Aspectos taxonômicos e ecológicos de duguetia flagellaris huber na reserva Mocambo - Belém Pará

• Autor(a) principal: Gonçalves, Raul Furtado
• Data de Publicação: 2000
• Outros Autores: Oliveira, Jorge
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1899
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BOTANICA; Duguetia flagellaris Huber; Annonaceae; Geantemum

Duguetia flagellaris Huber (Annonaceae), é uma das três espécies da Secção Geantemum. Habitam o sub-bosque da mata de terra firme e são constituídas por arvoretas de 2-7m de altura, caracterizadas por apresentar ramos áfilos, provenientes de várias regiões do caule em direção ao solo, onde se ramificam, produzindo flores e frutos. O presente trabalho visa contribuir para um melhor conhecimento de D. flagellaris Huber, abordando aspectos de sua taxonomia e formas de dispersão e reprodução. O trabalho foi desenvolvido na Reserva Mocambo, em 10 parcelas de 10 x 10m. Em cada parcela, os espécimes foram contados e medidas suas altura e diâmetro, bem como o comprimento de cada ramo áfilo. Desses foram contados os botões florais, flores e frutos. Foram aplicados dois métodos para acompanhar o desenvolvimento dos frutos: um consistiu em proteger 4 frutos com sacos de nylon, sendo 2 no solo e 2 suspensos e o outro em manter 5 frutos sem proteção. Registrou-se um total de 578 indivíduos, sendo 153 adultos com diâmetro do tronco variando de 2-11cm, os jovens foram 47 e 378 regenerações, sendo que 86 indivíduos apresentaram ramos áfilos com comprimento variando de 0,05-4,96m. Foram contados 115 botões, 105 flores e 9 frutos. Observou-se que a maioria das flores não chegou a produzir frutos, sendo danificadas por besouros e outros insetos. Até a conclusão do trabalho os frutos ainda não tinham atingido o estádio de maturação, não sendo possível testar sua viabilidade de germinação. Presume-se que D. flagellaris possui na reprodução assexuada a forma predominante, posto que os ramos áfilos após algum tempo emitem regenerações, vindo a constituir populações agregadas. Segundo observações, pequenos roedores são seus principais dispersores.