Quantas vidas vive um trabalhador? Trabalho e cultura popular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15597 |
Resumo: | A presente pesquisa parte da premissa de que o trabalho, além de ser ontologicamente a categoria responsável pela constituição do homem enquanto ser social, é o grande organizador da vida cotidiana na contemporaneidade. Além disso, é a organização social do trabalho que termina por demarcar os lugares na macroestrutura bem como definir a possibilidade de trânsito e pertencimento social. Assim, partindo do princípio de que as sociedades ocidentais contemporâneas tornaram-se sobretudo sociedades formadas por trabalhadores, que têm no trabalho o grande alicerce objetivo e simbólico de suas vidas, ou seja, para além de uma atividade que garanta a subsistência, o trabalho tornou-se a categoria responsável pela ancoragem identitária do homem contemporâneo. Diante disso, a presente proposta dedicou-se a pensar a vida de trabalhadores pobres, tendo como objetivo entender a possibilidade de construção de pertencimento social, material e simbólico, de pessoas que desenvolvam atividades em categorias profissionais consideradas socialmente desqualificadas e que participem sistemática e ativamente em atividades ligadas à cultura popular. Foi desenvolvida por meio do chamado enfoque biográfico, a partir da pergunta disparadora; "Conte-me sua história de vida?", as narrativas foram áudio gravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra, tendo sido então analisadas à luz das proposições da Psicologia Social e áreas afins. Foram entrevistados dois homens, ao longo de dois anos, o primeiro deles de 25 anos e presidente de uma Escola de Samba do interior paulista; o segundo um embaixador de "Folia dos Reis", de 78 anos. Foram realizadas cinco entrevistas com cada um deles. Como resultado pode-se apontar qua a inserção na cultura popular serviu como suporte a vivências que fogem à submissão e ao adoecimento mental e físico dos trabalhadores , bem como pode-se afirmar que ambos os sujeitos mantém-se ativos e desenvolvem atividades consideradas socialmente relevantes, ainda que sejam pungentes as dificuldades econômicas e sociais vivenciadas por ambos. |
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Büll, SandraPontifícia Universidade Católica de CampinasBernardo, Márcia Hespanhol2022-02-16T18:39:05Z2022-02-16T18:39:05Z2016-02-23http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/155978100329555538598A presente pesquisa parte da premissa de que o trabalho, além de ser ontologicamente a categoria responsável pela constituição do homem enquanto ser social, é o grande organizador da vida cotidiana na contemporaneidade. Além disso, é a organização social do trabalho que termina por demarcar os lugares na macroestrutura bem como definir a possibilidade de trânsito e pertencimento social. Assim, partindo do princípio de que as sociedades ocidentais contemporâneas tornaram-se sobretudo sociedades formadas por trabalhadores, que têm no trabalho o grande alicerce objetivo e simbólico de suas vidas, ou seja, para além de uma atividade que garanta a subsistência, o trabalho tornou-se a categoria responsável pela ancoragem identitária do homem contemporâneo. Diante disso, a presente proposta dedicou-se a pensar a vida de trabalhadores pobres, tendo como objetivo entender a possibilidade de construção de pertencimento social, material e simbólico, de pessoas que desenvolvam atividades em categorias profissionais consideradas socialmente desqualificadas e que participem sistemática e ativamente em atividades ligadas à cultura popular. Foi desenvolvida por meio do chamado enfoque biográfico, a partir da pergunta disparadora; "Conte-me sua história de vida?", as narrativas foram áudio gravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra, tendo sido então analisadas à luz das proposições da Psicologia Social e áreas afins. Foram entrevistados dois homens, ao longo de dois anos, o primeiro deles de 25 anos e presidente de uma Escola de Samba do interior paulista; o segundo um embaixador de "Folia dos Reis", de 78 anos. Foram realizadas cinco entrevistas com cada um deles. Como resultado pode-se apontar qua a inserção na cultura popular serviu como suporte a vivências que fogem à submissão e ao adoecimento mental e físico dos trabalhadores , bem como pode-se afirmar que ambos os sujeitos mantém-se ativos e desenvolvem atividades consideradas socialmente relevantes, ainda que sejam pungentes as dificuldades econômicas e sociais vivenciadas por ambos.This research starts from the premise that a job, besides being ontologically the category responsible for the constitution of the man as a social being, it is the biggest organizer of everyday life nowadays. Moreover, it is the social organization of work that marks the places in the macro structure and defines the possibility of transit and social belonging. Thus, assuming that contemporary Western societies have become especially societies formed by workers, who have in their jobs the objective and symbolic bases of their lives, that is to say, as well as an activity that ensures the living, work became the category responsible for anchoring identity of contemporary man. Therefore, this work was dedicated to think about the lives of poor workers, aiming to understand the possibility of construction of social, material and symbolic belonging, people who develop activities in professional categories considered socially disqualified and participate systematically and actively in activities related to popular culture. It was developed in a way called biographical focus from the starter question; "Can you tell me the story of your life", the arratives were recorded and then transcribed with integrity, and was then analyzed in the light of the propositions of Social Psychology and related areas. Along two years two men were interviewed, the first of them was 25 years old and president of a Samba School of the countryside of the state of São Paulo; the second man, a 78 years old is an ambassador of a group of "Folia de Reis". Five interviews with each of them were made. As a result, we can point that the inclusion in popular culture served as support of experiences different then submission or mental and physical illness of workers, and it can be said that both individuals remain active and develop activities considered socially relevant, even though the economic and social difficulties experienced by both are still poignant.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporPUC-Campinastrabalhocultura populardesqualificação socialworkpopular culturesocial disqualificationQuantas vidas vive um trabalhador? Trabalho e cultura popularHow many lives does a work lives? Work and popular cultureinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINASinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP5360176761598675Souza, Vera Lucia Trevisan deGuzzo, Raquel Souza LoboCoutinho, Maria ChalfinOliveira, Fábio de687695424377446488631631528484058564925191678885CCV – Centro de Ciências da VidaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaORIGINALccv_ppgpsico_dr_Sandra_B.pdfccv_ppgpsico_dr_Sandra_B.pdfapplication/pdf1835283http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/bitstream/123456789/15597/1/ccv_ppgpsico_dr_Sandra_B.pdf3fd0631051f12a7c72d630b4ff06f838MD51123456789/155972022-09-02 11:36:51.411oai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/15597Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.b||sbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:48862022-09-02T14:36:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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