PROTAGONISMO INDÍGENA NA CAPITANIA DE GOIÁS E SUAS ESTRATÉGIAS E ATUAÇÕES FRENTE ÀS POLÍTICAS INDIGENISTAS NO SÉCULO XVIII

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Patrícia Emanuelle
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Habitus
Texto Completo: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/7967
Resumo: Esta tese centrou esforços em analisar o protagonismo indígena em Goiás durante o século XVIII, por meio das estratégias variadas consubstanciadas em suas ações decoloniais. Nesse período, foram construídos os primeiros aldeamentos nesta capitania e, a partir do último quartel do XVIII, foram fundados os aldeamentos pombalinos. Procuramos compreender as relações interétnicas na capitania de Goiás, dentro e fora dos aldeamentos, a partir da interculturalidade crítica. Utilizamos na confecção deste trabalho a documentação oficial, a literatura especializada e a metodologia da conversação. Quanto à documentação oficial, concluímos que ela, para além de uma leitura colonial sobre as relações interétnicas em Goiás nos setecentos, nos permitiu observar, em seus interstícios, as ações decoloniais indígenas. Todavia, a viabilidade de um trabalho nos pressupostos da interculturalidade crítica nos foi possível por meio das narrativas e memórias dos indígenas contemporâneos (Karajá, Javaé, Xavante, Kayapó e Tapuia) acerca de suas histórias passadas de geração a geração. A partir da metodologia da conversação buscamos a co-participação indígena pautada pelo desafio político de desmanchar as formas da colonialidade na produção da própria pesquisa na perspectiva do conhecimento como dinâmica horizontal em que há um processo de envolvimento das partes em questão observando uma das formas de protagonismo indígena no ato de recontar a história por meio de suas narrativas e memórias. Resulta da tese uma leitura que, por meio das narrativas dos indígenas, apresenta suas memórias das relações de contato em Goiás, o que ultrapassa as compreensões unilaterais e etnocêntricas de enfoques conferidos pela historiografia oficial. Nesse sentido, foram realizadas nove conversas com indígenas alunos e egressos do curso de Eduação Intercultural Indígena da UFG (CEII/UFG). Reescrever as histórias das relações de contato em Goiás possibilita visibilizar a produções de outras memórias que fixem a ruptura com a unilateralidade do pensamento colonialista e com a subalternização da apreensão do mundo vinculada ao projeto de dominação do par Modernidade/Colonialidade.
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