Determinação de idade em bagres da Amazônia através de anéis etários em esporões

• Autor(a) principal: Lima, Gyanne do Socorro Pereira de
• Data de Publicação: 1996
• Outros Autores: Barthem, Ronaldo Borges
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1706
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES; Brachyplatystoma flavicans; B. vaillantii; Dourada; Piramutaba; Bagres

O número e a periodicidade de anéis etários em esporões de duas espécies de bagres, dourada Brachyplatystoma flavicans e piramutaba B. vaillantii, estão sendo investigados. Essas espécies são relevantes para a economia pesqueira da Amazônia, por serem as mais importantes do comércio de exportação da região. Tendo como base a metodologia já existente na literatura, adaptaram-se equipamentos e resinas de fácil aquisição para a obtenção dos cortes de esporão. As amostras de pescado são obtidas das indústrias de pesca de Belém e nos pontos de desembarque da pesca artesanal, onde após tornadas as medidas de comprimento forcal, são extraídos o esporão da nadadeira dorsal e os das nadadeiras peitorais. Depois de limpos, os esporões são emblocados em resina acrílica e cortados com uma serra elétrica manual do tipo tico-tico. Os cortes são desbastados com lixa d'água e em seguida montados em lâmina com bálsamo do Canadá. De fevereiro/95 a agosto/95 foram examinados esporões de 142 piramutabas e 135 douradas. Os anéis mais nítidos foram observados no esporão dorsal da piramutaba sendo menos evidente, mas ainda possível de ser contado, nos esporões peitorais. Curiosamente, a dourada possui um esporão dorsal praticamente oco, sendo os primeiros anéis eliminados pela expansão do espaço interno; e os esporões peitorais apresentam anéis pouco nítidos, sendo difícil distinguir anéis falsos de verdadeiros. O método de determinação de idades através da contagem de anéis em esporões tem-se demonstrado adequado para a piramutaba. Mas o mesmo não acontece para a dourada, devido aos seus anéis ocos, devendo-se buscar a análise de outras estruturas rígidas como vértebras e opérculos para se estudar o crescimento dessa espécie.