Ocorrência de maus-tratos em crianças: formação e possibilidade de ação dos fonoaudiólogos
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pró-fono (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-56872006000100006 |
Resumo: | TEMA: este trabalho apresenta os resultados de um inquérito epidemiológico realizado com fonoaudiólogos da cidade do Rio de Janeiro (Brasil) acerca de sua experiência profissional com crianças e adolescentes vítimas de violência familiar. OBJETIVO: conhecer a ocorrência dos maus-tratos na clientela atendida por esses profissionais, caracterizando as vítimas quanto a faixa etária mais atingida, sexo, tipo de violência sofrida, agressor e tipo de queixa fonoaudiológica mais freqüente, além de conhecer como a violência foi identificada e qual foi a evolução dos casos. MÉTODO: foram enviados 500 questionários auto-administráveis por correio para uma amostra aleatória de fonoaudiólogos do Rio de Janeiro. Os questionários retornados foram identificados somente por números para garantir o anonimato. RESULTADOS: dos 224 fonoaudiólogos que responderam ao questionário, 54 atenderam pelo menos um caso de mau-trato, sendo a maioria composta por crianças. O principal agressor foi a mãe e o tipo de violência mais identificada foi a física. O atraso de linguagem foi a queixa fonoaudiológica mais freqüente nas vítimas de violência e a principal forma de identificação foi o relato da própria vítima ao profissional - relato verbal ou ainda, por meio de desenhos, estórias contadas, dramatizações e brincadeiras. Quanto a evolução, a maioria abandonou o tratamento fonoaudiológico impossibilitando o acompanhamento dos casos. CONCLUSÃO: dada a importância do tema para a área e a escassez de trabalhos existentes no Brasil sobre Fonoaudiologia e maus-tratos infantis, é imprescindível investir no trabalho de formação e informação deste profissional. É tarefa ainda do fonoaudiólogo, dar visibilidade a um problema tão complexo e principalmente, "dar voz" às crianças vítimas de violência, compreendendo que por trás de uma queixa fonoaudiológica pode haver um pedido de socorro. |
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