Vivências de trabalho de agentes comunitários de saúde em Campinas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15812 |
Resumo: | Este estudo propôs-se a repensar a função de agente comunitário de saúde a partir da vivência particular de um grupo de agentes de um Centro de Saúde de Campinas, tanto em relação à sua dimensão institucional (como trabalho integrado a uma equipe interdisciplinar) como em relação à sua dimensão comunitária (como trabalho junto à população). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e utilizou o método fenomenológico para análise dos dados. A pesquisa também teve uma característica etnográfica devido a inserção da pesquisadora no campo e pela heterogeneidade dos dados. O universo de participantes constituiu-se de todos os agentes de saúde (24 no total) que trabalham em um Centro de Saúde da região sul do Município de Campinas-SP. Seis agentes comunitários de saúde foram entrevistados, um de cada equipe local de referência do Programa Saúde da Família. O critério de escolha para as entrevistas foi o envolvimento efetivo com a função de agente. Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram: diário de campo e entrevista não-diretiva ativa. Os depoimentos foram estimulados por uma pergunta disparadora sobre o que significava para os depoentes, de acordo com sua experiência, ser um agente comunitário de saúde. Os depoimentos foram gravados, após consentimentos dos participantes. Concluiu-se que: 1) O trabalho do agente comunitário de saúde representa uma grande eficácia para o Sistema de Saúde; 2) Para os agentes estabelecerem um vínculo com a população e desenvolverem ações mais efetivas junto a mesma, é importante que tenham ou desenvolvam algumas atitudes como: empatia; disponibilidade de escuta, acolhimento, preocupação ética; profissionalismo, saber abordar as pessoas, responsabilização e comprometimento; 3) A presença do agente na equipe representa uma ampliação das ações e possibilita uma troca de saberes; 4) O papel social do agente comunitário de saúde é o aspecto que mais o diferencia de outros profissionais da equipe; 5) Existe um grau de satisfação pessoal elevado pela ajuda que podem oferecer a população. A partir do relato das vivências sobre situações difíceis no cotidiano do agente, foi possível evidenciar algumas propostas para que este trabalhador de saúde seja melhor potencializado em sua função; sugere-se que: I) Deva existir uma capacitação constante, principalmente na abordagem de situações que geram mobilização emocional; II) Considera-se importante delimitar a identidade profissional do agente, tanto dentro como fora da Instituição para que as pessoas tenham maior clareza de seu papel profissional; III) Faz-se necessário a contratação de profissionais que possam auxiliar nos serviços administrativos dentro da Instituição de forma a dispensar os agentes desta função e potencializar sua dimensão comunitária; IV) As atividades nas equipes de Saúde da Família precisam ser melhor integrados para permitirem trocas efetivas entre os profissionais; V) É necessário repensar sobre formas de contratação que levem em conta características pessoais importantes para o desenvolvimento da função e que possibilitem uma melhor forma de remuneração desses profissionais, para que tenham perspectivas de continuidade no cargo de agente comunitário de saúde. |
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Cambuy, KarinePontifícia Universidade Católica de CampinasAmatuzzi, Mauro Martins2022-02-16T18:56:49Z2022-02-16T18:56:49Z2005-10-17http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/158121156998345284276Este estudo propôs-se a repensar a função de agente comunitário de saúde a partir da vivência particular de um grupo de agentes de um Centro de Saúde de Campinas, tanto em relação à sua dimensão institucional (como trabalho integrado a uma equipe interdisciplinar) como em relação à sua dimensão comunitária (como trabalho junto à população). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e utilizou o método fenomenológico para análise dos dados. A pesquisa também teve uma característica etnográfica devido a inserção da pesquisadora no campo e pela heterogeneidade dos dados. O universo de participantes constituiu-se de todos os agentes de saúde (24 no total) que trabalham em um Centro de Saúde da região sul do Município de Campinas-SP. Seis agentes comunitários de saúde foram entrevistados, um de cada equipe local de referência do Programa Saúde da Família. O critério de escolha para as entrevistas foi o envolvimento efetivo com a função de agente. Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram: diário de campo e entrevista não-diretiva ativa. Os depoimentos foram estimulados por uma pergunta disparadora sobre o que significava para os depoentes, de acordo com sua experiência, ser um agente comunitário de saúde. Os depoimentos foram gravados, após consentimentos dos participantes. Concluiu-se que: 1) O trabalho do agente comunitário de saúde representa uma grande eficácia para o Sistema de Saúde; 2) Para os agentes estabelecerem um vínculo com a população e desenvolverem ações mais efetivas junto a mesma, é importante que tenham ou desenvolvam algumas atitudes como: empatia; disponibilidade de escuta, acolhimento, preocupação ética; profissionalismo, saber abordar as pessoas, responsabilização e comprometimento; 3) A presença do agente na equipe representa uma ampliação das ações e possibilita uma troca de saberes; 4) O papel social do agente comunitário de saúde é o aspecto que mais o diferencia de outros profissionais da equipe; 5) Existe um grau de satisfação pessoal elevado pela ajuda que podem oferecer a população. A partir do relato das vivências sobre situações difíceis no cotidiano do agente, foi possível evidenciar algumas propostas para que este trabalhador de saúde seja melhor potencializado em sua função; sugere-se que: I) Deva existir uma capacitação constante, principalmente na abordagem de situações que geram mobilização emocional; II) Considera-se importante delimitar a identidade profissional do agente, tanto dentro como fora da Instituição para que as pessoas tenham maior clareza de seu papel profissional; III) Faz-se necessário a contratação de profissionais que possam auxiliar nos serviços administrativos dentro da Instituição de forma a dispensar os agentes desta função e potencializar sua dimensão comunitária; IV) As atividades nas equipes de Saúde da Família precisam ser melhor integrados para permitirem trocas efetivas entre os profissionais; V) É necessário repensar sobre formas de contratação que levem em conta características pessoais importantes para o desenvolvimento da função e que possibilitem uma melhor forma de remuneração desses profissionais, para que tenham perspectivas de continuidade no cargo de agente comunitário de saúde.This study had the purpose to ponder about the function of community health agent since the private experience of a group of agents of a Campinas Health Center, so in relation to the institutional dimension (as a integrated work to an interdisciplinar group) as in relation to the community dimension (as a work together the population). It is the qualitative research and it was used the phenomenological method to analyse the data. The research also had an ethnographical characteristic due to the insertion of the researcher in the field and through the heterogeneity of data. The participants universe consisted of all health agents (24 at the total) who work in a Health Center in South Region of Campinas City Council SP. Six community health agents were interviewed, one of each local group of reference of Family Health Program. The criterium of choice to the interviews was the effective relationship with the function of the agent. The instruments, which were used to collect the data, were: field diary and active non-directive interview. The declarations were encouraged by a direct (discharged) question about the meaning of community health agent for the interviewed people according to their experience. The interview was recorded with the consent of the participants. It was concluded that: 1) The work of a community health agent represents a great efficacy to the Health System; 2) For the agents to settle an entailment with the population and develop actions more effective close to it, it is important to have or develop some attitudes like: empathy, hearing availability, sheltering, ethics preoccupation, professionalism, to know how to approach the people, responsabilization and promisement; 3) The presence of the agent in the group represents an enlargement of the actions and knowledge changes; 4) The social role of community health agent is the aspect that makes much more difference from other professionals of the group; 5) There is a degree of a high personal satisfaction by the help that they can offer to the population. Based in the report about difficult experiences in the quotidian of agents, it was possible to show clearly some proposals to see this health worker in a better potential way; it is suggested that: I) It must exist a permanent capacitation, mainly in situations that carry emotional mobilization; II) It is considered important to delimitate the professional identity of the agent, even in and out the Institution in order to have people with more clarity of their professional role; III) It is necessary to hire professionals who can help with the administrative services inside the Institution to dispense the agents of this function and to power their community dimension; IV) The activities at the Family Health group need to be better integrated in order to permit affective changes among professionals; V) It is necessary to ponder about the hiring that considers important personal characteristics to the development of the function that consent a better form of remuneration for these professionals, for them to have perspective of continuity in the post of community health agent.porPUC-Campinasagente comunitário de saúdeprograma saúde da famíliavivências de trabalhopesquisa fenomenológicacommunity health agentfamily health programliving working experiencesphenomenological researchVivências de trabalho de agentes comunitários de saúde em CampinasLiving working experiences of community health agents in Campinasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINASinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP4753420822745799Correa, Carlos Roberto SilveiraCury, Vera Engler68569750577265133414308343809480CCV – Centro de Ciências da VidaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaORIGINALccv_ppgpsico_me_Karine_C.pdfccv_ppgpsico_me_Karine_C.pdfapplication/pdf1927298http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/bitstream/123456789/15812/1/ccv_ppgpsico_me_Karine_C.pdf0211d039e4c54ec656e3360e304de4d7MD51123456789/158122022-09-02 11:36:13.97oai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/15812Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.b||sbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:48862022-09-02T14:36:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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Este estudo propôs-se a repensar a função de agente comunitário de saúde a partir da vivência particular de um grupo de agentes de um Centro de Saúde de Campinas, tanto em relação à sua dimensão institucional (como trabalho integrado a uma equipe interdisciplinar) como em relação à sua dimensão comunitária (como trabalho junto à população). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e utilizou o método fenomenológico para análise dos dados. A pesquisa também teve uma característica etnográfica devido a inserção da pesquisadora no campo e pela heterogeneidade dos dados. O universo de participantes constituiu-se de todos os agentes de saúde (24 no total) que trabalham em um Centro de Saúde da região sul do Município de Campinas-SP. Seis agentes comunitários de saúde foram entrevistados, um de cada equipe local de referência do Programa Saúde da Família. O critério de escolha para as entrevistas foi o envolvimento efetivo com a função de agente. Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram: diário de campo e entrevista não-diretiva ativa. Os depoimentos foram estimulados por uma pergunta disparadora sobre o que significava para os depoentes, de acordo com sua experiência, ser um agente comunitário de saúde. Os depoimentos foram gravados, após consentimentos dos participantes. Concluiu-se que: 1) O trabalho do agente comunitário de saúde representa uma grande eficácia para o Sistema de Saúde; 2) Para os agentes estabelecerem um vínculo com a população e desenvolverem ações mais efetivas junto a mesma, é importante que tenham ou desenvolvam algumas atitudes como: empatia; disponibilidade de escuta, acolhimento, preocupação ética; profissionalismo, saber abordar as pessoas, responsabilização e comprometimento; 3) A presença do agente na equipe representa uma ampliação das ações e possibilita uma troca de saberes; 4) O papel social do agente comunitário de saúde é o aspecto que mais o diferencia de outros profissionais da equipe; 5) Existe um grau de satisfação pessoal elevado pela ajuda que podem oferecer a população. A partir do relato das vivências sobre situações difíceis no cotidiano do agente, foi possível evidenciar algumas propostas para que este trabalhador de saúde seja melhor potencializado em sua função; sugere-se que: I) Deva existir uma capacitação constante, principalmente na abordagem de situações que geram mobilização emocional; II) Considera-se importante delimitar a identidade profissional do agente, tanto dentro como fora da Instituição para que as pessoas tenham maior clareza de seu papel profissional; III) Faz-se necessário a contratação de profissionais que possam auxiliar nos serviços administrativos dentro da Instituição de forma a dispensar os agentes desta função e potencializar sua dimensão comunitária; IV) As atividades nas equipes de Saúde da Família precisam ser melhor integrados para permitirem trocas efetivas entre os profissionais; V) É necessário repensar sobre formas de contratação que levem em conta características pessoais importantes para o desenvolvimento da função e que possibilitem uma melhor forma de remuneração desses profissionais, para que tenham perspectivas de continuidade no cargo de agente comunitário de saúde. |
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