"Quem cuida é a mãe”: Imaginário coletivo de mediadores judiciais sobre cuidado dos filhos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15590 |
Resumo: | A presente tese tem como objetivo investigar imaginários coletivos sobre criação dos filhos na contemporaneidade. Justifica-se na medida em que as recentes transformações, derivadas do ingresso da mulher no mercado de trabalho, não parecem ter alterado o imaginário segundo o qual a mãe biológica seria a melhor cuidadora dos filhos. Organiza-se, metodologicamente, adotando a perspectiva da psicologia psicanalítica concreta, por meio de entrevistas psicológicas coletivas, durante as quais 12 mediadores judiciais, escolhidos como participantes pelo fato de serem frequentemente convocados a atuar em casos de separação de casais com filhos em comum, foram abordados por meio do uso do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema. Após abordar o material em termos daquilo que se apresentava no campo da consciência dos participantes, passamos a considerá-lo à luz do método psicanalítico, o que permitiu a produção interpretativa de quatro campos de sentido afetivo emocional ou inconscientes intersubjetivos: “Quem cuida é a mãe”, “Pai presente”, “Pais brigando, filhos prejudicados” e “Pais dialogando, filhos preservados”. O quadro geral indica que predomina, entre os participantes, um imaginário conservador, conforme o qual o melhor cuidado infantil é aquele proporcionado pela mãe biológica no contexto da família nuclear. Também ficou evidenciada a crença de que a qualidade do vínculo conjugal está diretamente ligada ao bem-estar dos filhos, podendo dificultar a distinção entre questões da conjugalidade e funções relacionadas à parentalidade. |
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Fonseca-Inacarato, Gisele MeirellesPontifícia Universidade Católica de CampinasVaisberg, Tania Maria Jose Aiello2022-02-16T18:38:38Z2022-02-16T18:38:38Z2021-02-24http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/155904287271678294076A presente tese tem como objetivo investigar imaginários coletivos sobre criação dos filhos na contemporaneidade. Justifica-se na medida em que as recentes transformações, derivadas do ingresso da mulher no mercado de trabalho, não parecem ter alterado o imaginário segundo o qual a mãe biológica seria a melhor cuidadora dos filhos. Organiza-se, metodologicamente, adotando a perspectiva da psicologia psicanalítica concreta, por meio de entrevistas psicológicas coletivas, durante as quais 12 mediadores judiciais, escolhidos como participantes pelo fato de serem frequentemente convocados a atuar em casos de separação de casais com filhos em comum, foram abordados por meio do uso do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema. Após abordar o material em termos daquilo que se apresentava no campo da consciência dos participantes, passamos a considerá-lo à luz do método psicanalítico, o que permitiu a produção interpretativa de quatro campos de sentido afetivo emocional ou inconscientes intersubjetivos: “Quem cuida é a mãe”, “Pai presente”, “Pais brigando, filhos prejudicados” e “Pais dialogando, filhos preservados”. O quadro geral indica que predomina, entre os participantes, um imaginário conservador, conforme o qual o melhor cuidado infantil é aquele proporcionado pela mãe biológica no contexto da família nuclear. Também ficou evidenciada a crença de que a qualidade do vínculo conjugal está diretamente ligada ao bem-estar dos filhos, podendo dificultar a distinção entre questões da conjugalidade e funções relacionadas à parentalidade.This thesis investigates collective imaginaries about parenting in the contemporary world. The research is justified on the observation that recent changes caused by the increased participation of women in the job market have not altered the collective imaginary which assumes that the biological mother is the best child caregiver. This study is methodologically organized based on the perspective of the concrete psychoanalytic psychology, using psychological collective interviews with 12 judicial mediators chosen as participants because they were often summoned to act in cases of separation of couples with children in common. They were approached using the Thematic Drawing-and-Story Procedure. After approaching the material in terms of what was presented in the field of participants consciousness, this material was considered according to the psychoanalytic method allowed the interpretative production of four affective- emotional sense fields or relative unconscious intersubjective: “Who cares is the mother”, “Present father”, “Parents fighting, children damaged”, “Parents talking, children preserved”. The general analysis of the responses shows that it prevails among the participants a conservative imaginary which believes that the best childcare possibly given is provided by the biological mother in the context of the nuclear family. It was evident the participants believed that the quality of the marital bond is directly linked to the well-being of the children, which may make it difficult to distinguish between issues of conjugality and functions related to parenting.Esta tesis tiene como objetivo investigar imaginarios colectivos sobre la crianza de los hijos en la contemporaneidad. Se justifica en la medida en que las recientes transformaciones, derivadas del ingreso de la mujer en el mercado de trabajo, no parecen haber alterado el imaginario según el cual la madre biológica sería la mejor cuidadora de los hijos. Se organiza metodológicamente, adoptando la perspectiva de la psicología psicoanalítica concreta, por medio de entrevistas psicológicas colectivas durante las cuales se abordaron, por medio del uso del Procedimiento de Dibujos-Historias con Tema, a 12 mediadores judiciales escogidos como participantes por el hecho de ser convocados frecuentemente para actuar en casos de separación de parejas con hijos en común. Después de abordar el material en términos de lo que se presentaba en el campo de la consciencia de los participantes, pasamos a considerarlo a la luz del método psicoanalítico, lo que permitió la producción interpretativa de cuatro campos de sentido afectivo emocional o inconscientes intersubjetivos relativos: “Quien cuida es la madre”, “Padre presente”, “Padres peleando, hijos perjudicados” y “Padres dialogando, hijos preservados”. El cuadro general indica que predomina entre los participantes un imaginario conservador, según el cual el mejor cuidado infantil es el proporcionado por la madre biológica en el contexto de la familia nuclear. También resultó evidente la creencia de que la calidad del vínculo conyugal está relacionada directamente al bienestar de los hijos, pudiendo dificultar la distinción entre cuestiones de la conyugalidad y las funciones relacionadas a la parentalidad.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporPUC-CampinasPsicologia ClínicaParentalidadeDivórcioCuidado InfantilImaginário ColetivoMétodo PsicanalíticoClinical PsychologyParentingDivorceChildcareCollective ImaginaryPsychoanalytical MethodPsicología ClínicaParentalidadDivorcioCuidado InfantilImaginario ColectivoMétodo Psicoanalítico"Quem cuida é a mãe”: Imaginário coletivo de mediadores judiciais sobre cuidado dos filhosWho cares is the mother”: Collective imaginary of judicial mediators about children careinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINASinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP4670585523085617Messias, João Carlos CaselliGranato, Tania Mara MarquesCorradi-Webster, Clarissa MendonçaTachibana, Miriam7861317602243394010326772654471328586083414970723752881575325289CCV – Centro de Ciências da VidaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaORIGINALccv_ppgpsico_dr_Gisele_MFI.pdfccv_ppgpsico_dr_Gisele_MFI.pdfapplication/pdf3118240http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/bitstream/123456789/15590/1/ccv_ppgpsico_dr_Gisele_MFI.pdf3991a92653a2b6b3c2b0319fbd66a501MD51123456789/155902022-09-02 11:37:00.267oai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/15590Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.b||sbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:48862022-09-02T14:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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A presente tese tem como objetivo investigar imaginários coletivos sobre criação dos filhos na contemporaneidade. Justifica-se na medida em que as recentes transformações, derivadas do ingresso da mulher no mercado de trabalho, não parecem ter alterado o imaginário segundo o qual a mãe biológica seria a melhor cuidadora dos filhos. Organiza-se, metodologicamente, adotando a perspectiva da psicologia psicanalítica concreta, por meio de entrevistas psicológicas coletivas, durante as quais 12 mediadores judiciais, escolhidos como participantes pelo fato de serem frequentemente convocados a atuar em casos de separação de casais com filhos em comum, foram abordados por meio do uso do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema. Após abordar o material em termos daquilo que se apresentava no campo da consciência dos participantes, passamos a considerá-lo à luz do método psicanalítico, o que permitiu a produção interpretativa de quatro campos de sentido afetivo emocional ou inconscientes intersubjetivos: “Quem cuida é a mãe”, “Pai presente”, “Pais brigando, filhos prejudicados” e “Pais dialogando, filhos preservados”. O quadro geral indica que predomina, entre os participantes, um imaginário conservador, conforme o qual o melhor cuidado infantil é aquele proporcionado pela mãe biológica no contexto da família nuclear. Também ficou evidenciada a crença de que a qualidade do vínculo conjugal está diretamente ligada ao bem-estar dos filhos, podendo dificultar a distinção entre questões da conjugalidade e funções relacionadas à parentalidade. |
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