Uma análise das experiências religiosas da consciência segundo a “fenomenologia do espírito” de Hegel
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional PUC-Campinas |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16306 |
Resumo: | A presente pesquisa consiste em examinar os momentos das experiências religiosas da consciência para determinar o modo como o filósofo Hegel analisa o conteúdo da religião na Fenomenologia do Espírito. Para Hegel, a religião se dá no nível da representação. Contudo, tal representação não traz em si o verdadeiro saber, pois o mesmo só se efetivará quando o Espírito, em seu vir a ser, manifestar-se em si e para si mesmo, enquanto Espírito Absoluto. Em 1807, Hegel conclui sua primeira grande obra, a Fenomenologia do Espírito, na qual apresenta a “religião como consciência da essência absoluta em geral”, sobretudo, no capítulo VII, no qual o fenômeno religioso aparece como um episódio já ocorrido por meio do qual o espírito alcança, de forma gradativa e consciente, o saber de si mesmo como espírito. A representação desse espírito se dá por meio da comunidade (fiéis) presente na história da humanidade. E é neste campo comunitário que o aspecto fenomênico da religião efetiva-se, por meio das experiências religiosas da consciência. Tal processo não acontece de imediato, torna-se necessário traçar um caminho dialético especulativo, que nos conduzirá a uma deificação do homem e a uma humanização de Deus por meio de uma identidade da identidade e da não identidade, na qual o homem é semelhante a Deus e diferente dele e Deus, do mesmo modo, é diferente do homem, mas nele se reconhece. Essa relação entre Deus e Homem é sempre a de um “Eu que é Nós e a de um Nós que é Eu”. Assim, tornar idênticos os diferentes e conservá-los em suas particularidades foi o grande feito de Hegel para o desenvolvimento do seu conceito de espírito. Esse modo de pensar de Hegel resultou em um novo modo de interpretar a religião hoje, pois a relação do humano com o divino deixa de ocorrer no âmbito da exterioridade e se efetiva na interioridade do próprio indivíduo, ou seja, Hegel rompe com o saber representativo da religião e coloca Deus no interior do sujeito, onde o espírito pensa a si mesmo conceitualmente. Para atender a essas expectativas, a consciência, então, deverá percorrer um longo caminho, partindo da religião natural, passando pela religião da arte, até chegar à religião manifesta que, segundo Hegel, é o lugar onde acontece a fusão perfeita entre Deus e o homem, isto é, “a essência divina assume a natureza humana em Jesus Cristo”. Com base neste percurso, pretendeu-se analisar e sistematizar o conteúdo da religião presente na Fenomenologia do Espírito de Hegel apontando os momentos em que ocorrem as manifestações religiosas (em caráter de fenômeno religioso), por meio das experiências religiosas da consciência que a levará a experimentar Deus fora de si e em si mesma. |
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Em 1807, Hegel conclui sua primeira grande obra, a Fenomenologia do Espírito, na qual apresenta a “religião como consciência da essência absoluta em geral”, sobretudo, no capítulo VII, no qual o fenômeno religioso aparece como um episódio já ocorrido por meio do qual o espírito alcança, de forma gradativa e consciente, o saber de si mesmo como espírito. A representação desse espírito se dá por meio da comunidade (fiéis) presente na história da humanidade. E é neste campo comunitário que o aspecto fenomênico da religião efetiva-se, por meio das experiências religiosas da consciência. Tal processo não acontece de imediato, torna-se necessário traçar um caminho dialético especulativo, que nos conduzirá a uma deificação do homem e a uma humanização de Deus por meio de uma identidade da identidade e da não identidade, na qual o homem é semelhante a Deus e diferente dele e Deus, do mesmo modo, é diferente do homem, mas nele se reconhece. Essa relação entre Deus e Homem é sempre a de um “Eu que é Nós e a de um Nós que é Eu”. Assim, tornar idênticos os diferentes e conservá-los em suas particularidades foi o grande feito de Hegel para o desenvolvimento do seu conceito de espírito. Esse modo de pensar de Hegel resultou em um novo modo de interpretar a religião hoje, pois a relação do humano com o divino deixa de ocorrer no âmbito da exterioridade e se efetiva na interioridade do próprio indivíduo, ou seja, Hegel rompe com o saber representativo da religião e coloca Deus no interior do sujeito, onde o espírito pensa a si mesmo conceitualmente. Para atender a essas expectativas, a consciência, então, deverá percorrer um longo caminho, partindo da religião natural, passando pela religião da arte, até chegar à religião manifesta que, segundo Hegel, é o lugar onde acontece a fusão perfeita entre Deus e o homem, isto é, “a essência divina assume a natureza humana em Jesus Cristo”. Com base neste percurso, pretendeu-se analisar e sistematizar o conteúdo da religião presente na Fenomenologia do Espírito de Hegel apontando os momentos em que ocorrem as manifestações religiosas (em caráter de fenômeno religioso), por meio das experiências religiosas da consciência que a levará a experimentar Deus fora de si e em si mesma.This work invites you to reflect and think Marian devotion today. With the goal of presenting the spirituality of the Pe. Chaminade, which rests in a marial Mystique, giving amarial Mystique, giving a better understanding of Marian devotion in times of secularization. In his time. Chaminade studied and deepened the role and mission of Mary in the mystery of Christ and the Church, in anticipation of the Ecumenical Council Vatican II. Proposes the devotion to Mary with prudence and caution, for him the devotion to Mary leads the faithful to a subsidiary relationship, which he called filial piety. He lived a deep experience of God, before the image of the Virgin of the pillar in Zaragoza, Spain, where he stayed for three years in exile, which was a time of troubles, challenges, but also a time of grace, a maturing in the faith. This experience led him to a new way of evangelizing to France, after the French Revolution, in the process of secularization. To reach the mystical elements of Marian made a general approach to the mystical concept of privileging the dimension of experience: the intimate union with God as content and goal of the experiment; their condition of immediate experience in mediating soul and trace which it leaves the presence of God and finally the love as the way and means of the association. Developed the concept of mystical, we treat the concept of Christian mysticism, where the central element is the Incarnation of Jesus Christ, Son of God become Son of Mary. The story of Fr. Chaminade and Marian spirituality, the finding of a Mystic Marial within the Marian spirituality. He presents Mary as the Virgin that embraces life, the mother who communicates the life and the Wife who lives an unconditional love, and may be called a Mystery icon, is carried in her womb the mystery of a God who became human, Jesus Christ. For the Pe. Chaminade devotion to Mary is to imitate her virtues to reach conformity with Christ, Maria is the Center, the whole devotion must lead the faithful to the center of the Christian faith, which is Jesus Christ. Concerned with the formation of the people, and as an educator in the faith and in Christian ways, proposing the method of virtues that can be a way: to self-knowledge, a path to love and a way to the service, that points to a human and integral growth of the person, with a community ethic of care, solidarity and compassion. To new times and new challenges new methods. New wine in new skins.PUC-CampinasKirchner, RenatoPontifícia Universidade Católica de CampinasSilva, Claudemir da2022-02-18T12:52:19Z2022-02-18T12:52:19Z2017-12-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/163066180357931192395porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2022-09-02T14:36:38Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/16306Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2022-09-02T14:36:38Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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