Avaliação do desempenho escolar e praxias em crianças com Epilepsia Rolândica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Ecila Paula dos Mesquita de
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Neri,Marina Liberalesso, Medeiros,Lívia Lucena de, Guimarães,Catarina Abraão, Guerreiro,Marilisa Mantovani
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Pró-fono (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872010000300009
Resumo: TEMA: Epilepsia Rolândica é a forma mais freqüente de epilepsia da infância. Ela é classificada como idiopática, idade-dependente e de evolução benigna. A ausência de comprometimento neuropsicológico faz parte dos critérios de benignidade desta síndrome epiléptica.Entretanto, recentemente têm sido sugeridos vários déficits relacionados à atenção e linguagem. OBJETIVO: o objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho escolar e investigar dificuldades práxicas em pacientes com epilepsia rolândica e comparar a um grupo controle composto por crianças normais com idade, gênero e nível escolar equivalentes. MÉTODO: dezenove pacientes com idade entre 7 e 12 anos foram submetidos a avaliação neurológica clínica, avaliação psicológica, através das Escalas Weschsler de Inteligência e avaliação fonoaudiológica, onde foram avaliados o desempenho escolar e a investigação da presença ou não de dificuldades práxicas. RESULTADOS: os dados mostraram que apesar da eficiência intelectual (medida pelo Quociente Inteligência - QI) estar dentro da média, crianças com epilepsia rolândica mostraram um desempenho significativamente mais pobre do que o grupo controle em provas de escrita, aritmética e leitura. Outro aspecto importante evidenciado foi a ausência de apraxia orofacial nas crianças do grupo afetado. CONCLUSÃO: deve ser ressaltado que a avaliação de crianças com epilepsia é necessária porque isso pode revelar distúrbios específicos que exigem ajuda profissional apropriada. Analisando a ocorrência de distúrbios de linguagem oral e/ou escrita nessas crianças, pode-se evitar um maior prejuízo acadêmico, social e emocional, afinal o prognóstico de uma síndrome epiléptica não depende exclusivamente do controle de crises, pois problemas sociais ou culturais podem interferir tanto quanto as crises na qualidade de vida dos pacientes.
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