A noção de ego na obra de D.W Winnicott

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Saulo Durso
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15914
Resumo: Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo crítico da noção de ego na obra de Winnicott. Tomam-se, como linha organizadora deste estudo, os trabalhos em que Winnicott trata diretamente da questão, assim como de críticas feitas por ele a outros autores no que se refere ao tema. Em primeiro lugar, procura-se explicitar as teses gerais de Freud e Klein sobre a noção de ego por serem estes dois autores, as principais influências de Winnicott. Será também explicitada a noção de ego desenvolvida por Fairbairn, dado que o diálogo e o posicionamento de Winnicott em relação às concepções de Fairbairn é um fator significativo para a compreensão das concepções elaboradas por Winnicott. Em seguida, procura-se esclarecer as noções de self, ego, EU SOU, e narcisismo primário, em Winnicott, mostrando que para ele não há, no início, um ego primordial, dada a grande imaturidade do bebê. Esta posição de Winnicott o levará a uma concepção diferente daquela proposta por outros autores clássicos da psicanálise, mais ainda, ele apresentará dois sentidos para a noção de ego. Primeiro, como uma tendência inata do indivíduo a se integrar, levando assim a uma teoria sobre a constituição do ego como uma unidade a ser conquistada a partir da qual relações objetais possam ser estabelecidas. Segundo, Winnicott refere-se ao ego como sendo a expressão dos diversos tipos de integração que se referem à constituição e unidade do sujeito psicológico. O esclarecimento e a compreensão que Winnicott tem dos processos de integração do ego contribuem tanto para compreender as dinâmicas que compõem as fases mais primitivas do desenvolvimento, quanto contribuem para clarificar em que sentido a teoria psicanalítica se desenvolveu com a obra deste autor.
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spelling Ferreira, Saulo DursoPontifícia Universidade Católica de CampinasFulgencio, Leopoldo2022-02-16T18:58:56Z2022-02-16T18:58:56Z2011-02-15http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/159148438656918002183Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo crítico da noção de ego na obra de Winnicott. Tomam-se, como linha organizadora deste estudo, os trabalhos em que Winnicott trata diretamente da questão, assim como de críticas feitas por ele a outros autores no que se refere ao tema. Em primeiro lugar, procura-se explicitar as teses gerais de Freud e Klein sobre a noção de ego por serem estes dois autores, as principais influências de Winnicott. Será também explicitada a noção de ego desenvolvida por Fairbairn, dado que o diálogo e o posicionamento de Winnicott em relação às concepções de Fairbairn é um fator significativo para a compreensão das concepções elaboradas por Winnicott. Em seguida, procura-se esclarecer as noções de self, ego, EU SOU, e narcisismo primário, em Winnicott, mostrando que para ele não há, no início, um ego primordial, dada a grande imaturidade do bebê. Esta posição de Winnicott o levará a uma concepção diferente daquela proposta por outros autores clássicos da psicanálise, mais ainda, ele apresentará dois sentidos para a noção de ego. Primeiro, como uma tendência inata do indivíduo a se integrar, levando assim a uma teoria sobre a constituição do ego como uma unidade a ser conquistada a partir da qual relações objetais possam ser estabelecidas. Segundo, Winnicott refere-se ao ego como sendo a expressão dos diversos tipos de integração que se referem à constituição e unidade do sujeito psicológico. O esclarecimento e a compreensão que Winnicott tem dos processos de integração do ego contribuem tanto para compreender as dinâmicas que compõem as fases mais primitivas do desenvolvimento, quanto contribuem para clarificar em que sentido a teoria psicanalítica se desenvolveu com a obra deste autor.The main stream of this study is the works in which Winnicott directly addresses the question as well as the criticisms he made to other authors with regard to this subject. Firstly, it is explained the general theories of Freud and Klein on the concept of ego because these two authors are the main influences of Winnicott. It is also explained the concept of ego, developed by Fairbairn since the dialogue and position of Winnicott towards Fairbairn´s ideas is a significant factor for understanding the concepts elaborated by Winnicott. Then it attempts to clarify the notions of self, ego, I AM, and primary narcissism according to Winnicott, showing that for this author, at the beginning, there is not a primordial ego, due to the great immaturity of the baby. This position of Winnicott will lead him to a different concept from that proposed by other authors from classical psychoanalysis, even more, he will present two meanings for the notion of ego. First, as an individual's innate tendency to integrate, thus leading to a theory about the formation of the ego as a unity to be achieved from which object relations can be established Second, Winnicott refers to the ego as the expression of various types of integration that refer to the constitution and unity of the psychological subject. Winnicott´s clarification and understanding of the integration processes of the ego contribute both to understand the dynamics that make up the earliest phases of development, and help to clarify the sense in which psychoanalytic theory has developed with the works by this author.porPUC-CampinasegoselfambienteimaturidadeintegraçãoegoselfenvironmentimmaturityintegrationA noção de ego na obra de D.W WinnicottThe concept of ego in the work of D. W. Winnicotinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINASinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP7198839122729741Vaisberg, Tania Maria Jose AielloBarretta, Joao Paulo Fernandes46705855230856173897334253407224CCV – Centro de Ciências da VidaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaORIGINALccv_ppgpsico_me_Saulo_DF.pdfccv_ppgpsico_me_Saulo_DF.pdfapplication/pdf849290http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/bitstream/123456789/15914/1/ccv_ppgpsico_me_Saulo_DF.pdfcaccdd2935c93e1ff2593fbd8196ce80MD51123456789/159142022-09-02 11:36:16.663oai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/15914Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.b||sbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:48862022-09-02T14:36:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false
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description Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo crítico da noção de ego na obra de Winnicott. Tomam-se, como linha organizadora deste estudo, os trabalhos em que Winnicott trata diretamente da questão, assim como de críticas feitas por ele a outros autores no que se refere ao tema. Em primeiro lugar, procura-se explicitar as teses gerais de Freud e Klein sobre a noção de ego por serem estes dois autores, as principais influências de Winnicott. Será também explicitada a noção de ego desenvolvida por Fairbairn, dado que o diálogo e o posicionamento de Winnicott em relação às concepções de Fairbairn é um fator significativo para a compreensão das concepções elaboradas por Winnicott. Em seguida, procura-se esclarecer as noções de self, ego, EU SOU, e narcisismo primário, em Winnicott, mostrando que para ele não há, no início, um ego primordial, dada a grande imaturidade do bebê. Esta posição de Winnicott o levará a uma concepção diferente daquela proposta por outros autores clássicos da psicanálise, mais ainda, ele apresentará dois sentidos para a noção de ego. Primeiro, como uma tendência inata do indivíduo a se integrar, levando assim a uma teoria sobre a constituição do ego como uma unidade a ser conquistada a partir da qual relações objetais possam ser estabelecidas. Segundo, Winnicott refere-se ao ego como sendo a expressão dos diversos tipos de integração que se referem à constituição e unidade do sujeito psicológico. O esclarecimento e a compreensão que Winnicott tem dos processos de integração do ego contribuem tanto para compreender as dinâmicas que compõem as fases mais primitivas do desenvolvimento, quanto contribuem para clarificar em que sentido a teoria psicanalítica se desenvolveu com a obra deste autor.
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