Política indigenista, situação territorial e cidadania em relação aos Ticuna-Brasil e Colômbia

• Autor(a) principal: Lima, Luiza de Nazaré Mastop de
• Data de Publicação: 1999
• Outros Autores: Barbosa, Priscila Faulhaber
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1872
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS; Política indigenista; Ticuna; Território

Esta temática se desenvolve no sub-projeto "Política Indigenista e Discurso Político: A Integração dos Ticuna à Sociedade Nacional Brasileira", que faz parte do Projeto de Pesquisa "Etnografia da Antropologia sobre a Fronteira (Brasil e Colômbia)". O território é elemento fundamental para se entender a existência e sobrevivência das etnias indígenas. Na história dos Ticuna (Alto Rio Solimões - AM), desde os primeiros contatos, a atuação de atores sociais e políticos como missionários, seringueiros, regatões, madeireiros e pescadores não-índios, assim como funcionários do órgão tutor oficial (SPI, 1942 e posteriormente FUNAI) refletem-se na formação da política indigenista voltada para os problemas gerados pelo conflito de interesses entre índios e não-índios, que cria problemas ao exercício da cidadania indígena. Trata-se neste trabalho de verificar a relação entre política indigenista, situação territorial e cidadania entre os Ticuna do Brasil e da Colômbia. A metodologia aplicada foi a pesquisa bibliográfica, entrevista não-diretiva com indigenista da FUNAI envolvido com discussão e prática de política indigenista e entrevista gravada com uma liderança Ticuna (fonte secundária). Os Ticuna tiveram seus direitos constantemente violados em relação ao seu território, principalmente no que se refere à demarcação de suas terras e à invasão de madeireiros e pescadores não-índios que atuam na sua exploração. Um caminho fundamental para a cidadania indígena é a mobilização política. Entre os Ticuna a mobilização se faz pelas organizações CGTT e FOCCITT que, nas relações de conflito entre atores sociais e políticos com interesses individuais e coletivos, disputam a representatividade destes índios.