Levantamento comparativo da incidência de helmintos das aves do parque zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi de acordo com as estações seca e chuvosa

• Autor(a) principal: Caraciolo, Fernanda Avelar
• Data de Publicação: 1998
• Outros Autores: Oren, David C.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1797
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Helmintos; Amazônia; Chuva; Seca

Das milhares de espécies de helmintos existentes, muitas tem sido reconhecidas em aves silvestres e domésticas. Apesar da fauna helmintológica em aves ser bastante diversificada, o seu estudo na região amazônica é restrita a dados de ocorrência. O presente trabalho tem por finalidade inventariar os helmintos das espécies de aves silvestres da coleção do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, estabelecendo o grau de incidência das helmintoses nas aves segundo as estações seca e chuvosa, utilizando o exame coprológico. Coletas de fezes foram feitas no período de setembro a novembro de 1997 e janeiro a março de 1998. Utilizou-se no estudo 17 espécies de aves pertencentes a 8 famílias. Das 17 espécies de hospedeiros, seis (35,3%) apresentaram-se positivas para ovos de helmintos, representadas pelas famílias Ramphastidae, Psittacidae, Threskiornithidae, Eurypygidae e Psophiidae, sendo que cinco (29,4%) apresentaram infecção simples e uma (5,9%) infecção mista. No período de seca, das 17 amostras de fezes coletadas, apenas duas espécies de aves apresentavam-se positivas para ovos de helmintos do gênero Capillaria e uma espécie para ovo do gênero Prosthogonimus. No período de chuva, com o mesmo número de amostras, cinco espécies de aves apresentavam-se positivas, sendo duas para ovos de Capillaria, duas paraovos de Heterakis e uma para ovos de Heterakis e Prosthogonimus. Analisando a incidência de helmintos observa-se que das nove amostras positivas (26,5%), cinco foram representadas por ovos de Capillaria (55,5%), duas por ovos de Heterakis (22,2%), uma por ovos de Prosthogonimus (11,1 %). Uma comparação com os dados de Cortês (1993) sobre fatores ambientais como determinantes de doença, permite concluir que existe influência climática na proliferação de helmintos.