Inventário preliminar de pequenos mamíferos não-voadores da floresta nacional do tapirapé-aquiri, sudeste do Pará, Brasil

• Autor(a) principal: Silva, Victor Fonsêca da
• Data de Publicação: 2008
• Outros Autores: Rossi, Rogério Vieira, Miranda, Cleuton Lima
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2512
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Inventário; Pequenos mamíferos; Xingu

O bioma Amazônia apresenta a maior e mais diversa floresta tropical do mundo, com a maior parte de sua extensão no território brasileiro. Apesar de sua importância para a biodiversidade e do grande esforço de inúmeros biólogos, ainda existem várias lacunas no conhecimento sobre os seus mamíferos, principalmente em relação aos pequenos mamíferos não-voadores. Dentre as oito áreas de endemismo reconhecidas para este bioma, a área Xingu, situada entre os rios Tocantins e Xingu, é a que apresenta a segunda menor extensão (cerca de 392.468 krn') e a segunda maior porcentagem de desmatamento (26,75% da área total). Poucos estudos sobre pequenos mamíferos não-voadores foram realizados nesta área de endemismo. Este estudo teve como objetivo inventariar os pequenos mamíferos não-voadores da Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri, localizada nos municípios de Marabá e São Félix do Xingu, na região sudeste do estado do Pará. Os espécimes foram capturados utilizando-se armadilhas do tipo Sherman e Tomahawk, dispostas tanto no solo quanto no sub-bosque (1-2 m de altura), durante os 10 dias em que a coleta foi realizada. O esforço de captura total foi de 6000 armadilhas-noite (para cada tipo de armadilha houve um esforço de 3000 armadilhas-noite). Foram capturados 101 indivíduos, pertencentes a seis espécies de marsupiais e seis de roedores. O sucesso de captura para esta primeira coleta foi de 1,68%, as armadilhas do tipo Sherman obtiveram um sucesso de 1,66%, enquanto as do tipo Tomahawk, de 1,4%. Quanto ao estrato em que as armadilhas estavam localizadas, as que estavam no solo obtiveram um sucesso de 1,22%, enquanto as do sub-bosque 0,47%. As curvas de acumulação de espécies para esta coleta e o número de espécies capturados em outros estudos na mesma região, demonstraram que somente parte da comunidade foi acessada, justificando as futuras coletas que serão realizadas para este inventário, as quais permitirão uma caracterização adequada da comunidade de pequenos mamíferos não-voadores da presente área de estudo. Ainda que preliminares, os resultados apresentados sugerem que a Flona do Tapirapé-Aquiri possui uma rica fauna de pequenos mamíferos não-voadores.