As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do MPEG |
Texto Completo: | http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/148 |
Resumo: | No intuito de se caracterizar a flora da região de Belo Monte ou Volta Grande do Xingu, efetuou-se uma análise da florística, fitossociologia, estrutura e etnobotânica nas fitofisionomias florestais na área de estudo que inclui os territórios de Altamira, Anapu, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, nas mesorregiões do baixo e médio Xingu, no estado do Pará. Nas quatro fitofisionomias florestais majoritárias (floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aluvial, floresta ombrófila aberta com palmeira, floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira), foram lançadas parcelas de estudos que abrangeram uma área total de 24,3 ha. Foram amostrados indivíduos em três categorias de diâmetros minímos de inclusão: DAP ≥ a 5, 10 e 30 cm. Registrou-se um total de 13.790 indivíduos compreendendo 662 espécies, distribuídas em 65 famílias botânicas. Comparando-se as fitofisionomias estudadas, concluiu-se que a floresta ombrófila densa tem a maior riqueza de espécies (433), seguindo-se a floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira (264), a floresta ombrófila aluvial (203) e a floresta ombrófila aberta com palmeira (140). Com relação às espécies raras, a floresta ombrófila densa apresentou o maior número (141), em contraposição à floresta ombrófila aberta com palmeira, que apresentou o menor (63). Caesalpiniaceae foi a família que apresentou o maior índice de valor de importância (IVIF) e de cobertura (IVCF) em todas as fitofisionomias estudadas, à exceção da floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira (Lecythidaceae). Alexa grandiflora e Voucapoua americana foram as espécies de maiores índices (IVI e IVC) em todas as fitofisionomias estudadas, exceto na floresta ombrófila aluvial (Pterocarpus amazonicus e Molia luscens). Estimou-se para todos os ecossistemas analisados um total de 92,68 km2 de cobertura florestal em toda a área de estudo. Estimou-se para esta área uma abundância total de 403.069.870 árvores com DAP ≥ 10 cm, volume total de madeira de 196.276.924 m3 e uma biomassa aérea viva de 198.503.191 t. Foram identificadas algumas espécies florestais de grande interesse para os programas de conservação da flora, como uma espécie arbórea praticamente extinta nas áreas onde é possível a penetração humana, o 'pau cravo' (Dicypellium caryophyllatum), uma Lauraceae muito cobiçada pela indústria perfumista; e uma outra espécie de difícil ocorrência (Sagotia brachysepala), uma Euphorbiaceae de dispersão muito restrita. |
id |
MPEG_e3803e485ac142c4dac5bf5f331d6131 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/148 |
network_acronym_str |
MPEG |
network_name_str |
Repositório Institucional do MPEG |
repository_id_str |
|
spelling |
2010-09-30T14:32:37Z2010-09-30T14:32:37Z2007-09SALOMÃO, Rafael de Paiva. et al. As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia oriental. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 3, p. 57-153, set-out. 2007.1981-8114http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/148No intuito de se caracterizar a flora da região de Belo Monte ou Volta Grande do Xingu, efetuou-se uma análise da florística, fitossociologia, estrutura e etnobotânica nas fitofisionomias florestais na área de estudo que inclui os territórios de Altamira, Anapu, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, nas mesorregiões do baixo e médio Xingu, no estado do Pará. Nas quatro fitofisionomias florestais majoritárias (floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aluvial, floresta ombrófila aberta com palmeira, floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira), foram lançadas parcelas de estudos que abrangeram uma área total de 24,3 ha. Foram amostrados indivíduos em três categorias de diâmetros minímos de inclusão: DAP ≥ a 5, 10 e 30 cm. Registrou-se um total de 13.790 indivíduos compreendendo 662 espécies, distribuídas em 65 famílias botânicas. Comparando-se as fitofisionomias estudadas, concluiu-se que a floresta ombrófila densa tem a maior riqueza de espécies (433), seguindo-se a floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira (264), a floresta ombrófila aluvial (203) e a floresta ombrófila aberta com palmeira (140). Com relação às espécies raras, a floresta ombrófila densa apresentou o maior número (141), em contraposição à floresta ombrófila aberta com palmeira, que apresentou o menor (63). Caesalpiniaceae foi a família que apresentou o maior índice de valor de importância (IVIF) e de cobertura (IVCF) em todas as fitofisionomias estudadas, à exceção da floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira (Lecythidaceae). Alexa grandiflora e Voucapoua americana foram as espécies de maiores índices (IVI e IVC) em todas as fitofisionomias estudadas, exceto na floresta ombrófila aluvial (Pterocarpus amazonicus e Molia luscens). Estimou-se para todos os ecossistemas analisados um total de 92,68 km2 de cobertura florestal em toda a área de estudo. Estimou-se para esta área uma abundância total de 403.069.870 árvores com DAP ≥ 10 cm, volume total de madeira de 196.276.924 m3 e uma biomassa aérea viva de 198.503.191 t. Foram identificadas algumas espécies florestais de grande interesse para os programas de conservação da flora, como uma espécie arbórea praticamente extinta nas áreas onde é possível a penetração humana, o 'pau cravo' (Dicypellium caryophyllatum), uma Lauraceae muito cobiçada pela indústria perfumista; e uma outra espécie de difícil ocorrência (Sagotia brachysepala), uma Euphorbiaceae de dispersão muito restrita.Museu Paraense Emílio GoeldiFloresta pluvialFlorísticaEstrutura florestalHidrelétrica de Belo MonteFitofisionomiaEtnobotânicaTropical rainforestForest compositionForest structurePhytophysionomyEthnobotanyRio Xingu (PA)As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental.The forests of Belo Monte on the great curve of the Xingu River, Eastern Amazon.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleSalomão, Rafael de PaivaVieira, Ima Célia GuimarãesSuemitsu, ChienoRosa, Nelson de AraújoAlmeida, Samuel Soares deAmaral, Dário Dantas doMenezes, Moirah Paula Machado deporreponame:Repositório Institucional do MPEGinstname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)instacron:MPEGinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTB MPEG C Nat 2(3) 2007 salomao.pdf.txtB MPEG C Nat 2(3) 2007 salomao.pdf.txtExtracted texttext/plain283587https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/6/B%20MPEG%20C%20Nat%202%283%29%202007%20salomao.pdf.txt84fc3806e58d23ed41070b926ada39e1MD56THUMBNAILB MPEG C Nat 2(3) 2007 salomao.pdf.jpgB MPEG C Nat 2(3) 2007 salomao.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1515https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/7/B%20MPEG%20C%20Nat%202%283%29%202007%20salomao.pdf.jpg4530fb4b0f249d74e191d84420d6042cMD57ORIGINALB MPEG C Nat 2(3) 2007 salomao.pdfB MPEG C Nat 2(3) 2007 salomao.pdfapplication/pdf1412477https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/1/B%20MPEG%20C%20Nat%202%283%29%202007%20salomao.pdf448b2ac02109296ac51fe52f3254effbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1843https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/2/license.txtecf5a5fdf33b93199766ee4919a8a663MD52CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain46https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/3/license_url7b60860db7ee2e38c65f8e939773fbe2MD53license_textlicense_textapplication/octet-stream20508https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/4/license_text6612ca141255764c163ef525a1ab76d3MD54license_rdflicense_rdfapplication/octet-stream18138https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/5/license_rdf0e4a63dca167ade042eeadf186f7bd73MD55mgoeldi/1482019-07-17 14:51:26.959oai:repositorio.museu-goeldi.br:mgoeldi/148TGljZW5zZSBncmFudGVkIGJ5IE9sP21waWEgUmVzcXVlIChvbGltcGlhcmVzcXVlQHlhaG9vLmNvbS5icikgb24gMjAxMC0wOS0zMFQxMzozMzozMVogKEdNVCk6CgpOT1RFOiBQTEFDRSBZT1VSIE9XTiBMSUNFTlNFIEhFUkUKVGhpcyBzYW1wbGUgbGljZW5zZSBpcyBwcm92aWRlZCBmb3IgaW5mb3JtYXRpb25hbCBwdXJwb3NlcyBvbmx5LgoKTk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKQnkgc2lnbmluZyBhbmQgc3VibWl0dGluZyB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIHlvdSAodGhlIGF1dGhvcihzKSBvciBjb3B5cmlnaHQKb3duZXIpIGdyYW50cyB0byBEU3BhY2UgVW5pdmVyc2l0eSAoRFNVKSB0aGUgbm9uLWV4Y2x1c2l2ZSByaWdodCB0byByZXByb2R1Y2UsCnRyYW5zbGF0ZSAoYXMgZGVmaW5lZCBiZWxvdyksIGFuZC9vciBkaXN0cmlidXRlIHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiAoaW5jbHVkaW5nCnRoZSBhYnN0cmFjdCkgd29ybGR3aWRlIGluIHByaW50IGFuZCBlbGVjdHJvbmljIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bSwKaW5jbHVkaW5nIGJ1dCBub3QgbGltaXRlZCB0byBhdWRpbyBvciB2aWRlby4KCllvdSBhZ3JlZSB0aGF0IERTVSBtYXksIHdpdGhvdXQgY2hhbmdpbmcgdGhlIGNvbnRlbnQsIHRyYW5zbGF0ZSB0aGUKc3VibWlzc2lvbiB0byBhbnkgbWVkaXVtIG9yIGZvcm1hdCBmb3IgdGhlIHB1cnBvc2Ugb2YgcHJlc2VydmF0aW9uLgoKWW91IGFsc28gYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5IGtlZXAgbW9yZSB0aGFuIG9uZSBjb3B5IG9mIHRoaXMgc3VibWlzc2lvbiBmb3IKcHVycG9zZXMgb2Ygc2VjdXJpdHksIGJhY2stdXAgYW5kIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB0aGUgc3VibWlzc2lvbiBpcyB5b3VyIG9yaWdpbmFsIHdvcmssIGFuZCB0aGF0IHlvdSBoYXZlCnRoZSByaWdodCB0byBncmFudCB0aGUgcmlnaHRzIGNvbnRhaW5lZCBpbiB0aGlzIGxpY2Vuc2UuIFlvdSBhbHNvIHJlcHJlc2VudAp0aGF0IHlvdXIgc3VibWlzc2lvbiBkb2VzIG5vdCwgdG8gdGhlIGJlc3Qgb2YgeW91ciBrbm93bGVkZ2UsIGluZnJpbmdlIHVwb24KYW55b25lJ3MgY29weXJpZ2h0LgoKSWYgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgZm9yIHdoaWNoIHlvdSBkbyBub3QgaG9sZCBjb3B5cmlnaHQsCnlvdSByZXByZXNlbnQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZSBvYnRhaW5lZCB0aGUgdW5yZXN0cmljdGVkIHBlcm1pc3Npb24gb2YgdGhlCmNvcHlyaWdodCBvd25lciB0byBncmFudCBEU1UgdGhlIHJpZ2h0cyByZXF1aXJlZCBieSB0aGlzIGxpY2Vuc2UsIGFuZCB0aGF0CnN1Y2ggdGhpcmQtcGFydHkgb3duZWQgbWF0ZXJpYWwgaXMgY2xlYXJseSBpZGVudGlmaWVkIGFuZCBhY2tub3dsZWRnZWQKd2l0aGluIHRoZSB0ZXh0IG9yIGNvbnRlbnQgb2YgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24uCgpJRiBUSEUgU1VCTUlTU0lPTiBJUyBCQVNFRCBVUE9OIFdPUksgVEhBVCBIQVMgQkVFTiBTUE9OU09SRUQgT1IgU1VQUE9SVEVECkJZIEFOIEFHRU5DWSBPUiBPUkdBTklaQVRJT04gT1RIRVIgVEhBTiBEU1UsIFlPVSBSRVBSRVNFTlQgVEhBVCBZT1UgSEFWRQpGVUxGSUxMRUQgQU5ZIFJJR0hUIE9GIFJFVklFVyBPUiBPVEhFUiBPQkxJR0FUSU9OUyBSRVFVSVJFRCBCWSBTVUNICkNPTlRSQUNUIE9SIEFHUkVFTUVOVC4KCkRTVSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgeW91ciBuYW1lKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3Iocykgb3Igb3duZXIocykgb2YgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24sIGFuZCB3aWxsIG5vdCBtYWtlIGFueSBhbHRlcmF0aW9uLCBvdGhlciB0aGFuIGFzIGFsbG93ZWQgYnkgdGhpcwpsaWNlbnNlLCB0byB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24uCg==Repositório ComumONGhttp://repositorio.museu-goeldi.br/oai/requestopendoar:2019-07-17T17:51:26Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)false |
dc.title.en.fl_str_mv |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
The forests of Belo Monte on the great curve of the Xingu River, Eastern Amazon. |
title |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. |
spellingShingle |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. Salomão, Rafael de Paiva Floresta pluvial Florística Estrutura florestal Hidrelétrica de Belo Monte Fitofisionomia Etnobotânica Tropical rainforest Forest composition Forest structure Phytophysionomy Ethnobotany Rio Xingu (PA) |
title_short |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. |
title_full |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. |
title_fullStr |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. |
title_full_unstemmed |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. |
title_sort |
As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia Oriental. |
author |
Salomão, Rafael de Paiva |
author_facet |
Salomão, Rafael de Paiva Vieira, Ima Célia Guimarães Suemitsu, Chieno Rosa, Nelson de Araújo Almeida, Samuel Soares de Amaral, Dário Dantas do Menezes, Moirah Paula Machado de |
author_role |
author |
author2 |
Vieira, Ima Célia Guimarães Suemitsu, Chieno Rosa, Nelson de Araújo Almeida, Samuel Soares de Amaral, Dário Dantas do Menezes, Moirah Paula Machado de |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Salomão, Rafael de Paiva Vieira, Ima Célia Guimarães Suemitsu, Chieno Rosa, Nelson de Araújo Almeida, Samuel Soares de Amaral, Dário Dantas do Menezes, Moirah Paula Machado de |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Floresta pluvial Florística Estrutura florestal Hidrelétrica de Belo Monte Fitofisionomia Etnobotânica Tropical rainforest Forest composition Forest structure Phytophysionomy Ethnobotany Rio Xingu (PA) |
topic |
Floresta pluvial Florística Estrutura florestal Hidrelétrica de Belo Monte Fitofisionomia Etnobotânica Tropical rainforest Forest composition Forest structure Phytophysionomy Ethnobotany Rio Xingu (PA) |
description |
No intuito de se caracterizar a flora da região de Belo Monte ou Volta Grande do Xingu, efetuou-se uma análise da florística, fitossociologia, estrutura e etnobotânica nas fitofisionomias florestais na área de estudo que inclui os territórios de Altamira, Anapu, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, nas mesorregiões do baixo e médio Xingu, no estado do Pará. Nas quatro fitofisionomias florestais majoritárias (floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aluvial, floresta ombrófila aberta com palmeira, floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira), foram lançadas parcelas de estudos que abrangeram uma área total de 24,3 ha. Foram amostrados indivíduos em três categorias de diâmetros minímos de inclusão: DAP ≥ a 5, 10 e 30 cm. Registrou-se um total de 13.790 indivíduos compreendendo 662 espécies, distribuídas em 65 famílias botânicas. Comparando-se as fitofisionomias estudadas, concluiu-se que a floresta ombrófila densa tem a maior riqueza de espécies (433), seguindo-se a floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira (264), a floresta ombrófila aluvial (203) e a floresta ombrófila aberta com palmeira (140). Com relação às espécies raras, a floresta ombrófila densa apresentou o maior número (141), em contraposição à floresta ombrófila aberta com palmeira, que apresentou o menor (63). Caesalpiniaceae foi a família que apresentou o maior índice de valor de importância (IVIF) e de cobertura (IVCF) em todas as fitofisionomias estudadas, à exceção da floresta ombrófila aberta com cipó e palmeira (Lecythidaceae). Alexa grandiflora e Voucapoua americana foram as espécies de maiores índices (IVI e IVC) em todas as fitofisionomias estudadas, exceto na floresta ombrófila aluvial (Pterocarpus amazonicus e Molia luscens). Estimou-se para todos os ecossistemas analisados um total de 92,68 km2 de cobertura florestal em toda a área de estudo. Estimou-se para esta área uma abundância total de 403.069.870 árvores com DAP ≥ 10 cm, volume total de madeira de 196.276.924 m3 e uma biomassa aérea viva de 198.503.191 t. Foram identificadas algumas espécies florestais de grande interesse para os programas de conservação da flora, como uma espécie arbórea praticamente extinta nas áreas onde é possível a penetração humana, o 'pau cravo' (Dicypellium caryophyllatum), uma Lauraceae muito cobiçada pela indústria perfumista; e uma outra espécie de difícil ocorrência (Sagotia brachysepala), uma Euphorbiaceae de dispersão muito restrita. |
publishDate |
2007 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2007-09 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2010-09-30T14:32:37Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2010-09-30T14:32:37Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SALOMÃO, Rafael de Paiva. et al. As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia oriental. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 3, p. 57-153, set-out. 2007. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/148 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
1981-8114 |
identifier_str_mv |
SALOMÃO, Rafael de Paiva. et al. As florestas de Belo Monte na grande curva do rio Xingu, Amazônia oriental. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais, Belém, v. 2, n. 3, p. 57-153, set-out. 2007. 1981-8114 |
url |
http://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/148 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Museu Paraense Emílio Goeldi |
publisher.none.fl_str_mv |
Museu Paraense Emílio Goeldi |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do MPEG instname:Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) instacron:MPEG |
instname_str |
Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) |
instacron_str |
MPEG |
institution |
MPEG |
reponame_str |
Repositório Institucional do MPEG |
collection |
Repositório Institucional do MPEG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/6/B%20MPEG%20C%20Nat%202%283%29%202007%20salomao.pdf.txt https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/7/B%20MPEG%20C%20Nat%202%283%29%202007%20salomao.pdf.jpg https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/1/B%20MPEG%20C%20Nat%202%283%29%202007%20salomao.pdf https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/2/license.txt https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/3/license_url https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/4/license_text https://repositorio.museu-goeldi.br/bitstream/mgoeldi/148/5/license_rdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
84fc3806e58d23ed41070b926ada39e1 4530fb4b0f249d74e191d84420d6042c 448b2ac02109296ac51fe52f3254effb ecf5a5fdf33b93199766ee4919a8a663 7b60860db7ee2e38c65f8e939773fbe2 6612ca141255764c163ef525a1ab76d3 0e4a63dca167ade042eeadf186f7bd73 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do MPEG - Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1809924588680773632 |