Fadiga por compaixão na medicina veterinária: sobre quem cuida também precisar ser cuidado

• Autor(a) principal: Monteiro, Jéssica De Almeida
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS
• Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17389
• topic: Fadiga por compaixão; Empatia; Burnout; Medicina veterinária; Compassion fatigue; Empathy; Veterinary medicine

O custo do cuidar é também conhecido por fadiga por compaixão. O médico veterinário rotineiramente tem contato com mortes, doenças, falta de reconhecimento profissional, baixa remuneração, falta de espaço pessoal e o convívio com o sofrimento de animais e seus tutores, tornando propício o surgimento da fadiga por compaixão. Hoje, com as novas configurações de família, as famílias multiespécie, que se dão por laços afetivos entrepais, filhos e animais de estimação, os tutores cada vez mais buscam a empatia dos médicos veterinários. Ironicamente, é a mesma empatia que constrói uma aliança terapêutica com o cliente de conforto e confiança, que possibilita que o profissional corra orisco de sofrer por este cuidado. A fadiga por compaixão é uma síndrome complexa que carece de mais pesquisas num quadro que, mundialmente, só tende a se agravar. Os estudos recentes ainda são precariamente traduzidos em ações práticas. Contudo, sugere-se que, como forma de auxílio na prevenção da fadiga por compaixão, é indicado oferecer programas de consciência acerca da síndrome, apoio e recuperaçãoespecializada, de forma acessível desde o início da carreira, começando pela faculdade econtinuando dentro dos órgãos de classe, bem como o conhecimento e a aplicação de técnicas de autocuidado.