Hábito alimentar do amuré (gobioides broussonnetii) na Baía de Marajó, foz amazônica e considerações sobre a sua captura por pescadores locais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ithamar Borges da
Data de Publicação: 1996
Outros Autores: Barthem, Ronaldo Borges
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1735
Resumo: Os amurés são peixes de porte médio da família Gobiidae, pertencentes ao gênero Gobioides, de cujas 8 espécies apenas G. broussonnetii e G. grahamae ocorrem na Baía de Marajó, na foz amazônica. Nosso estudo está direcionado principalmente para G. broussonnetii, coletado em grande quantidade nos arredores do município de Vigia, estado do Pará. Essa espécie se caracteriza pelo corpo muito alongado, olho reduzido e nadadeira dorsal única e continua. Vive em águas de baixa salinidade, nos estuários e manguezais, em contacto direto com o substrato, no qual comumente se enterra. Pescadores do Rio Guajará-Mirim utilizam-se de um método próprio para capturá-Ia em águas de média profundidade. Delimitam uma área de aproximadamente 10m2 a uma distância de 6m da margem do rio, medida na maré vazante. Enterram, então, uma vara de bambu de aproximadamente 4m de comprimento em uma parcela da área, e, a uma profundidade de 2,5m, amarram em sua base uma tarrafa de 2m com uma malha de 10mm de diâmetro, com pesos ao seu redor, mantida aberta. Em seguida, efetuam vários mergulhos de 40 segundos de cada vez e pisam ao redor da rede para desentocar os peixes que se encontram enterrados. Isto é feito por toda a área de 10 m2, capturando-se uma média de 7 dúzias de amurés num período de uma hora e meia. A espécie não é utilizada como alimento humano, mas como isca para outros peixes de corte, e há pescadores que dependem da renda desta captura de iscas vivas. Em nosso estudo do hábito alimentar do amuré, apuramos que o conteúdo estomacal dos exemplares examinados era constituído de 95% de algas da classe Cianophycea e 5% de espículas de poríferos. Os gêneros de cianofíceas encontrados incluem, em ordem decrescente de ocorrência, Actinocyclus, Coscinodiscus, Polynuxeis e Triceratium. Constatamos que os amurés, embora apresentem características típicas de um predador (dentes cónicos, rastros branqueias curtos e espessos), exibem uma dieta constituída principalmente de fitoplâncton.
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Vive em águas de baixa salinidade, nos estuários e manguezais, em contacto direto com o substrato, no qual comumente se enterra. Pescadores do Rio Guajará-Mirim utilizam-se de um método próprio para capturá-Ia em águas de média profundidade. Delimitam uma área de aproximadamente 10m2 a uma distância de 6m da margem do rio, medida na maré vazante. Enterram, então, uma vara de bambu de aproximadamente 4m de comprimento em uma parcela da área, e, a uma profundidade de 2,5m, amarram em sua base uma tarrafa de 2m com uma malha de 10mm de diâmetro, com pesos ao seu redor, mantida aberta. Em seguida, efetuam vários mergulhos de 40 segundos de cada vez e pisam ao redor da rede para desentocar os peixes que se encontram enterrados. Isto é feito por toda a área de 10 m2, capturando-se uma média de 7 dúzias de amurés num período de uma hora e meia. A espécie não é utilizada como alimento humano, mas como isca para outros peixes de corte, e há pescadores que dependem da renda desta captura de iscas vivas. Em nosso estudo do hábito alimentar do amuré, apuramos que o conteúdo estomacal dos exemplares examinados era constituído de 95% de algas da classe Cianophycea e 5% de espículas de poríferos. Os gêneros de cianofíceas encontrados incluem, em ordem decrescente de ocorrência, Actinocyclus, Coscinodiscus, Polynuxeis e Triceratium. Constatamos que os amurés, embora apresentem características típicas de um predador (dentes cónicos, rastros branqueias curtos e espessos), exibem uma dieta constituída principalmente de fitoplâncton.Amurés are medium-sized fishes of the family Gobiidae, belonging to the genus Gobioides, of whose 8 species only G. broussonnetii and G. grahamae occur in Marajó Bay, at the Amazon mouth. Our study is mainly focused on G. broussonnetii, collected in large numbers in the surroundings of the municipality of Vigia, Pará state. This species is characterized by a very elongated body, a reduced eye, and a single, continuous dorsal fin. It lives in low salinity waters, in estuaries and mangroves, in direct contact with the substrate, in which it commonly buries itself. Fishermen from the Guajará-Mirim River use their own method to capture it in medium-depth waters. They delimit an area of approximately 10m2 at a distance of 6m from the river bank, measured at low tide. They then bury a bamboo pole, approximately 4 meters long, in a portion of the area, and at a depth of 2.5 meters, tie a 2-meter long tarrafa with a 10-mm diameter mesh, with weights around it, and keep it open. They then make several dives of 40 seconds at a time and step around the net to unhook the buried fish. This is done over the entire 10 m2 area, catching an average of 7 dozen amurés in a period of one and a half hours. The species is not used as human food, but as bait for other cutthroat fish, and there are fishermen who depend on income from this live bait catch. In our study of the feeding habit of the common walleye, we found that the stomach contents of the specimens examined consisted of 95% algae of the class Cyanophycea and 5% spicules of porifera. The cyanophycean genera found included, in descending order of occurrence, Actinocyclus, Coscinodiscus, Polynuxeis, and Triceratium. We found that the amurés, although exhibiting characteristics typical of a predator (conical teeth, short and thick gill tracks), exhibit a diet consisting mainly of phytoplankton.porMuseu Paraense Emílio GoeldiMPEGBrasilHábito alimentar do amuré (gobioides broussonnetii) na Baía de Marajó, foz amazônica e considerações sobre a sua captura por pescadores locaisCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIAAlimentaçãoAmuréGobiidaeG. broussonnetiiHábito alimentar do amuré (gobioides broussonnetii) na Baía de Marajó, foz amazônica e considerações sobre a sua captura por pescadores locaisfeeding habits of the amuré (gobioides broussonnetii) in Marajó Bay, mouth of the Amazon and considerations on its capture by local fishermeninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectSilva, Ithamar Borges daBarthem, Ronaldo Borgesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGORIGINAL55.HÁBITO ALIMENTAR DO AMURÉ.pdf55.HÁBITO ALIMENTAR DO AMURÉ.pdfapplication/pdf541423https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1735/1/55.H%c3%81BITO%20ALIMENTAR%20DO%20AMUR%c3%89.pdf9dcaac539981f07365ac1b29a477a3b9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1748https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1735/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT55.HÁBITO ALIMENTAR DO AMURÉ.pdf.txt55.HÁBITO ALIMENTAR DO AMURÉ.pdf.txtExtracted texttext/plain2298https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1735/3/55.H%c3%81BITO%20ALIMENTAR%20DO%20AMUR%c3%89.pdf.txt1c1e3d19aae3bf2883063f4a216d3091MD53THUMBNAIL55.HÁBITO ALIMENTAR DO AMURÉ.pdf.jpg55.HÁBITO ALIMENTAR DO AMURÉ.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1789https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1735/4/55.H%c3%81BITO%20ALIMENTAR%20DO%20AMUR%c3%89.pdf.jpge885317c8444b1f3ee94bb1c0dd8cb3eMD54mgoeldi/17352022-12-22 03:00:55.806oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/1735Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2022-12-22T06:00:55Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false
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