Diagnóstico participativo dos sistemas de manejo de açaí (Euterpe oleracea Mart.) por uma comunidade em Muaná, Marajó-PA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Ruth Helena C.
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: Silva, Regina Oliveira da
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1959
Resumo: As comunidades existentes na região do alto rio Atuá, destacam-se pela alta produção de inverno tanto do fruto como do palmito de açaí (Euterpe oleracea Mart.) Os sistemas tradicionais de manejo, desenvolvidos por comunidades ao longo do tempo têm se mostrado como uma possível alternativa para garantir a sustentabilidade de uso desses recursos (Lescure 1996). Essas alternativas dependem dos conhecimentos da comunidade, do ambiente físico e disponibilidade dos recursos (Morán 1990). O presente trabalho tem como objetivos caracterizar os sistemas de produção e manejo do açaí e como estas atividades estão relacionadas no cotidiano de uma comunidade extratora. A pesquisa de campo aconteceu no período de outubro/2000 a junho/2001 e o primeiro contato com a comunidade deu-se através de reuniões explicando os objetivos do trabalho. A metodologia adotada teve como base conversas formais e informais, entrevista estruturada, observação participante e oficina para repasse das informações. O estudo foi realizado na comunidade de N. Sa. de Jaratuba no Alto Rio Atuá, município de Muaná que pertence à Messorregião do Marajó. Das 24 famílias moradoras no local, 12 foram entrevistadas, e em uma foi acompanhado o trabalho semanal. Existe uma Associação de produtores com ampla participação e na comunidade a economia é essencialmente voltada para o extrativismo do açaí, principalmente durante o inverno. A divisão do trabalho acontece entre os membros da família, caracterizando-se por uma divisão baseada nas relações de gênero. As mulheres da comunidade além de trabalharem no extrativismo de açaí, trabalham na agricultura, pesca e no artesanato. A produção de açaí no verão é somente para o consumo e eles trabalham mais na pesca e agricultura onde plantam principalmente mandioca, banana e milho. Durante todo Q inverno o Atuá é ocupado por embarcações, seja para o transporte das pessoas para o trabalho, escola e viagens, além de marreteiros e atravessadores que compram, trocam ou fretam seus barcos para o transporte de açaí, palmito e produtos alimentícios. O caminho para venda é Muaná, Abaetetuba ou Belém, dependendo de onde o preço estiver melhor. Na comunidade de Jaratuba o açaizal é plantado geralmente em capoeira abandonada depois do cultivo de roça. O histórico da área é de muita exploração de açaizal nativo para o corte do palmito, o que vem sendo abandonado pela maioria das pessoas por não trazer tantas vantagens econômicas e por derrubar toda a árvore, provocando escassez do açaí. O sistema de manejo mais utilizado pelos moradores é a capina (raleamento) anual e o controle das touceiras para eliminar ervas e arbustos invasores. Os saberes em tomo dessa atividade são repassados de pai para filho. Independente das outras atividades que a comunidade desenvolva em seu cotidiano, é em tomo do açaí que suas vidas estão envolvidas, seja do açaí como produto de alimentação, venda, troca, superstições e até como presente
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spelling 2023-03-14T19:57:47Z2023-03-142023-03-14T19:57:47Z2001-07-05ALMEIDA, Ruth Helena C.; SILVA, Regina Oliveira da. Diagnóstico participativo dos sistemas de manejo de açaí (Euterpe oleracea Mart.) por uma comunidade em Muaná, Marajó-PA. In: SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO MUSEU GOELDI, 9., 2001, Belém. Livro de resumos. Belém: MPEG, 2001.https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1959As comunidades existentes na região do alto rio Atuá, destacam-se pela alta produção de inverno tanto do fruto como do palmito de açaí (Euterpe oleracea Mart.) Os sistemas tradicionais de manejo, desenvolvidos por comunidades ao longo do tempo têm se mostrado como uma possível alternativa para garantir a sustentabilidade de uso desses recursos (Lescure 1996). Essas alternativas dependem dos conhecimentos da comunidade, do ambiente físico e disponibilidade dos recursos (Morán 1990). O presente trabalho tem como objetivos caracterizar os sistemas de produção e manejo do açaí e como estas atividades estão relacionadas no cotidiano de uma comunidade extratora. A pesquisa de campo aconteceu no período de outubro/2000 a junho/2001 e o primeiro contato com a comunidade deu-se através de reuniões explicando os objetivos do trabalho. A metodologia adotada teve como base conversas formais e informais, entrevista estruturada, observação participante e oficina para repasse das informações. O estudo foi realizado na comunidade de N. Sa. de Jaratuba no Alto Rio Atuá, município de Muaná que pertence à Messorregião do Marajó. Das 24 famílias moradoras no local, 12 foram entrevistadas, e em uma foi acompanhado o trabalho semanal. Existe uma Associação de produtores com ampla participação e na comunidade a economia é essencialmente voltada para o extrativismo do açaí, principalmente durante o inverno. A divisão do trabalho acontece entre os membros da família, caracterizando-se por uma divisão baseada nas relações de gênero. As mulheres da comunidade além de trabalharem no extrativismo de açaí, trabalham na agricultura, pesca e no artesanato. A produção de açaí no verão é somente para o consumo e eles trabalham mais na pesca e agricultura onde plantam principalmente mandioca, banana e milho. Durante todo Q inverno o Atuá é ocupado por embarcações, seja para o transporte das pessoas para o trabalho, escola e viagens, além de marreteiros e atravessadores que compram, trocam ou fretam seus barcos para o transporte de açaí, palmito e produtos alimentícios. O caminho para venda é Muaná, Abaetetuba ou Belém, dependendo de onde o preço estiver melhor. Na comunidade de Jaratuba o açaizal é plantado geralmente em capoeira abandonada depois do cultivo de roça. O histórico da área é de muita exploração de açaizal nativo para o corte do palmito, o que vem sendo abandonado pela maioria das pessoas por não trazer tantas vantagens econômicas e por derrubar toda a árvore, provocando escassez do açaí. O sistema de manejo mais utilizado pelos moradores é a capina (raleamento) anual e o controle das touceiras para eliminar ervas e arbustos invasores. Os saberes em tomo dessa atividade são repassados de pai para filho. Independente das outras atividades que a comunidade desenvolva em seu cotidiano, é em tomo do açaí que suas vidas estão envolvidas, seja do açaí como produto de alimentação, venda, troca, superstições e até como presenteThe existing communities in the upper Atuá River region stand out for their high winter production of both açaí (Euterpe oleracea Mart.) fruit and heart-of-palm. Traditional management systems developed by communities over time have proven to be a possible alternative for ensuring the sustainability of the use of these resources (Lescure 1996). These alternatives depend on the knowledge of the community, the physical environment, and resource availability (Morán 1990). The present work aims to characterize the açaí production and management systems and how these activities are related to the daily life of an extractivist community. The field research took place from October 2000 to June 2001, and the first contact with the community was made through meetings that explained the objectives of the work. The methodology adopted was based on formal and informal conversations, structured interviews, participant observation, and a workshop to pass on information. The study was carried out in the community of Our Lady of Jaratuba in Alto Rio Atuá, municipality of Muaná, which belongs to the Marajó Region. Of the 24 families living there, 12 were interviewed, and in one the weekly work was followed. There is an association of producers with broad participation and in the community the economy is essentially focused on the extraction of açaí, mainly during the winter. The division of labor occurs among family members, characterized by a division based on gender relations. The women of the community work not only in açaí extraction but also in agriculture, fishing, and handicrafts. The açaí production in the summer is only for consumption and they work more in fishing and agriculture where they plant mainly manioc, banana and corn. During the whole winter Atuá is occupied by boats, either for transporting people to work, school, and trips, as well as for people who buy, trade, or charter their boats to transport açaí, heart-of-palm, and food products. The route for sale is Muaná, Abaetetuba or Belém, depending on where the price is better. In the community of Jaratuba, the açaizal is usually planted in an abandoned capoeira area after the cultivation of the plantation. The history of the area is of a lot of native açaizal exploitation for the cutting of hearts of palm, which has been abandoned by most people because it doesn't bring as many economic advantages and because it cuts down the whole tree, causing açaí shortage. The management system most used by the villagers is annual weeding (thinning) and the control of clumps to eliminate weeds and invading bushes. The knowledge about this activity is passed on from father to son. Regardless of the other activities that the community develops in their daily lives, it is around the açaí that their lives are involved, whether it is açaí as a food product, for sale, for exchange, superstitions, or even as a gift.porMuseu Paraense Emílio GoeldiMPEGBrasilDiagnóstico participativo dos sistemas de manejo de açaí (Euterpe oleracea Mart.) por uma comunidade em Muaná, Marajó-PACNPQ::CIENCIAS HUMANASEuterpe oleracea mart.PalmitoComunidade em MuanáDiagnóstico participativo dos sistemas de manejo de açaí (Euterpe oleracea Mart.) por uma comunidade em Muaná, Marajó-PAParticipatory diagnosis of the açaí (Euterpe oleracea Mart.) management systems by a community in Muaná, Marajó-PAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectAlmeida, Ruth Helena C.Silva, Regina Oliveira dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGORIGINAL08.DIAGNOSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS.pdf08.DIAGNOSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS.pdfapplication/pdf707944https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1959/1/08.DIAGNOSTICO%20PARTICIPATIVO%20DOS%20SISTEMAS.pdf0b7c170068011727267aa4a32fc0d562MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1748https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1959/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT08.DIAGNOSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS.pdf.txt08.DIAGNOSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS.pdf.txtExtracted texttext/plain3285https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1959/3/08.DIAGNOSTICO%20PARTICIPATIVO%20DOS%20SISTEMAS.pdf.txt59e4c36182e5a7f7b7c4c09196ddeae4MD53THUMBNAIL08.DIAGNOSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS.pdf.jpg08.DIAGNOSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1801https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/1959/4/08.DIAGNOSTICO%20PARTICIPATIVO%20DOS%20SISTEMAS.pdf.jpgd8c0abae4d02ef2dd91281f9b5cb17daMD54mgoeldi/19592023-03-15 03:01:13.198oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/1959Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2023-03-15T06:01:13Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false
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