Análise do comportamento de dor em disfunção temporomandibular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15805 |
Resumo: | A Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida como um conjunto de distúrbios articulares e musculares na região orofacial e músculos da mastigação. A dor é o sintoma principal e é freqüentemente acompanhada por fatores comportamentais que podem contribuir para o estabelecimento e manutenção da dor. O objetivo do presente trabalho foi analisar o comportamento de dor de indivíduos com DTM e as contingências em operação no ambiente familiar. A pesquisa foi realizada em um serviço especializado no atendimento de DTM. Participaram seis pacientes, com queixa de dor facial há seis meses ou mais, com diagnóstico de dor miofascial e seus respectivos familiares, que foram: P1 (paciente e marido), P2 (paciente e irmã), P3 (paciente e esposa), P4 (paciente e filho), P5 (paciente e filha) e P6 (paciente e mãe). Os pacientes primeiramente foram atendidos por dentistas e depois encaminhados para a pesquisadora que realizou uma entrevista com paciente e familiar no mesmo dia e todos preencheram um diário por sete dias. As entrevistas e diários foram transcritos e as verbalizações categorizadas em 1- características da dor , 2- comportamentos de dor , 3- realização de atividades com dor , 4- comportamentos do familiar , 5- contexto familiar e 6- contexto trabalho . A partir dos dados obtidos com as categorizações, foram realizadas análises estatísticas sobre a concordância das respostas entre paciente e familiar no que se referiu a intensidade da dor e nas respostas dos diários e entrevistas. O teste Mann-Whitney foi utilizado para testar se os grupos foram diferentes em relação à intensidade da dor, em todas as comparações não existiram diferenças estatisticamente significantes (p>0,05). Utilizou-se a Correlação de Spearman para testar a correlação entre as intensidades relatadas por cada paciente e respectivo familiar, as correlações foram positivas e significantes, respectivamente, para P1 (rs=0,96 e p=0,0028), P2 (rs=0,89 e p=0,0333), P3 (rs=0,8 e p=0,0341) e P5 (rs=0,87 e p=0,0333). Nas entrevistas e diários aplicaram-se testes Qui-Quadrado de Aderência, comparando a freqüência dos relatos do paciente e do familiar em cada categoria (as subcategorias foram agrupadas), para verificar a existência de diferença estatística significante, os valores calculados do Qui-Quadrado foram comparados com o valor tabelado (x2=3,841) com 1 grau de liberdade, foram encontradas diferenças em P1 nas categorias 1, x2=13,3704 e 2, =9,3077, P2 nas categorias 1, x2=4,8286 e 4, x2=3,8571, P3 nas categorias 1, x2=17,0645 e 2, x2=4,5675 e P6 na categoria 2, x2=5,5538. Nos diários a diferença foi significante em P4 na categoria 2, x2=7,7586. Os comportamentos mais freqüentes foram comportamentos de dor e comportamentos do familiar em relação aos comportamentos de dor . Esta pesquisa descreveu a provável função da dor operante no ambiente familiar, em que provavelmente os comportamentos de dor são reforçados. E contribuiu para analisar a função do terapeuta comportamental dentro da equipe de saúde, que além de realizar atendimentos, deve orientar a equipe sobre a função operante da dor e seu papel na manutenção de comportamentos que aumentam a incapacidade dos pacientes e diminuem a adesão ao tratamento. |
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Scarpelli, Paula BrandãoPontifícia Universidade Católica de CampinasAmaral, Vera Lucia Adami Raposo do2022-02-16T18:56:49Z2022-02-16T18:56:49Z2008-02-13http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/158053359556554127167A Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida como um conjunto de distúrbios articulares e musculares na região orofacial e músculos da mastigação. A dor é o sintoma principal e é freqüentemente acompanhada por fatores comportamentais que podem contribuir para o estabelecimento e manutenção da dor. O objetivo do presente trabalho foi analisar o comportamento de dor de indivíduos com DTM e as contingências em operação no ambiente familiar. A pesquisa foi realizada em um serviço especializado no atendimento de DTM. Participaram seis pacientes, com queixa de dor facial há seis meses ou mais, com diagnóstico de dor miofascial e seus respectivos familiares, que foram: P1 (paciente e marido), P2 (paciente e irmã), P3 (paciente e esposa), P4 (paciente e filho), P5 (paciente e filha) e P6 (paciente e mãe). Os pacientes primeiramente foram atendidos por dentistas e depois encaminhados para a pesquisadora que realizou uma entrevista com paciente e familiar no mesmo dia e todos preencheram um diário por sete dias. As entrevistas e diários foram transcritos e as verbalizações categorizadas em 1- características da dor , 2- comportamentos de dor , 3- realização de atividades com dor , 4- comportamentos do familiar , 5- contexto familiar e 6- contexto trabalho . A partir dos dados obtidos com as categorizações, foram realizadas análises estatísticas sobre a concordância das respostas entre paciente e familiar no que se referiu a intensidade da dor e nas respostas dos diários e entrevistas. O teste Mann-Whitney foi utilizado para testar se os grupos foram diferentes em relação à intensidade da dor, em todas as comparações não existiram diferenças estatisticamente significantes (p>0,05). Utilizou-se a Correlação de Spearman para testar a correlação entre as intensidades relatadas por cada paciente e respectivo familiar, as correlações foram positivas e significantes, respectivamente, para P1 (rs=0,96 e p=0,0028), P2 (rs=0,89 e p=0,0333), P3 (rs=0,8 e p=0,0341) e P5 (rs=0,87 e p=0,0333). Nas entrevistas e diários aplicaram-se testes Qui-Quadrado de Aderência, comparando a freqüência dos relatos do paciente e do familiar em cada categoria (as subcategorias foram agrupadas), para verificar a existência de diferença estatística significante, os valores calculados do Qui-Quadrado foram comparados com o valor tabelado (x2=3,841) com 1 grau de liberdade, foram encontradas diferenças em P1 nas categorias 1, x2=13,3704 e 2, =9,3077, P2 nas categorias 1, x2=4,8286 e 4, x2=3,8571, P3 nas categorias 1, x2=17,0645 e 2, x2=4,5675 e P6 na categoria 2, x2=5,5538. Nos diários a diferença foi significante em P4 na categoria 2, x2=7,7586. Os comportamentos mais freqüentes foram comportamentos de dor e comportamentos do familiar em relação aos comportamentos de dor . Esta pesquisa descreveu a provável função da dor operante no ambiente familiar, em que provavelmente os comportamentos de dor são reforçados. E contribuiu para analisar a função do terapeuta comportamental dentro da equipe de saúde, que além de realizar atendimentos, deve orientar a equipe sobre a função operante da dor e seu papel na manutenção de comportamentos que aumentam a incapacidade dos pacientes e diminuem a adesão ao tratamento.Temporomandibular Disorder (TMD) is defined as a group of muscular and articular disorders in the masticatory muscles fitted in the orofacial region. The pain is the main symptom and is often accompanied by behavioral factors that may contribute to the establishment and maintenance of the pain. The purpose of this study was to analyze the pain behavior of individuals suffering from TMD and the contingencies operating in the familiar environment. The research was carried out in a specialized attendance treating sufferers of TMD. Six patients complaining of facial pain during six months or more and diagnosed with miofascial pain, together with one relative of each patient took part, They were: P1 (patient and husband), P2 (patient and sister), P3 (patient and wife), P4 (patient and son), P5 (patient and daughter) and P6 (patient and mother). At fist the patients were attended by dentists and afterward forwarded to the researcher who conducted an interview with patient and his/her relative on the same day and all of them registered in a diary their behavior during seven days. The interviews and diaries were transcribed and sorted into categories: 1- characteristics of the pain , 2- pain behaviors , 3- accomplishment of activities with pain , 4- behavior of the relatives , 5- familiar context, and 6- work context . From the data obtained, were carried out statistical analysis about the accordance between de answers of patient and relatives concerning the intensity of the pain and the answers registered in the diaries and interviews. The Mann-Whitney test was used to test whether the groups were different in relation to intensity of the pain, in all comparisons there were no statistically significant differences (p> 0,05). It was used Spearman Correlation to test the correlation between the intensities reported by each patient and their relative. The correlations were positive and significant, respectively, for P1 (rs=0,96 p=0,0028), P2 (rs=0,89 p=0,0333), P3 (rs=0,8 p=0,0341) and P5 (rs=0,87 p = 0,0333). In the interviews and dairies were used Chi-Square tests of adherence comparing the frequency of the reports of the patient and relatives in each category (the subcategories were grouped), to check out the existence of significant statistical difference, the values calculated from Chi-Square were compared with x2=3,841. Differences were found in P1 in categories 1, x2=13,3704 and 2, x2=9,3077, P2 in categories 1, x2=4,8286 and 4, x2=3,8571, P3 in categories 1, x2=17,0645 and 2, x2=4,5675 and in P6 in category 2, x2=5,5538. In the dairies the difference was significant in P4 in category 2, x2=7,7586. The most frequent behaviors were pain behaviors and behavior of the relative related to pain behaviors . This research described the probable function of the operant pain in the familiar environment and contributed to examine the role of the behavioral therapist in the health team, which in addition to the consultations, should guide the team about the operant function of pain and its role in keeping the behaviors which increase the disability of patients and decrease the compliance to the treatment.porPUC-Campinasdisfunção temporomandibularcomportamento de dorcontexto familiartemporomandibular disorderpain behaviorfamiliar contextAnálise do comportamento de dor em disfunção temporomandibularPain behavior analysis in temporomandibular disorderinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINASinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP6495450028343447Gorayeb, RicardoLaloni, Diana Tosello09052157144016548091464649756106CCV – Centro de Ciências da VidaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaORIGINALccv_ppgpsico_me_Paula_BS.pdfccv_ppgpsico_me_Paula_BS.pdfapplication/pdf1107074http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/bitstream/123456789/15805/1/ccv_ppgpsico_me_Paula_BS.pdfd6c0fc0827f17e23c692c4d456dbd5fdMD51123456789/158052022-09-02 11:36:13.834oai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/15805Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.b||sbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:48862022-09-02T14:36:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_CAMPINAS - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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A Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida como um conjunto de distúrbios articulares e musculares na região orofacial e músculos da mastigação. A dor é o sintoma principal e é freqüentemente acompanhada por fatores comportamentais que podem contribuir para o estabelecimento e manutenção da dor. O objetivo do presente trabalho foi analisar o comportamento de dor de indivíduos com DTM e as contingências em operação no ambiente familiar. A pesquisa foi realizada em um serviço especializado no atendimento de DTM. Participaram seis pacientes, com queixa de dor facial há seis meses ou mais, com diagnóstico de dor miofascial e seus respectivos familiares, que foram: P1 (paciente e marido), P2 (paciente e irmã), P3 (paciente e esposa), P4 (paciente e filho), P5 (paciente e filha) e P6 (paciente e mãe). Os pacientes primeiramente foram atendidos por dentistas e depois encaminhados para a pesquisadora que realizou uma entrevista com paciente e familiar no mesmo dia e todos preencheram um diário por sete dias. As entrevistas e diários foram transcritos e as verbalizações categorizadas em 1- características da dor , 2- comportamentos de dor , 3- realização de atividades com dor , 4- comportamentos do familiar , 5- contexto familiar e 6- contexto trabalho . A partir dos dados obtidos com as categorizações, foram realizadas análises estatísticas sobre a concordância das respostas entre paciente e familiar no que se referiu a intensidade da dor e nas respostas dos diários e entrevistas. O teste Mann-Whitney foi utilizado para testar se os grupos foram diferentes em relação à intensidade da dor, em todas as comparações não existiram diferenças estatisticamente significantes (p>0,05). Utilizou-se a Correlação de Spearman para testar a correlação entre as intensidades relatadas por cada paciente e respectivo familiar, as correlações foram positivas e significantes, respectivamente, para P1 (rs=0,96 e p=0,0028), P2 (rs=0,89 e p=0,0333), P3 (rs=0,8 e p=0,0341) e P5 (rs=0,87 e p=0,0333). Nas entrevistas e diários aplicaram-se testes Qui-Quadrado de Aderência, comparando a freqüência dos relatos do paciente e do familiar em cada categoria (as subcategorias foram agrupadas), para verificar a existência de diferença estatística significante, os valores calculados do Qui-Quadrado foram comparados com o valor tabelado (x2=3,841) com 1 grau de liberdade, foram encontradas diferenças em P1 nas categorias 1, x2=13,3704 e 2, =9,3077, P2 nas categorias 1, x2=4,8286 e 4, x2=3,8571, P3 nas categorias 1, x2=17,0645 e 2, x2=4,5675 e P6 na categoria 2, x2=5,5538. Nos diários a diferença foi significante em P4 na categoria 2, x2=7,7586. Os comportamentos mais freqüentes foram comportamentos de dor e comportamentos do familiar em relação aos comportamentos de dor . Esta pesquisa descreveu a provável função da dor operante no ambiente familiar, em que provavelmente os comportamentos de dor são reforçados. E contribuiu para analisar a função do terapeuta comportamental dentro da equipe de saúde, que além de realizar atendimentos, deve orientar a equipe sobre a função operante da dor e seu papel na manutenção de comportamentos que aumentam a incapacidade dos pacientes e diminuem a adesão ao tratamento. |
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