Seleção e avaliação de espécies arbóreas para enriquecimento de florestas secundárias, no município de Bragança, Pa.

• Autor(a) principal: Otake, Maisa Yurika Ferreira
• Data de Publicação: 2008
• Outros Autores: Silva, Manoela Ferreira Fernandes da
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2478
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA::FISIOLOGIA VEGETAL::REPRODUCAO VEGETAL; Floresta secundária; Sementes; Germinação

As florestas secundárias, conhecidas regionalmente como capoeiras, hoje, revestem-se de grande importância socioeconômica e ambiental, à medida que aumenta a quantidade de áreas abandonadas pela agricultura migratória e pecuária extensiva. Esse tipo de vegetação vem crescendo em ritmo acelerado, em substituição às florestas primárias nas regiões tropicais. As florestas secundárias, além de serviços ambientais, podem oferecer diversos produtos de utilização humana, tais como: frutos, plantas medicinais, melíferas, ornamentais, materiais de construção e madeira de alto valor comercial. Estudos científicos que subsidiem ações de manejo e um melhor aproveitamento dos produtos e serviços que podem oferecer a "capoeira" ainda são escassos em nossa região. O projeto visa o desenvolvimento de pesquisas científicas, validação e transferência de tecnologia aos pequenos produtores no nordeste paraense. A parte de que trata o presente estudo é direcionada a selecionar espécies arbóreas de florestas secundárias com potencial de uso, para teste de germinação, e posteriormente serem utilizadas em manejo, no município de Bragança, PA. A seleção das espécies, Simarouba amara Aubl., Tapirira guianensis Aubl., Agonandra brasiliensis Miers ex Benth., Diplotropis guianensis Benth. e Dipteryx adorata Aubl. foi feita através de informações dos agricultores da área e da base de dados do projeto. As sementes foram coletadas de matrizes selecionadas em área de floresta secundária e transportadas para o viveiro de mudas do Museu Paraense Emílio Goeldi, onde o experimento foi realizado. A semeadura foi feita em tratamentos utilizando como substratos: terra preta, vermiculita, fibra de coco e areia para a espécie Diplotropis guianensis, terra preta e vermiculita para a espécie Agonandra brasiliensis; fibra de coco e vermiculita para a espécie Tapirira guianensis; fibra de coco, vermiculita e terra preta para a espécie Simarouba amara e, finalmente, areia, vermiculita e terra preta para a espécie Dipteryx odorata. A partir dos dados coletados, verificou-se que o processo de germinação foi lento e com acentuada desuniformidade, entre as espécies selecionadas.