present proposal aims to study, through an ethnobotanical approach, how human communities (Caxiuanã, Pedreira and Laranjal), inserted in a context marked by the actions of IBAMA, relate to the açaí tree in the National Forest (FLONA) of Caxiuanã (Melgaço/Portel, Pará). To better understand the definition of a National Forest, we resorted to the System of Conservation Units (SNUC, 2000). The work demonstrates that the populations suffered a process of acculturation in the beginning of the 1960s with the implementation of policies of human eviction from the region, during the implementation of the FLONA. Despite this, the populations that resisted and continued to live there adapted to new patterns of behavior in relation to natural resources, as well as the açaí tree. This work revises some theoretical paradigms that conceived human beings as agents of destruction of nature, incapable of living harmoniously with it. If the largest forest in biodiversity in the world is still standing, it owes a lot to the people who built their cultural and material history over the centuries in the Amazon, maintaining an ecological relationship with nature, including with the açaí tree. Through oral history we were able to recount, from the point of view of the inhabitants of Caxiuanã, the facts that occurred during the creation of the forest reserve and how the Brazilian Institute for Forest Development (IBDF) - currently IBAMA - acted with the populations, which allows us to understand the meaning that they themselves attributed to the creation of the national forest. The vision of the authorities responsible for environmental conservation in the region of Caxiuanã, regarding the small farmer, was pessimistic and negative, because these authorities conceived man as a destroyer of wildlife, and the peasant was incapable of living ecologically with nature. Finally, we verified the importance of the açaí trees for food, medicinal and architectural use in the communities visited. Furthermore, we could observe a higher incidence of types of açaí in the region, according to the family producers, being the purple or black açaí with 50% of the total, and in second place the white açaí with 46%.porMuseu Paraense Emílio GoeldiMPEGBrasilAçaizeiro no Estuário Amazônico: Manejo comunitário, Utilização e Comercialização da espécie Euterpe oleracea Mart. e a atuação do IBAMA na Floresta Nacional de Caxiuanã, Melgaço/Portel, ParáCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAUnidades de ConservaçãoAçaíPopulações tradicionaisAçaizeiro no Estuário Amazônico: Manejo comunitário, Utilização e Comercialização da espécie Euterpe oleracea Mart. e a atuação do IBAMA na Floresta Nacional de Caxiuanã, Melgaço/Portel, ParáAçaizeiro in the Amazon Estuary: Community Management, Utilization and Commercialization of the species Euterpe oleracea Mart. and the actions of IBAMA in the Caxiuanã National Forest, Melgaço/Portel, Paráinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectBarbosa, José Eliada CunhaFerraz, Maria das Graçasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGORIGINAL19.Açaizeiro no Estuário Amazônico Manejo.pdf19.Açaizeiro no Estuário Amazônico Manejo.pdfapplication/pdf828351https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2392/1/19.A%c3%a7aizeiro%20no%20Estu%c3%a1rio%20Amaz%c3%b4nico%20Manejo.pdfbb2cd7989511d765631971bc6580ac7cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1748https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2392/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT19.Açaizeiro no Estuário Amazônico Manejo.pdf.txt19.Açaizeiro no Estuário Amazônico Manejo.pdf.txtExtracted texttext/plain2938https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2392/3/19.A%c3%a7aizeiro%20no%20Estu%c3%a1rio%20Amaz%c3%b4nico%20Manejo.pdf.txt6a672a37b4803fff9a10a0feb6c7880dMD53THUMBNAIL19.Açaizeiro no Estuário Amazônico Manejo.pdf.jpg19.Açaizeiro no Estuário Amazônico Manejo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1960https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/2392/4/19.A%c3%a7aizeiro%20no%20Estu%c3%a1rio%20Amaz%c3%b4nico%20Manejo.pdf.jpg981519b9296b16ba31b0ca239d9bbf7bMD54mgoeldi/23922023-05-27 03:00:57.55oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/2392Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2023-05-27T06:00:57Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false
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