Mudanças paleoambientais na Amazônia evidenciadas por registros de flora e fauna durante o Cenozóico.

• Autor(a) principal: Absy, Maria Lúcia
• Data de Publicação: 2003
• Outros Autores: Cozzuol, Mario Alberto, Senna, Cristina do Socorro Fernandes de, Silva, Silane Aparecida Ferreira da
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1196
• topic: Ecologia; quaternário; pólen; Amazônia; cenozóico; paleoambiental

Pesquisas palinológicas e de paleofauna realizadas em três localidades da Amazônia evidenciaram mudanças da vegetação e do clima no final do Terciário e durante o Quaternário. Durante o Holoceno, estudos palinológicos na planície costeira do Pará permitiram definir três fases de mudanças de vegetação: uma a cerca de 6.850 ±40 anos A.P representada principalmente pelo pólen do gênero Rhizophora, típico de mangue. A fase intermediária apresenta tipos polínicos como: Symphonia, Ilex e Mauritia associada a uma regressão marinha a 4.943 ±40 anos A.P e a fase mais atual, datada a 2.350 ± 40 anos A.P, caracterizada pela presença de mangues com a dominância do pólen pertencente aos gêneros Avicennia e Rhizophora. No Pleistoceno, na Serra Sul de Carajás evidências palinológicas indicaram mudanças na vegetação nos últimos 60.000 anos com duas fases secas: uma de 60.000 a 40.000 anosA.P e outra no intervalo de 22.000 a 11.000 anos A.P. Períodos mais secos com presença de uma vegetação aberta foram detectados por meio de estudos de paleofauna no Acre, a sudoeste da Amazônia. As evidências palinológicas e de paleofauna apresentadas mostram a importância dos estudos paleoecológicos para um melhor entendimento da complexa história climática da Amazônia.