Estudos sobre metodologias tradicional e ativas no ensino superior? conceitos, problematizações e desafios
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16782 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo analisar a metodologia tradicional da Aula Expositiva e as metodologias ativas, Sala de Aula Invertida e PBL, visando identificar limites e potências em relação ao uso das metodologias e seus efeitos para a formação de alunos no ensino superior, elegendo dois núcleos temáticos: a autonomia e a formação de sujeitos críticos. O estudo tem fundamentação teórica no Materialismo Histórico-Dialético e na Teoria Histórico-Cultural. A metodologia de ensino “Aula Expositiva”, conhecida por ser a tradicional, possui como premissa um cenário no qual o professor ministra suas aulas e decide quais estratégias serão utilizadas para atingir os objetivos propostos. As metodologias ativas partem da premissa de que o docente não deve ser a única fonte de conhecimento; assim, o docente deixa de ser o “transmissor” e passa a ser o mediador. Entretanto, muito tem se falado sobre as metodologias ativas e poucos estudos são apresentados envolvendo reflexões fundamentadas de forma teórica e empírica. Nos trabalhos analisados, a partir de pesquisa bibliográfica, não identificamos nenhum estudo que tenha sido realizado nos moldes metodológicos aqui utilizados: a aplicação dessas metodologias no ensino superior, investigando por um ano (dois semestres) a metodologia tradicional e as metodologias ativas (Sala de Aula Invertida e PBL), buscando a percepção dos alunos em um primeiro contato, a real experiência do professor também logo no início na elaboração e aplicação das metodologias, bem como as perspectivas e os desafios sob a ótica dos alunos e do professor. Esta pesquisa foi realizada em um Centro Universitário localizado no interior de São Paulo, no curso de Sistemas de Informação, no 6º e 7º semestres, respectivamente. A investigação foi realizada por meio de pesquisa da própria prática. O material empírico foi produzido através de 4 procedimentos: (i) entrevista semiestruturada com os discentes, (ii) produção de narrativas pelos discentes, (iii) observação dos discentes durante o período letivo de Set/2019 a Dez/2019 e Fev/2020 a Jun/2020 e (iv) produção de narrativas pela docente. Sendo em (i) entrevista realizada por meio de um roteiro semiestruturado e áudio gravada; (ii) produção de narrativas pelos discentes feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia; (iii) observação feita de maneira cursiva durante os períodos supracitados; (iv) produção de narrativa pela docente feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia. Resultados apontam que não há unanimidade dos alunos quanto à aplicação de cada metodologia e os argumentos utilizados para avaliar positiva ou negativamente cada uma delas são pouco densos e remetem pouco a questões relevantes de conteúdo. Defendemos nesse trabalho a tese de que as propagadas potências acerca da constituição de autonomia, reflexão crítica, cidadania, dos discentes como agentes transformadores da sociedade, não são alcançadas a partir da mera aplicação das metodologias ativas. Para tal, é necessário um trabalho intenso, sistemático, explícito, de longa duração e coordenado pelo professor, sem o que o real efeito das metodologias ativas se circunscreve a amenizar o processo de ensino-aprendizagem, mas não revoluciona os humanos que queremos formar. Também se analisa que ainda falta um olhar mais direcionado ao campo universitário no que compete à aplicação de metodologias, de modo que docentes e discentes consigam aprimorar as relações de ensino-aprendizagem. |
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Freitas, Jessica Aparecida PaulinoPontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)Rocha, Maria Silvia Pinto de Moura Librandi da2023-04-11T14:03:42Z2023-04-11T14:03:42Z2023-02-16http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/167823659929915956787Este trabalho teve como objetivo analisar a metodologia tradicional da Aula Expositiva e as metodologias ativas, Sala de Aula Invertida e PBL, visando identificar limites e potências em relação ao uso das metodologias e seus efeitos para a formação de alunos no ensino superior, elegendo dois núcleos temáticos: a autonomia e a formação de sujeitos críticos. O estudo tem fundamentação teórica no Materialismo Histórico-Dialético e na Teoria Histórico-Cultural. A metodologia de ensino “Aula Expositiva”, conhecida por ser a tradicional, possui como premissa um cenário no qual o professor ministra suas aulas e decide quais estratégias serão utilizadas para atingir os objetivos propostos. As metodologias ativas partem da premissa de que o docente não deve ser a única fonte de conhecimento; assim, o docente deixa de ser o “transmissor” e passa a ser o mediador. Entretanto, muito tem se falado sobre as metodologias ativas e poucos estudos são apresentados envolvendo reflexões fundamentadas de forma teórica e empírica. Nos trabalhos analisados, a partir de pesquisa bibliográfica, não identificamos nenhum estudo que tenha sido realizado nos moldes metodológicos aqui utilizados: a aplicação dessas metodologias no ensino superior, investigando por um ano (dois semestres) a metodologia tradicional e as metodologias ativas (Sala de Aula Invertida e PBL), buscando a percepção dos alunos em um primeiro contato, a real experiência do professor também logo no início na elaboração e aplicação das metodologias, bem como as perspectivas e os desafios sob a ótica dos alunos e do professor. Esta pesquisa foi realizada em um Centro Universitário localizado no interior de São Paulo, no curso de Sistemas de Informação, no 6º e 7º semestres, respectivamente. A investigação foi realizada por meio de pesquisa da própria prática. O material empírico foi produzido através de 4 procedimentos: (i) entrevista semiestruturada com os discentes, (ii) produção de narrativas pelos discentes, (iii) observação dos discentes durante o período letivo de Set/2019 a Dez/2019 e Fev/2020 a Jun/2020 e (iv) produção de narrativas pela docente. Sendo em (i) entrevista realizada por meio de um roteiro semiestruturado e áudio gravada; (ii) produção de narrativas pelos discentes feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia; (iii) observação feita de maneira cursiva durante os períodos supracitados; (iv) produção de narrativa pela docente feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia. Resultados apontam que não há unanimidade dos alunos quanto à aplicação de cada metodologia e os argumentos utilizados para avaliar positiva ou negativamente cada uma delas são pouco densos e remetem pouco a questões relevantes de conteúdo. Defendemos nesse trabalho a tese de que as propagadas potências acerca da constituição de autonomia, reflexão crítica, cidadania, dos discentes como agentes transformadores da sociedade, não são alcançadas a partir da mera aplicação das metodologias ativas. Para tal, é necessário um trabalho intenso, sistemático, explícito, de longa duração e coordenado pelo professor, sem o que o real efeito das metodologias ativas se circunscreve a amenizar o processo de ensino-aprendizagem, mas não revoluciona os humanos que queremos formar. Também se analisa que ainda falta um olhar mais direcionado ao campo universitário no que compete à aplicação de metodologias, de modo que docentes e discentes consigam aprimorar as relações de ensino-aprendizagem.This study aimed to analyze the traditional methodology of the Lecture Class and the active methodologies, Flipped Classroom and PBL, aiming to identify limits and possibilities related to the use of methodologies and their effects for the students’ education in university teaching, electing two thematic topics: autonomy and the education of critical subjects. The study is theoretically based on Historical-Dialectical Materialism and Cultural-Historical Theory. The “Lecture Class” teaching methodology, known for being the traditional one, has as its premise a scenario in which the teacher teaches the classes and decides which strategies will be used to achieve the proposed objectives. Active methodologies are based on the premise that the teacher should not be the only source of knowledge; thus, the teacher ceases to be the “transmitter” and becomes the mediator. However, much has been said about active methodologies and few studies are presented involving theoretically and empirically grounded reflections. In the papers analyzed from bibliographical research, we did not identify any study that has been carried out in the methodological models used here: the application of these methodologies in university teaching, investigating for one year (two semesters) the traditional methodology and the active methodologies (Flipped Classroom and PBL), seeking the students’ perception in a first contact, the actual experience of the teacher also at the beginning in the development and application of the methodologies, as well as the perspectives and challenges from the perspective of the students and the teacher. This research was carried out in a University Center located in the State of São Paulo, in the Information Systems course, in the 6th and 7th semesters, respectively. Teachers’ practices itself was object of investigation. The empirical material was produced through 4 procedures: (i) semi-structured interview with students, (ii) production of narratives by students, (iii) observation of students during the academic period from Sep/2019 to Dec/2019 and Feb/2020 to Jun/2020, and (iv) production of narratives by the teacher. These were as follows: (i) interview conducted through a semi-structured script and audio recorded; (ii) production of written narratives by the students at the end of the application of each methodology; (iii) observation conducted cursively during the above-mentioned periods; (iv) production of a written narrative by the teacher at the end of the application of each methodology. Results indicate that there is no unanimity among the students regarding the application of each methodology and the arguments used to evaluate positively or negatively each one of them are not very dense and refer little to relevant content issues. In this study, we defend the thesis that the propagated possibilities about the constitution of autonomy, critical reflection, citizenship, of the students as agents of transformation of society are not achieved from the mere application of active methodologies. For that, it is necessary an intense, systematic, explicit, long-term work coordinated by the teacher, without which the real effect of the active methodologies is limited to softening the teaching-learning process but does not revolutionize the humans we want to educate. It is also analyzed that there is still a lack of a more focused look at the university field regarding the application of methodologies, so that teachers and students can improve the teaching-learning relationships.Não recebi financiamentoporPontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)metodologia tradicionalmetodologia ativateoria histórico-culturalmaterialismo histórico-dialéticotraditional methodologyactive methodologycultural-historical theoryhistorical-dialectical materialismEstudos sobre metodologias tradicional e ativas no ensino superior? conceitos, problematizações e desafiosStudies on traditional and active methodologies in higher education? concepts, problematizations and challengesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINASinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP5277455644761315Tortella, Jussara Cristina BarbozaTassoni, Elvira Cristina MartinsAragão, Ana Maria Falcão deMegid, Maria Auxiliadora Bueno Andrade7126514256674237702538067955821600781298243406717733644439876265Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CCHSA)EducaçãoOnlineNão se aplicaLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-80http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/bitstream/123456789/16782/2/license.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD52ORIGINALcchsa_ppgedu_tese_freitas_jap.pdfcchsa_ppgedu_tese_freitas_jap.pdfapplication/pdf1656241http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/bitstream/123456789/16782/1/cchsa_ppgedu_tese_freitas_jap.pdf9971ef84e76f45bb87c679a8dcd641b3MD51123456789/167822023-04-11 11:03:43.538oai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/16782Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.b||sbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:48862023-04-11T14:03:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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Este trabalho teve como objetivo analisar a metodologia tradicional da Aula Expositiva e as metodologias ativas, Sala de Aula Invertida e PBL, visando identificar limites e potências em relação ao uso das metodologias e seus efeitos para a formação de alunos no ensino superior, elegendo dois núcleos temáticos: a autonomia e a formação de sujeitos críticos. O estudo tem fundamentação teórica no Materialismo Histórico-Dialético e na Teoria Histórico-Cultural. A metodologia de ensino “Aula Expositiva”, conhecida por ser a tradicional, possui como premissa um cenário no qual o professor ministra suas aulas e decide quais estratégias serão utilizadas para atingir os objetivos propostos. As metodologias ativas partem da premissa de que o docente não deve ser a única fonte de conhecimento; assim, o docente deixa de ser o “transmissor” e passa a ser o mediador. Entretanto, muito tem se falado sobre as metodologias ativas e poucos estudos são apresentados envolvendo reflexões fundamentadas de forma teórica e empírica. Nos trabalhos analisados, a partir de pesquisa bibliográfica, não identificamos nenhum estudo que tenha sido realizado nos moldes metodológicos aqui utilizados: a aplicação dessas metodologias no ensino superior, investigando por um ano (dois semestres) a metodologia tradicional e as metodologias ativas (Sala de Aula Invertida e PBL), buscando a percepção dos alunos em um primeiro contato, a real experiência do professor também logo no início na elaboração e aplicação das metodologias, bem como as perspectivas e os desafios sob a ótica dos alunos e do professor. Esta pesquisa foi realizada em um Centro Universitário localizado no interior de São Paulo, no curso de Sistemas de Informação, no 6º e 7º semestres, respectivamente. A investigação foi realizada por meio de pesquisa da própria prática. O material empírico foi produzido através de 4 procedimentos: (i) entrevista semiestruturada com os discentes, (ii) produção de narrativas pelos discentes, (iii) observação dos discentes durante o período letivo de Set/2019 a Dez/2019 e Fev/2020 a Jun/2020 e (iv) produção de narrativas pela docente. Sendo em (i) entrevista realizada por meio de um roteiro semiestruturado e áudio gravada; (ii) produção de narrativas pelos discentes feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia; (iii) observação feita de maneira cursiva durante os períodos supracitados; (iv) produção de narrativa pela docente feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia. Resultados apontam que não há unanimidade dos alunos quanto à aplicação de cada metodologia e os argumentos utilizados para avaliar positiva ou negativamente cada uma delas são pouco densos e remetem pouco a questões relevantes de conteúdo. Defendemos nesse trabalho a tese de que as propagadas potências acerca da constituição de autonomia, reflexão crítica, cidadania, dos discentes como agentes transformadores da sociedade, não são alcançadas a partir da mera aplicação das metodologias ativas. Para tal, é necessário um trabalho intenso, sistemático, explícito, de longa duração e coordenado pelo professor, sem o que o real efeito das metodologias ativas se circunscreve a amenizar o processo de ensino-aprendizagem, mas não revoluciona os humanos que queremos formar. Também se analisa que ainda falta um olhar mais direcionado ao campo universitário no que compete à aplicação de metodologias, de modo que docentes e discentes consigam aprimorar as relações de ensino-aprendizagem. |
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