Voz e comunicação de pessoas transgênero: revisão de literatura em intervenção fonoaudiológica
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16571 |
Resumo: | O termo transgênero é utilizado para definir um indivíduo que se identifica com o gênero diferente ao que lhe foi atribuído ao nascer. Para reconhecer-se com determinada identidade, o transgênero pode optar por fazer mudanças corporais e no modo de se expressar. Um aspecto que estereotipa a binaridade de gênero, é a voz, até por conta das diferenças psicoacústicas e anatômicas entre os indivíduos cisgênero. As pessoas trans procuram formas para adaptar a voz e o modo de se comunicar que confirme sua identidade de gênero. O fonoaudiólogo é apto para trabalhar com a voz humana e, portanto, com a função de (re)adaptar a voz e a comunicação de pessoas transgênero. Objetivo:Realizar revisão integrativa de literatura em condutas e técnicas fonoaudiológicas voltadas à (re)adaptação da voz e da comunicação de pessoas transgênero. Métodos: Estudo de caráter analítico e qualitativo, em que foi realizada revisão de literatura, através de consulta às bases de dados SciElo, LILACS, MEDLINE/PubMed e Pubmed Central. Houve seleção e análise de artigos originais, publicados na íntegra, a partir da escolha de descritores em ciências da saúde, em português e inglês, com submissão a teste de relevância visando-se atender critérios de inclusão, com a finalidade de se verificar e discutir a atuação fonoaudiológica com a voz e a comunicação de pessoas trans. Resultados: Cinco artigos científicos compuseram a amostra final, sendo um estudo brasileiro e os demais estrangeiros. Na totalidade os estudos envolveram 84 participantes, 53 mulheres trans (63,1%) e 31 homens trans (36,9%). Os autores utilizaram protocolos e softwares, pré e pós terapia fonoaudiológica, para análise psicoacústica da voz. A intervenção fonoaudiológica variou de 12 a 22 sessões. Os autores determinaram parâmetros vocais e de comunicação a serem trabalhados, tais como frequência fundamental, tipo de foco de ressonância e entonação de fala, contudo, os estudos divergem em técnicas terapêuticas, sendo que um empregou a técnica da vogal sustentada, outro usou o método de fala, também foi aplicado em um artigo os exercícios de função vocal Stemple. Em três estudos com a presença de mulheres trans, a elevação da frequência fundamental pré e pós terapia variou de 115 Hz a 178 Hz. Em outro estudo há a participação de homens trans, na qual constatou-se uma média de 161 Hz na análise inicial da frequência fundamental e na pós-terapia constatou se 143,2 Hz, havendo diminuição da frequência fundamental. Conclusão: Conclui-seque as técnicas fonoaudiológicas utilizadas pelos autores são efetivas para a (re)adequação vocal de pessoas trans, sendo viável a elevação ou diminuição da frequência fundamental de fala e consequentemente, a mudança depitch. Com relação aos aspectos de comunicação, nenhum dos artigos retrata os resultados obtidos após terapia. Existe escassez de produções científicas brasileiras e internacionais acerca da atuação fonoaudiológica com a população trans e todos os artigos reforçam a necessidade da realização de pesquisas acerca deste tema, pois as produções científicas auxiliam os profissionais na atuação clínica. |
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